tag:blogger.com,1999:blog-51319232640401519512024-03-05T17:18:48.717-03:00PT, O FUNDO DO POÇO“A questão não é que o PT não enxerga a solução, é que o PT não vê o problema” Joelmir BettingRicardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comBlogger724125tag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-39163230188793100462016-04-27T15:25:00.002-03:002016-04-27T15:25:41.272-03:00Essa matéria vem do Facebook de um evangélico que luta para moralizar as igrejas denunciando pastores canalhas<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muitos de vocês, jovens leitores, têm pais e parentes
evangélicos. Pessoas boas, que não concordam com a corrupção e com o roubo e
desvio do dinheiro dos fiéis para enriquecimento ilícito de pastores mal
intencionados. Você, leitor, tem uma missão: Enviar este post para a maior
quantidade de evangélicos que você conhecer. Se estes amigos e parentes forem
pessoas honestas, eles ajudarão a limpar esse lixo infectado da política que se
alojou no seio das Igrejas de dentro para fora! Começamos a campanha “Evangélico
não vota em pastor corrupto”.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dados do Transparência Brasil indicam que:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1) Da bancada evangélica, todos os deputados que a compõe
respondem processos judiciais;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2) 95% da referida bancada estão entre os mais faltosos;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3) 87% da referida bancada estão entre os mais inexpressivos
do DIAP;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
4) Na última década não houve um só projeto de expressão, ou
capaz de mudar a realidade do país, encabeçado por um parlamentar evangélico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Assembleia de Deus<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1 Hidekazu Takayama – PSC/PR<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 (Seção Judiciária do Distrito Federal) – Processo
0031294-51.2004.4.01.3400 – de Ação civil pública movida pelo Ministério
Público Federal. STF – Inquérito nº 2652/ 2007 – Inquérito apura crimes contra
a ordem tributária, estelionato e peculato.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2 – Sabino Castelo Branco – PTB/AM<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – Processo nº 538 – Réu em ação penal movida pelo
Ministério Público Federal por peculato.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – Inquérito nº 2940 – É alvo de inquérito que apura
crimes contra a ordem tributária. TSE –<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Processo nº 504786.2010.604.0000 – É alvo de recurso contra
expedição de diploma apresentado pelo Ministério Público Eleitoral por abuso de
poder econômico e uso indevido de meio de comunicação social.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TSE – Processo nº 874.2011.604.0000 – É alvo de
representação movida pelo MPE por captação ou gasto ilícito de recursos
financeiros de campanha eleitoral.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-AM – Processo nº 90095.2002.604.0000 – Teve reprovada
prestação de contas referente às eleições de 2002.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-AM – Processo nº 424843.2010.604.0000 – Teve reprovada
prestação de contas referente às eleições de 2010.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-AM – Processo nº 485034.2010.604.0000 – É alvo de
representação movida pelo MPE.TRF-1 Seção Judiciária da Amazônia – Processo nº
0001172-68.2007.4.01.3200 – É alvo de ação de execução fiscal movida pela
Fazenda Nacional.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-AM Comarca de Manaus – Processo nº
0039972-21.2002.8.04.0001 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério
Público Estadual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3 – Ronaldo Nogueira – PTB/RS<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TCE-RS (processo 008255-02.00/ 08-2) – Irregularidades na
gestão da Câmara de Carazinho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TCE-RS (processo 001084-02.00/ 01-0) – Idem. TCE-RS
(processo 010264-02.00/ 00-4) – Idem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
4 – João Campos de Araújo – PSDB/GO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 (Seção Judiciária do Distrito Federal – processo
0031294-51.2004.4.01.3400 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério
Público Federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
5 – Costa da Conceição Costa Ferreira – PSC/MA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 (Seção Judiciária do Distrito Federal) – processo
0031294-51.2004.4.01.3400 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério
Público Federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de ações de execução fiscal movidas pelo município de
São Luís:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-MA Comarca de São Luís – Processo nº
7092-32.2007.8.10.0001.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-MA Comarca de São Luís – Processo nº
1793-35.2011.8.10.0001<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
6 – Antônia Luciléia Cruz Ramos Câmara – PSC/AC<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-AC – processo 497/ 2002 – Teve reprovada a prestação de
contas referente às eleições de 2002. É alvo de ações penais movidas pelo
Ministério Público por crimes eleitorais (peculato/captação ilícita de votos ou
corrupção eleitoral).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – processo 585. STF – Processo nº 587. TRE-AC – processo
177708/ 2010<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– É alvo de inquéritos que apuram crimes eleitorais e contra
a administração em geral:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – inquérito 3083, TRE-AC – Inquérito 245, STF –
Inquérito nº 3133.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de ações de investigação judicial eleitoral por abuso
de poder econômico:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-AC – processo 142143/ 2010, TRE-AC – processo 178782/
2010, TRE-AC – processo 142835/2010 . É alvo de representações movidas pelo MPE
por captação ilícita de sufrágio e/ ou captação ou gasto ilícito de recursos
financeiros de campanha eleitoral: TRE-AC – processo 180081/ 2010, TRE-AC –
processo 194625/ 2010 e TRE-AC – processo 142058/ 2010<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
7 – Cleber Verde Cordeiro Mendes – PRB/MA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – processo 497/2008 – É alvo de ação penal movida pelo
Ministério Público Federal por crimes praticados contra a administração em
geral (inserção de dados falsos em sistema de informações).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-MA – processo 603979.2010.610.0000 – É alvo de ação de
investigação judicial movida pelo Ministério Público Eleitoral por uso de poder
político e conduta vedada a agentes públicos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
8 – Nilton Baldino (Capixaba) – PTB/RO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – Processo nº 644 – Acusado de envolvimento com a máfia
das ambulâncias, é réu em ação penal movida pelo Ministério Público Federal por
corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 Seção Judiciária do Distrito Federal – Processo nº
0031294-51.2004.4.01.3400 – É alvo de ação civil pública movida pelo MPF.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 Subseção Judiciária de Ji-Paraná – Processo nº
0000432-26.2007.4.01.4101 – É alvo de ação de improbidade administrativa movida
pelo MPF por envolvimento com a máfia das ambulâncias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
9 – Silas Câmara – PSC/AM<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – inquérito 2005/2003 – É alvo de inquérito que apura
peculato e improbidade administrativa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – inquérito 3269 e STF – inquérito 3092 – É alvo de
inquéritos que apuram crimes eleitorais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 Seção Judiciária da Amazônia – processo
0004121-02.2006.4.01.3200 – É alvo de ação de improbidade administrativa movida
pelo Ministério Público Federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de representação e ações de investigação judicial
movidas pelo Ministério Público Eleitoral por captação ilícita de sufrágio e
abuso de poder econômico:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-AC – processo 180081.2010.601.0000,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-AC – processo 142835.2010.601.0000,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-AC – processo 178782.2010.601.0000,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-AM – processo 73203919.2005.604.0000<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– O PTB teve reprovada a prestação de contas referente ao
exercício financeiro de 2004, quando o parlamentar era ordenador de despesas do
partido em nível estadual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
10 – José Vieira Lins (Zé Vieira) – PR/MA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de inquéritos que apuram crimes de responsabilidade,
peculato e sonegação de contribuição previdenciária:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – inquérito 3051, STF – inquérito 3078, STF – inquérito
2945, STF – inquérito 2943, STF – Inquérito 3047.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de ações civis públicas, inclusive de improbidade
administrativa, movidas pelo Ministério Público e pelo município de Bacabal:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 Seção Judiciária do Maranhão – processo
0005980-37.2008.4.01.3700, TJ-MA Comarca de Bacabal – processo
378-16.2009.8.10.0024, TJ-MA Comarca de Bacabal – processo
1771-15.2005.8.10.0024, TJ-MA Comarca de Bacabal – processo
279-56.2003.8.10.0024.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de ações de execução movidas pela Fazenda Nacional —
por exemplo: TRF-1 Subseção Judiciária de Bacabal – processo
0000629-69.2011.4.01.3703, TRF-1 Subseção Judiciária de Bacabal – processo
693-79.2011.4.01.3703, TRF-1 Subseção Judiciária de Bacabal – processo
0000908-55.2011.4.01.3703, TJ-MA Comarca de São Luís – Processo
6007-40.2009.8.10.0001.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foi responsabilizado por irregularidades em convênios e
aplicação de recursos e teve contas reprovadas: TCU – Acórdão 5659/ 2010, TCU –
Acórdão 3577/2009, TCU – Acórdão 3282/2010, TCU – Acórdão 2679/2010, TCU –
Acórdão 749/2010, TCU – Acórdão 1918/ 2008 (teve o nome incluído no TCU –
Cadastro de responsáveis com contas julgadas irregulares). TCU – Acórdão 801/
2008 (teve o nome incluído no TCU – Cadastro de responsáveis com contas
julgadas irregulares). TCE-MA – processo 2600/1999 e TCE-MA – processo
3276/2005.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
11 – Marcelo Theodoro de Aguiar – PSC/SP<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-SP – Processo 1077244.2010.626.0000 – Teve reprovada
prestação de contas referente às eleições de 2010.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Igreja Presbiteriana<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1 – Leonardo Lemos Barros Quintão – PMDB/MG<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – Inquérito nº 2792 – É alvo de inquérito que apura
crimes eleitorais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-MG Comarca de Belo Horizonte – Processo nº
5034047-88.2009.8.13.0024<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– É alvo de ação de improbidade administrativa movida pelo
Ministério Público Estadual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2 – Edmar de Souza Arruda – PSC/PR<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – inquérito 3307 – É alvo de inquérito que apura crimes
contra o meio ambiente e o patrimônio genético.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3 – Edson Edinho Coelho Araújo (Edinho Araújo) – PMDB/SP<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – Inquérito nº 3137 – É alvo de inquérito que apura
crimes previstos na lei de licitações.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-SP Comarca de São José do Rio Preto – Processo
576.01.2009.043791-5 – É alvo de ação de execução fiscal movida pela Fazenda
estadual. É alvo de ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério
Público Estadual: TJ-SP (segunda instância) – processo
9035424-43.2006.8.26.0000, TJ-SP (Comarca de São José do Rio Preto) – Processo
nº 576.01.2010.062759-8. O TCE-SP julgou irregulares processos licitatórios e
contratos firmados pela prefeitura de São José do Rio Preto: TCE-SP – processo
2832/008/04, TCE-SP – processo 313/008/02, TCE-SP – processo 2432/008/07<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
4 – Benedita Souza da Silva Sampaio – PT/RJ<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 Seção Judiciária do Distrito Federal – Processo
0031294-51.2004.4.01.3400 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério
Público Federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de ações de improbidade administrativa: TJ-RJ
(Comarca do Rio de Janeiro) – processo 0040421-83.2007.8.19.0001, TJ-RJ
(Comarca do Rio de Janeiro) – processo 0050419-80.2004.8.19.0001 e TJ-RJ
(Comarca do Rio de Janeiro) – processo 0372416-70.2009.8.19.0001.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
5 – Anthony William Garotinho Matheus De Oliveira (Anthony
Garotinho) – PR/RJ<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de inquéritos que apuram crimes eleitorais:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – Inquérito 2601/2007,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – inquérito 2704/2008,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-2 (Seção Judiciária do Rio de Janeiro – Processo nº
2008.51.01.815397-2<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– É réu em ação penal referente à máfia dos caça-níqueis e
movida pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro, formação de
quadrilha, corrupção e crimes contra a administração pública. Chegou a ser
condenado a dois anos meio de prisão. A pena foi convertida em prestação de
serviços e suspensão de direitos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de ações de improbidade administrativa:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-RJ Comarca de Nova Iguaçu – processo
0026769-53.2005.8.19.0038,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-RJ Comarca de São Fidelis – processo º
0000249-07.2011.8.19.0051,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo
0050419-80.2004.8.19.0001,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-RJ Comarca de Campos dos Goytacazes – processo
0011729-64.2009.8.19.0014,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo
0040380-19.2007.8.19.0001,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo
0040412-24.2007.8.19.0001, TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo
0039456-08.2007.8.19.0001,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo
0064717-67.2010.8.19.0001,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo
0183480-95.2008.8.19.0001,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-RJ – processo 764689.2008.619.3802<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– Em ação judicial eleitoral, foi condenado por abuso de
poder econômico e uso indevido de veículo de comunicação social. A Justiça
decretou inelegibilidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Igreja Universal do Reino de Deus<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1 – José Heleno da Silva – PRB/SE<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de ações de improbidade administrativa movidas pelo
Ministério Público Federal:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-5 Seção Judiciária de Sergipe – processo
0005364-36.2010.4.05.8500,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-5 Seção Judiciária de Sergipe – processo
0005511-67.2007.4.05.8500 (Acusado de envolvimento com a máfia das
ambulâncias),<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 Seção Judiciária de Mato Grosso – processo
0015233-58.2008.4.01.3600<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– É alvo de medidas investigatórias referentes à máfia das
ambulâncias e conduzidas pelo Ministério Público Federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O TRE reprovou as prestações de contas do PL referentes aos
exercícios financeiros de 2003 e de 2005, quando o parlamentar era dirigente do
partido em nível regional:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-SE – processo 34792.2004.625.0000,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-SE – processo 438664.2006.625.0000<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2 – Vitor Paulo Araújo dos Santos – PRB/RJ<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – processo 592 – É réu em ação penal movida pelo
Ministério Público por crimes eleitorais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3 – Antonio Carlos Martins de Bulhões – PRB/SP<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – inquérito 2930/ 2010 – É alvo de inquérito que apura
peculato.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-3 Seção Judiciária de São Paulo – Processo
0044601-82.2002.4.03.6182 – É alvo de ação de execução fiscal movida pela
Fazenda Nacional.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-3 Seção Judiciária de São Paulo – Inquérito
0005062-78.2003.4.03.6181 – É alvo de inquérito que apura apropriação indébita
e crimes contra o patrimônio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
4 – Jhonatan Pereira de Jesus – PRB/RR<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-RR – processo 229176.2010.623.0000 – Teve reprovada a
prestação de contas referente às eleições de 2010.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Igreja Do Evangelho Quadrangular<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1 – Jefferson Alves de Campos – PSD/SP<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 Seção Judiciária do Distrito Federal – processo
0031294-51.2004.4.01.3400 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério
Público Federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de ações de improbidade administrativa movidas pelo
MPF por envolvimento com a máfia das ambulâncias:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-3 Seção Judiciária de São Paulo – processo
0004928-22.2011.4.03.6100, TRF-3 Subseção Judiciária de Santos – processo
0000249-06.2007.4.03.6104<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2 – Mário de Oliveira – PSC/MG<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-MG – Processo 60069.2011.613.0000 – É alvo de inquérito
que apura crime eleitoral.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – inquérito 2727 – É alvo de inquérito que apura crimes
de responsabilidade, contra a ordem tributária e previstos na lei de
licitações, além de formação de quadrilha, falsidade ideológica, estelionato e
lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3 – Josué Bengtson – PTB/PA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 Seção Judiciária do Pará – rocesso
3733-02.2007.4.01.3900 – É alvo de ação de improbidade administrativa movida
pelo Ministério Público Federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 Seção Judiciária de Mato Grosso – processo
0004032-69.2008.4.01.3600 – Acusado de envolvimento com a máfia das
ambulâncias, é alvo de medidas investigatórias conduzidas pelo MPF por crimes
previstos na lei de licitações.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Igreja Internacional da Graça<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1- Rodrigo Moreira Ladeira Grilo – PSL/MG<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2 – Jorge Tadeu Mudalen – DEM/SP<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-1 Seção Judiciária do Distrito Federal – Processo
0031294-51.2004.4.01.3400 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério
Público Federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Igreja Mundial do Poder de Deus<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1 – José Olímpio Silveira Moraes (missionário José Olímpio)
– PP/SP<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-SP Comarca de São Paulo – Processo
0424086-16.1997.8.26.0053 – É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério
Público Estadual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-SP Comarca de Itu – processo 286.01.2009.514728-4 – É
alvo de ação de execução fiscal movida pelo município de Itu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2 – Francisco Floriano de Souza Silva – PR/RJ<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo
0139394-68.2010.8.19.0001 – É réu em ação penal movida pelo Ministério Público
Estadual por lesão corporal decorrente de violência doméstica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Igreja Metodista<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1 – Walney Da Rocha Carvalho – PTB/RJ<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – Processo 627 – É alvo de ação penal movida pelo
Ministério Público Federal por corrupção passiva.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-RJ – Processo nº 197118.2002.619.0000 – Teve reprovada
prestação de contas referente às eleições de 2002.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de ações de execução fiscal movidas pelo município de
Nova Iguaçu e pela Fazenda Nacional — por exemplo: TRF-2 Seção Judiciária do
Rio de Janeiro – processo 0000562-61.2010.4.02.5110, TJ-RJ Comarca de Nova
Iguaçu – processo 0112599-45.2009.8.19.0038, TJ-RJ Comarca de Nova Iguaçu –
processo 0083231-88.2009.8.19.0038<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2 – Áureo Lidio Moreira Ribeiro – PRTB/RJ<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de ações de execução fiscal movidas pela Fazenda
Nacional e pelo município de Duque de Caxias:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-2 Seção Judiciária do Rio de Janeiro – processo
0000153-61.2005.4.02.5110,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TJ-RJ Comarca de Duque de Caxias – Processo nº
0005413-58.2002.8.19.0021.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Igreja Nova Vida<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1 – Washington Reis de Oliveira – PMDB/RJ<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – processo 618 – É alvo de ação penal movida pelo
Ministério Público Federal por crimes contra o meio ambiente e o patrimônio
genético e formação de quadrilha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – inquérito 3192 – É alvo de inquérito que apura crimes
eleitorais. É alvo de ações civis públicas, inclusive de improbidade
administrativa, movidas pelo Ministério Público:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRF-2 Seção Judiciária do Rio de Janeiro – Processo
0007523-23.2007.4.02.5110, TRF-2 Seção Judiciária do Rio de Janeiro – processo
0008324-65.2009.4.02.5110, TRF-2 Seção Judiciária do Rio de Janeiro – Processo
0003813-92.2007.4.02.5110 (Foi condenado por improbidade administrativa, pois
não houve divulgação de recursos recebidos pela prefeitura de Duque de Caxias.
A Justiça determinou a suspensão dos direitos políticos, a proibição de
contratar com o poder público ou receber benefícios/ incentivos fiscais ou
creditícios e o pagamento de multa).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de ações de execução fiscal movidas pela Fazenda
Nacional e pelo município de Duque de Caxias — por exemplo:TRF-2 Seção
Judiciária do Rio de Janeiro – processo 0004113-83.2009.4.02.5110, TRF-2 Seção
Judiciária do Rio de Janeiro – processo 0004857-78.2009.4.02.5110, TJ-RJ
Comarca de Duque de Caxias – processo 0223580-32.2008.8.19.0021, TJ-RJ Comarca
de Duque de Caxias – processo 0223582-02.2008.8.19.0021, TRE-RJ – processo
386718.2010.619.0000<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– É alvo de ação de investigação judicial movida pelo
Ministério Público Eleitoral por abuso de poder econômico. TRE-RJ – processo
772.2011.619.0000<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– É alvo de representação movida pelo MPE por captação ou
gasto ilícito de recursos financeiros de campanha eleitoral. TRE-RJ – Processo
674343.2010.619.0000<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– É alvo de representação movida pelo MPE por conduta vedada
a agente público. TCE-RJ detectou irregularidades e emitiu pareceres contrários
à aprovação das contas referentes à administração financeira da prefeitura de
Duque de Caxias: TCE-RJ – Processo 203.163-8/10. TCE-RJ – processo 206.291.7/09<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Igreja Cristã Evangélica<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1 – Iris de Araújo Resende Machado – PMDB/GO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TRE-GO – Processo nº 999423170.2006.609.0000 – Teve
rejeitada prestação de contas referente às eleições de 2006.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Congregação Cristã no Brasil<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1 – Bruna Dias Furlan – PSDB/SP<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É alvo de representações movidas pelo Ministério Público
Eleitoral por conduta vedada a agentes públicos: TRE-SP – processo
15170.2010.626.0199, TRE-SP – processo 1949115.2010.626.0000<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Igreja Sara Nossa Terra<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1 – Eduardo Cosentino da Cunha – PMDB/RJ<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
STF – inquérito 2984/ 2010 – É alvo de inquérito que apura
uso de documento falso. STF – inquérito 3056<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– É alvo de inquérito que apura crimes contra a ordem
tributária. TRF-1 Seção Judiciária do Distrito Federal – processo
0031294-51.2004.4.01.3400<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério
Público Federal. TJ-RJ Comarca do Rio de Janeiro – processo
0026321-60.2006.8.19.0001<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– É alvo de ação de improbidade administrativa movida pelo
Ministério Público Estadual. TRE-RJ – processo 59664.2011.619.0000<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– Alvo de representação movida pelo Ministério Público
Eleitoral por captação ilícita de sufrágio. TRE-RJ – processo
9488.2010.619.0153<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– Alvo de ação de investigação judicial eleitoral movida
pelo MPE por abuso de poder econômico. TSE – processo 707/2007<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– Alvo de recurso contra expedição de diploma apresentado
pelo MPE por captação ilícita de sufrágio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-29666780553680566022016-01-22T09:08:00.003-03:002016-01-22T09:08:34.738-03:00Ruy Castro: Gente Fina<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma das benesses do poder é a de refinar seus
ocupantes. Por mais agrestes de origem, são obrigados a aprender a usar garfo e
faca, não palitar os dentes e evitar coçar partes íntimas na presença de
senhoras. Lula, por exemplo, saltou das assembleias de sindicatos para as
noites de gala em Brasília, Washington e Caracas. Mas se deu bem porque teve um
belo estágio intermediário: as reuniões que a burguesia paulistana lhe oferecia
nos anos 80.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foi numa delas que Lula aprendeu sobre o Romanée-Conti, o
tinto francês de que só se produzem 6.000 garrafas por ano, e que, depois, ele
foi visto mais de uma vez tomando num restaurante do Rio. Seus charutos vêm de
Havana, de uma reserva especial destinada ao comandante Fidel. E só se pode
especular sobre a reforma de R$ 700 mil que a ex-primeira-dama, dona Marisa
Letícia, ia fazer no triplex de praia do casal no Guarujá –o apartamento teve
de ser abandonado às pressas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse refinamento é contagioso. O dinheiro subitamente
disponível permite até aos segundos escalões adquirir novos gostos, sob os
quais passam a se reger. A Operação Lava Jato tem revelado um frenesi de mimos
de empreiteiros para atuais e ex-ministros do governo na forma de lenços e
gravatas Hermès, conhaques Hennessy Paradis e vinhos como o Haut-Brion, o
Lafitte-Rothschild e o Latour. Os lulopetistas também usam black-tie, qual é o
problema?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Delcídio do Amaral, ex-líder do governo no Senado e ardente
militante do nouveau-richisme, habituou-se a comemorar os aniversários da
família com festas para 500 convidados em Ibiza, em Punta del Este e no
Copacabana Palace. A exemplo de José Dirceu e Henrique Pizzolato, ele aprendeu
a valorizar as coisas boas da vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas onde esses heróis do povo brasileiro capricham mesmo é
na escolha de seus advogados. Só aceitam os mais caros do país.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-45819574198443189402016-01-20T18:06:00.002-03:002016-01-20T18:06:20.711-03:00Nima Gholam Ali Pour: Um smorgasbord de antissemitismo sueco <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nima Gholam Ali Pour é membro do Conselho de Educação na
cidade sueca de Malmö e participa de diversos institutos interdisciplinares de
estudos relacionados com o Oriente Médio. Gholam Ali Pour também é editor do
Website social conservador Situation Malmö.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Publicado no site do The Gatestone Institute.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tradução: Joseph Skilnik</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma turba de árabes em Malmö arremessa garrafas, ovos e
bombas de fumaça contra uma manifestação pacífica de judeus, em janeiro de
2009. A polícia ordenou aos judeus, que tinham permissão para a realização do
comício, que se dirigissem para uma viela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma manifestação contra o racismo estava marcada para o dia
9 de novembro na cidade de Umeå, Suécia, para lembrar a Noite dos Cristais (a
noite de 1938 em que 400 judeus foram assassinados na Alemanha e 30.000 judeus
do sexo masculino foram enviados a campos de concentração). Só que havia um
pequeno detalhe: os judeus da Umeå não foram convidados para a manifestação. A
razão disto, de acordo com Jan Hägglund, um dos organizadores do evento, é que
a manifestação poderia causar "mal estar ou provocar uma situação de
insegurança para eles".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O caminho para este cenário surrealista, em que uma
manifestação contra o racismo na Suécia para lembrar a Noite dos Cristais
poderia ser entendida pelos judeus como uma ameaça, vem tomando forma há muito
tempo. A manifestação tinha certa importância. As pessoas por trás dela não
eram extremistas. Quatro dos oito partidos do parlamento sueco participaram da
organização do evento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa manifestação anti-racista e os estranhos incidentes que
ocorreram em volta dela são frutos de um processo que, lamentavelmente, estão
se avolumando há muito tempo na Suécia. Um novo tipo de antissemitismo sueco
está ganhando força e a cidade de Malmö é o carro-chefe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em janeiro de 2009, uma demonstração pró-Israel em Malmö foi
atacada por árabes que gritavam "f****-se judeus". Os policiais não foram
capazes de proteger os manifestantes pró-Israel dos ovos e garrafas
arremessados contra eles. O evento teve que ser temporariamente interrompido
quando os árabes começaram a lançar fogos de artifício contra os manifestantes
pró-Israel.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em 2010, foi a primeira vez, mas não a última, que a
sinagoga de Malmö foi atacada. Naquele mesmo ano o Centro Simon Wiesenthal
alertava os judeus a não visitarem a cidade de Malmö, "devido a
hostilidade contra os cidadãos judeus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Hoje Malmö é uma cidade conhecida pelo seu antissemitismo e
caracterizada por ele. Os judeus de Malmö não podem mostrar publicamente que
são judeus sem que sejam molestados. Muitas famílias que lá residiam há
séculos, abandonaram a cidade. Em outubro de 2015 dois membros do parlamento
sueco participaram de uma manifestação pró-palestina em Malmö, onde as pessoas
gritavam palavras de ordem antissemitas e enalteciam os ataques com facas
perpetrados pelos palestinos contra judeus israelenses.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A razão pela qual um país como a Suécia ter, de repente,
sido assolada por um antissemitismo extremo é em grande parte graças à
imigração do Oriente Médio. O mundo árabe e muçulmano e, desde 1979 também a
República Islâmica do Irã, que vem ameaçando repetidamente os judeus com
genocídio, continua a demonizá-los na mídia estatal. O mundo árabe e muçulmano
querem provavelmente, em parte, justificar seu conflito com Israel. E também em
parte porque muitos membros do establishment e cidadãos desses países
provavelmente acreditam nessas teorias da conspiração antissemitas, calunias
repetidas todo santo dia na mídia e nas mesquitas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muitos dos recém-chegados continuam mantendo seu background
do Oriente Médio mesmo depois de terem estabelecido residência na Suécia.
Muitos, principalmente aqueles que se estabeleceram em regiões
predominantemente de imigrantes como Rosengård em Malmö, assistem com
frequência a mídia árabe, que transmite ininterruptamente mensagens
antissemitas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao mesmo tempo, membros dessa população são convidados a
votarem nas eleições suecas, de modo que os partidos suecos dão atenção ao voto
árabe. Essa mesura é meramente uma questão de logística. Há menos de 20.000
judeus na Suécia, mais de 20.000 sírios receberam o status de asilados somente
em 2014.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fora isso, não é nem necessário ser cidadão sueco para votar
nas importantes eleições municipais da Suécia. É por conta dessa peculiaridade
que tão poucos suecos se aventuram a falar sobre antissemitismo árabe, apesar
das diversas denúncias e documentários que mostram que o crescimento do
antissemitismo foi, em grande medida, importado do Oriente Médio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É também por essa razão que a maioria das organizações
antiracistas na Suécia prefere falar de "islamofobia". Praticamente
todas as organizações antiracistas da Suécia são financiadas pelos
contribuintes ou de alguma forma ligadas a partidos políticos, indicando que há
um "entendimento" de compadrio entre partidos políticos e
organizações antirracistas. A maioria dos partidos políticos não veem exatamente
com bons olhos organizações antirracistas que falam de antissemitismo árabe.
Essas organizações terão problemas em angariar fundos ou perderão financiamento
ou então verão membros do conselho administrativo renunciarem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de mais muçulmanos estarem ingressando e mais judeus
estarem saindo da Suécia, ou justamente por esta razão, a maioria dos ativistas
antiracismo na Suécia considera a "islamofobia" o problema mais
sério. A influente organização anti-racismo Expo confeccionou uma série de
mapeamentos da "islamofobia", mas apesar do preconceito, não fez um
único mapeamento do antissemitismo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se for confeccionado um mapeamento do antissemitismo na
Suécia, então também será necessário falar sobre a imigração do Oriente Médio.
Não há muitas pessoas na Suécia dispostas a falar sobre isso: aqueles que falam
sobre o antissemitismo árabe são chamados de racistas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em vez de falar sobre o novo antissemitismo sueco, o que se
vê são artigos que entorpecem a mente com a mensagem de que as pessoas deviam
falar menos sobre o Holocausto nas escolas suecas, para não ofenderem os
adolescentes árabes. Ao desaprovar uma proposta do governo para combater o
antissemitismo aprofundando a educação sobre o Holocausto, Helena Mechlaoui,
uma professora de história, religião e filosofia do ensino médio assinalou:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"Se falamos sobre estudantes do Oriente Médio, pode ser
que falamos porque muitos deles passaram por experiências traumáticas
relacionadas com as políticas de Israel ou dos Estados Unidos. Não é raro ver
os dois países como um só, o que não está totalmente errado. Eles podem ter
perdido um ou mais irmãos, primos, pais ou colegas em um bombardeio israelense
ou americano. Uma grande proporção deles está aqui na Suécia porque foi
obrigada a deixar seus lares por causa da ocupação, guerra ou miséria em algum
campo de refugiados. Seus pais podem estar feridos e não terem como enfrentar a
vida, eles ainda podem ter familiares nas áreas de conflito. É bem provável que
eles tenham encontrado hostilidade na Suécia. Nesse contexto talvez seja melhor
não falar sobre o Holocausto".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A imigração dos países árabes afetou profundamente a maneira
pela qual a maioria dos suecos vê o antissemitismo. O antissemitismo não é mais
algo que a sociedade sueca condena. Várias celebridades suecas fizeram declarações
antissemitas sem que isso afetasse negativamente um tiquinho sequer da carreira
deles. Dani M, artista sueco do rapdissemina teorias da conspiração
antissemitas tanto nas redes sociais quanto em suas músicas. Depois que
diversos veículos de mídia suecos, no final de 2014 e início de 2015,
descreveram detalhadamente como Dani M dissemina teorias da conspiração
antissemitas, ele apareceu em um reality show em setembro, em um dos maiores e
mais consagrados canais de TV da Suécia, a TV4. Quando a TV4 foi criticada, o
produtor executivo do programa Christer Andersson respondeu o seguinte:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"Os valores fundamentais da TV4 são Zero Racismo e
sempre foi assim, desde que eu me entendo por gente, mas não podemos tolher as
pessoas que não pensam assim. A TV4 é um portal onde se apresentam pessoas com
as mais variadas opiniões e nós temos que ter uma ampla gama de
aceitação".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aqui temos um dos veículos de mídia mais importantes da
Suécia descrevendo o antissemitismo simplesmente como uma "diferença de
opinião". Nessa mesma época, uma funcionária da TV4 fez uso da
"palavra N" em um clip do YouTube e foi demitida dois meses depois.
Quer dizer, antissemitismo é aceitável, mas racismo contra afro-suecos não.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em um outro exemplo, a celebridade da TV sueca Gina Dirawi
de origem palestina, publicou em seu blog em 2010 que as ações de Israel podem
ser comparadas às ações de Hitler. Depois em 2012 ela aconselhou as pessoas,
novamente em seu blog, a lerem um livro que questionava a existência do
Holocausto. A mensagem do livro era a de que quando os nazistas perseguiam os
judeus eles agiam em legítima defesa. Estas foram apenas duas das muitas
declarações antissemitas feitas por ela em seu blog. Hoje Gina Dirawi apresenta
vários programas na SVT, a emissora pública de rádio e televisão da Suécia,
inclusive ela apresentou o programa de Natal da SVT em 2015. Isso causou certa
surpresa considerando-se que Dirawi é muçulmana. Ela também irá apresentar o
concurso de música sueco Melodifestivalen de 2016, um dos mais consagrados eventos
musicais da Suécia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Infelizmente não deixa nenhuma margem de dúvida o fato de
que na Suécia o antissemitismo não é algo que vá prejudicar a carreira de
alguém. A mídia sueca, assim como o governo sueco, também não estão tão
interessados em relação aos problemas da Suécia com o antissemitismo. Quando o
instituto interdisciplinar de estudos Perspektiv På Israel apresentou
evidências em maio de 2015 que o diretor do Islamic Relief na Suécia estava
disseminando posts antissemitas no Facebook, ninguém se interessou em escrever
sobre esse assunto, não obstante o fato do Islamic Relief receber apoio da
Sida, a agência governamental sueca responsável pela ajuda oficial da Suécia
aos países em desenvolvimento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A mídia sueca nem ao menos permitiu que um editorial do
Perspektiv På Israel sobre o assunto fosse publicado. Nyheter24, um dos
veículos de mídia sueca que não publicou a matéria do Perspektiv På Israel
sobre esse escândalo, enviou um email para o Perspektiv På Israel dizendo que
seus "leitores não estão interessados nesse assunto em particular, isso
para dizer o mínimo".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como colunista do jornal Samtiden, eu mencionei as
declarações racistas do Islamic Relief em um artigo opinativo e as informações
também foram publicadas no The Jewish Press. A mídia sueca não demonstrou
nenhum interesse, muito embora houvesse evidências que uma organização que
recebia fundos pagos com impostos suecos estivesse publicando matérias
antissemitas nas redes sociais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É importante salientar que todos esses incidentes ocorreram
em um país onde o uso do termo "imigração em massa" normalmente é
censurado simplesmente por soar racista. Somente o antissemitismo não é
criticado na Suécia. Todas as outras formas de racismo, até mesmo aquelas que
alguns dizem poderiam ser consideradas racistas, são criticadas e de maneira
implacável.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muito embora o novo antissemitismo na Suécia tenha suas
origens no antissemitismo árabe ou muçulmano, acreditar que o antissemitismo de
hoje na Suécia é puramente oriundo do Oriente Médio é ser simplista demais. O
antissemitismo na Suécia virou um smorgasbord composto por uma série de fatores
que se reforçam mutuamente. Alguns desses fatores são os seguintes:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
imigração em larga escala de países onde o antissemitismo
faz parte do cotidiano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
engajamento fortemente pró-palestino entre os políticos
suecos que teve como consequência um debate totalmente surrealista em relação à
questão israelense-palestina, na qual Israel é injustamente demonizado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
o desejo dos partidos políticos suecos de conquistarem os
votos dos imigrantes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
o multiculturalismo sueco é tão sem reservas em relação às
culturas estrangeiras que não é capaz de diferenciar cultura de racismo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
medo de parecer contrário à imigração.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
importantes instituições suecas, como a Igreja da Suécia que
legitima o antissemitismo ao endossar o documento Kairos da Palestina.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A conjunção desses fatores cria um ambiente no qual o
antissemitismo tem condições de crescer sem encontrar nenhuma resistência ou
crítica. O que vem a seguir aconteceu em Komvux, em um programa educacional
para adultos na Suécia, na cidade de Helsingborg: um professor substituto
estava sustentando fatos sobre o Holocausto durante uma aula depois que um
estudante perguntou se o Holocausto realmente aconteceu. A administração da
escola desaprovou a conduta do professor substituto com os seguintes
argumentos: "o que é história para nós não é a história de outros. ...
Quando temos outros estudantes que estudaram em outros livros de história, não
há razão para discutirmos fatos contra fatos".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Isso aconteceu em fevereiro de 2015, em uma importante
cidade sueca. Isso poderia ter acontecido em qualquer cidade sueca onde o novo
antissemitismo sueco está avançando. Uma escola sueca já não sabe mais se o
fato do Holocausto ter realmente ocorrido é um fato que vale a pena defender. O
smorgasbord antissemita torna aceitável o antissemitismo na Suécia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando foi noticiado em meados de novembro que a Ministra
das Relações Exteriores da Suécia Margot Wallström, disse: "os judeus
estão fazendo uma campanha contra mim", isso não se tornou uma notícia
importante na Suécia. Esta não foi a primeira vez que uma figura política de
destaque na Suécia fez declarações antissemitas e não deu em nada e também não
será a última.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Voltemos então ao dia 9 de novembro de 2015 em Umeå e à
manifestação contra o racismo para lembrar a Noite dos Cristais para a qual os
judeus não foram convidados, e para a apresentadora muçulmana do Natal deste
ano que diversas vezes expressou pontos de vista antissemitas, e para as
escolas que não têm certeza se devem ou não dizer que o Holocausto realmente
aconteceu, e para um país onde passou a fazer parte da rotina do dia-a-dia não
convidar judeus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A mídia não faz reportagens sobre isso. Os políticos não dão
a mínima. E todo mundo sabe que na Suécia os antissemitas se safam de tudo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-1597819522169561742015-11-30T10:18:00.001-03:002015-11-30T10:18:20.997-03:00LEI Nº 8.429/1992, dos Atos de Improbidade dos Agentes Públicos<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Presidência da República</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Casa Civil</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Subchefia para Assuntos Jurídicos</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Texto compilado </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos
casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras
providências.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PRESIDENTE
DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CAPÍTULO I</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Das Disposições Gerais</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 1° Os
atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não,
contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de
empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou
custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do
patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Parágrafo
único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou
incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta
por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a
sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres
públicos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 2°
Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 3° As
disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade
ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 4° Os
agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela
estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e
publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 5°
Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa,
do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 6° No
caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro
beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 7° Quando
o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar
enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo
inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens
do indiciado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Parágrafo
único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre
bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo
patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 8° O
sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer
ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da
herança.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CAPÍTULO II</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dos Atos de Improbidade Administrativa</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seção I</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam
Enriquecimento Ilícito</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 9°
Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito
auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de
cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art.
1° desta lei, e notadamente:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
I - receber,
para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação
ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido
ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
II - perceber
vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou
locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades
referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
III - perceber
vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou
locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço
inferior ao valor de mercado;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
IV - utilizar,
em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos,
empregados ou terceiros contratados por essas entidades;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
V - receber
vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a
exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de
contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar
promessa de tal vantagem;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
VI - receber
vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer
declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro
serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de
mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º
desta lei;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
VII -
adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à
evolução do patrimônio ou à renda do agente público;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
VIII - aceitar
emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para
pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público,
durante a atividade;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
IX - perceber
vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública
de qualquer natureza;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
X - receber
vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir
ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
XI -
incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou
valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1°
desta lei;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
XII - usar, em
proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seção II</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo
ao Erário</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 10.
Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio,
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades
referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
I - facilitar
ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular,
de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
II - permitir
ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas
no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
III - doar à
pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins
educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de
qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das
formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
IV - permitir
ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de
qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de
serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
V - permitir
ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço
superior ao de mercado;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
VI - realizar
operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou
aceitar garantia insuficiente ou inidônea;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
VII - conceder
benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
VIII -
frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente; (Vide
Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
IX - ordenar
ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
X - agir
negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz
respeito à conservação do patrimônio público;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
XI - liberar
verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
XII -
permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
XIII -
permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição
de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho
de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
XIV – celebrar
contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços
públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na
lei; (Incluído pela Lei nº 11.107,
de 2005)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
XV – celebrar
contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação
orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
XVI a XXI -
(Vide Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seção III</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os
Princípios da Administração Pública</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 11.
Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e
notadamente:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
I - praticar
ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na
regra de competência;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
II - retardar
ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
III - revelar
fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva
permanecer em segredo;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
IV - negar
publicidade aos atos oficiais;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
V - frustrar a
licitude de concurso público;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
VI - deixar de
prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
VII - revelar
ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva
divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o
preço de mercadoria, bem ou serviço.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
VIII - XVI a
XXI - (Vide Lei nº 13.019, de 2014)
(Vigência)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
IX - (Vide
Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CAPÍTULO III</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Das Penas</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 12.
Independentemente das sanções penais, civis e administrativas, previstas na
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às
seguintes cominações:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e
administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato
de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada
ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de
2009).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
I - na
hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de
multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
II - na
hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda
da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos,
pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
III - na hipótese
do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil
de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Parágrafo
único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a
extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CAPÍTULO IV</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Da Declaração de Bens</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 13. A
posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de
declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de
ser arquivada no serviço de pessoal competente. (Regulamento) (Regulamento)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 1° A
declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações,
e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou
no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do
cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a
dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios
de uso doméstico.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 2º A
declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público
deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 3º Será
punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos
bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 4º O
declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens
apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do
Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias
atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo .</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CAPÍTULO V</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 14.
Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para
que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de
improbidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 1º A representação, que será escrita ou
reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as
informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha
conhecimento.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 2º A
autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado,
se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A
rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos termos do art.
22 desta lei.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 3º Atendidos
os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração
dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma
prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em
se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos
disciplinares.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 15. A
comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou
Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a
prática de ato de improbidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Parágrafo
único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a
requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento
administrativo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 16.
Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao
Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo
competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha
enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 1º O pedido
de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do
Código de Processo Civil.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 2° Quando
for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens,
contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior,
nos termos da lei e dos tratados internacionais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 17. A
ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério
Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da
efetivação da medida cautelar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 1º É vedada
a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 2º A Fazenda
Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do
ressarcimento do patrimônio público.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 3º No caso
da ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, a pessoa jurídica
interessada integrará a lide na qualidade de litisconsorte, devendo suprir as
omissões e falhas da inicial e apresentar ou indicar os meios de prova de que
disponha.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta
pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art.
6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 1.472-31, de 1996)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta
pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art.
6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. (Redação dada pela Lei nº 9.366, de
1996)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 4º O
Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição
do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma
causa de pedir ou o mesmo objeto.
(Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 6o A ação será instruída com documentos ou
justificação que contenham indícios suficientes da existência do ato de
improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de
qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as
disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 2001)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz
mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer
manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e
justificações, dentro do prazo de quinze dias. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 2001)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de
trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da
inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação
da via eleita. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado
para apresentar contestação.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial,
caberá agravo de instrumento.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a
inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento
do mérito. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 2001)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições
realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e §
1o, do Código de Processo Penal.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 18. A
sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a
perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos
bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CAPÍTULO VI</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Das Disposições Penais</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 19.
Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou
terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pena: detenção
de seis a dez meses e multa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Parágrafo único. Além da sanção penal, o
denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais
ou à imagem que houver provocado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 20. A
perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com
o trânsito em julgado da sentença condenatória.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Parágrafo
único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o
afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução
processual.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 21. A
aplicação das sanções previstas nesta lei independe:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
I - da efetiva
ocorrência de dano ao patrimônio público;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
I - da efetiva
ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de
ressarcimento; (Redação dada pela
Lei nº 12.120, de 2009).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
II - da
aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo
Tribunal ou Conselho de Contas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 22. Para
apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a
requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada
de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de
inquérito policial ou procedimento administrativo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CAPÍTULO VII</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Da Prescrição</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 23. As
ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser
propostas:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
I - até cinco
anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função
de confiança;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
II - dentro do
prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares
puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo
efetivo ou emprego.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CAPÍTULO VIII</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Das Disposições Finais</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 24. Esta
lei entra em vigor na data de sua publicação.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Art. 25. Ficam
revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro
de 1958 e demais disposições em contrário.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rio de
Janeiro, 2 de junho de 1992; 171° da Independência e 104° da República.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
FERNANDO COLLOR</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Célio Borja</div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-33971221091497746652015-11-23T10:57:00.002-03:002015-11-23T10:57:15.880-03:00Pedro Sette-Câmara: A Negra Noite da Consciência <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Às vezes me pergunto
em que país eu vivo. Porém, o testemunho da minha consciência me faz ver que a
loucura que gera esta questão tem origem nos outros, e não numa possível ilusão
geográfica minha. Eu continuo são, e meus olhos não me enganam. A única coisa
que persiste é, talvez, a sensação de que eu preferia estar profundamente
errado ou meio doido mesmo.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foi exatamente assim que eu me senti ao descobrir que se
realizaria na PUC uma Semana de Consciência Negra, um evento inspirado na idéia
norte-americana do politicamente correto. Acredito mesmo que isso só possa ser
fruto da tal colonização cultural, um fenômeno que, em tempos de globalização,
ficou meio esquecido, mas que, infelizmente, existe sim: basta olhar para os
negros brasileiros, que, em termos de aceitação social, têm uma vida muito melhor
do que a dos negros americanos - lá nos EUA existe racismo mesmo - querendo
importar os problemas deles. Se pudéssemos apontar qual o maior exemplo - quiçá
único - que o Brasil dá à humanidade, ele está na convivência interracial e
multicultural.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Só aqui, na TV, passa comercial de programa árabe durante o
programa judeu. Só aqui todo mundo convive muito bem, sem Ku Klux Klan e sem
ódio étnico. A única parte que assume isso são os skinheads e todo mundo sabe
muito bem que eles são considerados um grupo malévolo à parte que deve ser
combatido. (Alguém pode dizer: aqui o racismo é sutil. Eu pergunto: o que é
racismo sutil? Quem não gosta de uma raça sempre manifesta isso de uma maneira
que qualquer espírito, ainda que não muito sutil, percebe.)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O grande racismo, nada sutil, mas que pouca gente percebe,
está em eventos como esta Semana de Consciência Negra. Primeiro, porque ninguém
acharia bonito se fizéssemos uma Semana da Consciência Branca. Promover uma
raça, qualquer que seja, é racismo. E eu não vejo nenhuma razão para tolerar
nos outros o que eles pretendem condenar em mim. A única razão que se poderia
alegar para que eu tolerasse isso é uma certa infantilidade da parte deles. É
em criança que se tolera esse tipo de atitude. Donde se conclui o óbvio: uma
Semana de Consciência Negra depõe contra a própria raça negra, como se esta
fosse composta de pessoas que precisassem desesperadamente de auto-afirmação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Auto-afirmação, aliás, equivocada: nenhuma produção de
cultura negra será boa ou relevante para a humanidade por ser negra, mas por
ser cultura (não no sentido antropológico do termo). O poeta Cruz e Souza não
se destaca como um poeta de relevância universal por ter sido negro, mas pelo
valor da sua poesia, que teria o mesmo valor se tivesse sido escrita por um
viking. Querer falar de uma consciência negra como se esta fosse essencialmente
diferente de uma consciência branca, ou árabe, é realmente estúpido. Porque,
sendo diferente, e havendo tamanho esforço para celebrá-la e estimulá-la, só se
pode concluir que ela seja ou superior ou inferior às outras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Faz-se tanto pelo consciência negra para ajudar ao mais
fraco; ou então celebra-se tanto a consciência negra por ela ser superior, a
base mesmo da nossa civilização. A primeira é um nazismo patético às avessas; a
segunda é nazismo mesmo - e com nazista eu não converso. Um argumento que é
utilizado pela comunidade negra (já pensou como soaria comunidade branca?) é o
de reparação. Reparação das injustiças que foram cometidas contra os negros,
escravizando-os, tirando-os da sua terra, etc. Bem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os faraós egípcios, que, segundo alguns, eram negros,
escravizaram vários povos durante mais de mil anos. A escravidão era prática
comum entre as tribos africanas e todos sabemos que os negros das tribos mais
fortes foram cúmplices dos europeus no comércio de escravos. Assim sendo,
sugiro que os negros que desejam reparação façam árvores genealógicas para ir
cobrá-la dos descendentes dos negros escravizadores. E, antes disso, peçam a
conta a todos os povos escravizados pelos egípcios.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O pior mesmo é que ninguém atenta para isto. Só quando
trouxerem a prática norte-americana (já banida) de ação afirmativa é que vão
perceber. Houve na PUC, durante a Semana, um seminário sobre o tema. Para quem
não sabe, “ação afirmativa (affirmative action mesmo) é uma prática
evidentemente racista que consiste em garantir uma porcentagem x de lugares
para as minorias em certos meios dos quais elas se sentem excluídas - por
exemplo, as universidades. Evidentemente racista porque toda decisão tomada com
base em raça é racista. Assim, as universidades são obrigadas por lei a admitir
tantos negros, de acordo com uma proporção matemática extraída no número de
negros na região.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A grande diferença dos EUA para o Brasil, neste sentido, é
que lá, na hora de você entrar na universidade - falo por experiência própria -
você fundamentalmente manda o seu currículo. Aqui no Brasil o sistema é de
vestibular, e cada universidade tem o seu. Já imaginaram a beleza que vai ser,
se a ação afirmativa vier para cá, o vestibular? Salas para negros - que ou
farão provas bem mais fáceis ou terão critérios mais brandos de avaliação, já
que a universidade é obrigada por lei a ter em seus quadros um percentual
predeterminado de alunos negros - e salas para brancos? Isto aí é ou não é a
explicitação de uma demência completa? Ninguém vê porque a consciência mesma,
seja negra, branca, grega ou troiana, está mergulhada numa noite de
preconceitos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E o preconceito é um tipo de cegueira intelectual. São cegos
perdidos à noite que só tem outros cegos para os guiarem e que crêem que a cura
da cegueira seja mais cegueira. O ruim com o ruim não dá bom: dá pior. Estas
práticas, que só aumentaram o racismo nos EUA, produzirão um efeito muito mais
nefasto no Brasil, que apesar de não ter valores culturais tão arraigados, têm
como maior valor a boa convivência racial. Todo este discurso só vai ter como
único resultado a importação de um problema que nós não temos. Vão inventar a
consciência de uma contradição que não existe, e o Brasil vai dar mais um passo
para longe da realidade.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-50222245996403351892015-11-10T11:50:00.002-03:002015-11-10T11:50:15.688-03:00Ferreira Gullar: Atraso ideológico <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A maneira mais fácil e também mais desonesta de contestar
opiniões que divergem das nossas é tentar desacreditá-las. Tal procedimento,
além de torpe, é prejudicial à elucidação de questões que muitas vezes envolvem
interesses fundamentais. Isso ocorre frequentemente quando estão em jogo
problemas políticos e ideológicos, o que dificulta o entendimento de problemas
vitais para o país.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Faço essas considerações porque acredito que uma das funções
do jornalismo é informar e contribuir para o esclarecimento das questões de
interesse público.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu, que militei no Partido Comunista Brasileiro, convencido
de que o marxismo era o caminho para a construção de uma sociedade fraterna e
justa, deixei de acreditar nisso em consequência das experiências que vivi e do
próprio fracasso daquele projeto revolucionário em nível nacional e
internacional.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já tive oportunidade de manifestar minha opinião sobre esse
fato, mas, qualquer que seja o diagnóstico, a verdade é que o grande sonho da
sociedade proletária se desfez definitivamente. Há, porém, os que não desistem
de suas convicções e há também os que se aproveitam da boa-fé das pessoas para
substituir o sonho socialista pelo que intitulo de “populismo de esquerda”, que
se constata hoje em alguns países da América Latina, como Venezuela, Bolívia,
Argentina, Equador e Brasil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em cada um desses países, o tal populismo assume uma forma
específica, mas em todos eles o discurso ideológico substitui a luta da classe
operária contra a burguesia pela luta dos pobres contra os ricos, que Lula
apelidou de “elite branca”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse populismo se caracteriza, de um lado, por programas
assistencialistas e, de outro, por um discurso anticapitalista que, como no
caso do Brasil, é só para inglês ver, uma vez que seus principais sócios são
grandes empresas. A operação Lava Jato revelou à opinião pública brasileira a
extensão do “conluio” montado pelo governo populista, em aliança com
empresários, para saquear a Petrobras e outras empresas estatais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A ação desse populismo de esquerda no governo do país é a
causa principal da situação caótica a que o Brasil foi arrastado nestes quase
13 anos de gestão petista. O Programa Bolsa Família, montado com objetivo
eleitoral, se atenuou a carência de famílias miseráveis, em vez de resolver o
problema da pobreza, estimula uma grande massa de trabalhadores a não mais
trabalhar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por outro lado, o programa Minha Casa, Minha Vida constrói
conjuntos residenciais muitas vezes em lugares inacessíveis e de péssima
qualidade (muitos deles já estão caindo aos pedaços). Também, neste caso, a
troca de interesses deixa as construtoras à vontade para usarem o material mais
barato e construírem de qualquer forma, já que o governo não as fiscaliza, pois
são todos amigos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O aumento das famílias atendidas pelo Bolsa Família
–calculado em mais de 30 milhões– e os gastos com o programa Minha Casa, Minha
Vida podem ser a razão que levou Dilma a violar a lei de responsabilidade
fiscal, tomando empréstimo de bancos públicos sem condições de ressarci-los.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando Aécio Neves, na campanha eleitoral, denunciou o
estado crítico das finanças do país, ela o chamou de mentiroso e garantiu que a
situação das contas era ótima. Ganhou as eleições e logo começou a fazer o
contrário do que afirmara. Mas o desastre dos governos petistas não se limita
aos gastos demagógicos e à corrupção. Atinge a estrutura econômica do país, anulando-lhe
o crescimento e provocando desemprego e inflação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aliando demagogia e incompetência, os petistas deram pouca
atenção aos Estados Unidos e à Europa – parceiros comerciais importantes do
Brasil– e voltaram-se para o mercado sul-americano –o Mercosul. Para agravar
nossa situação econômica daqui para diante, os Estados Unidos e o Japão
montaram uma aliança comercial que representa 40% do comércio mundial e da qual
estamos fora. E fora também estaremos de outra aliança, que incluirá os
norte-americanos e os europeus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nisso é que dá atraso ideológico somado a incompetência.</div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-71520687383780247022015-11-09T12:17:00.003-03:002015-11-09T12:17:23.429-03:00Fernando-Gabeira: Memórias da Salvação<div class="MsoNormal">
Outro dia, escrevendo sobre o comício das diretas em
Caruaru, lembrei-me de que no palanque estavam Collor e Lula, entre outros.
Naquele momento não poderia prever ainda a importância que ambos teriam no
processo democrático. Collor, o caçador de marajás, preparava sua cruzada
contra a corrupção. Lula, encarnando a esquerda, falava de ética na política.
Ambos os projetos, destinados a combater a corrupção, foram tragados por ela,
sem distinção ideológica.lulacollor</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Leio no New York Times que dois políticos do Estado de
Albany serão julgados nos próximos dias: Dean Skelos e Sheldon Silver. As
acusações soam familiares: enriquecimento ilícito, propinas mascaradas em
doações legais, parentes envolvidos. A matéria diz que a cultura da corrupção
em Albany será julgada com os dois políticos. Acredito que sim, mas acho
difícil suprimir uma cultura apenas com um veredicto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Albany ainda tem uma pressão corretiva nacional. No caso
brasileiro, não se trata apenas da cultura de um Estado da Federação: é de todo
um país.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu
administrar a corrupção em seu governo, no sentido de que não evitou os
escândalos; mas realizou seus objetivos. Ele próprio, porém, admite um problema
sistêmico, a julgar pela sugestão que fez a Dilma e Lula numa viagem à África
do Sul. Argumentando com a rejeição popular ao processo político tradicional,
propôs uma urgente mudança.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje, confrontados com todo o material que a Operação Lava
Jato e outras investigações revelaram, estamos diante de uma situação singular:
corrupção alarmante e grave crise econômica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Diante da inflação e do desemprego crescente, que afetam
todos nós, os políticos responsáveis acham que é preciso conversar, buscar uma
saída antes que tudo seja engolfado por uma crise social. No entanto, nenhuma
conversa, por mais produtiva que seja, pode deixar de lado que a cultura da corrupção
está sendo julgada no Brasil. O veredicto final não resolverá o problema, mas
certamente será um passo decisivo, tão importante para completar a democracia
brasileira como foi aquele momento na década de 1980, quando lutávamos por
eleições presidenciais diretas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Embora a corrupção fosse tema de Collor em 1988 e de Lula em
2002, a revolução nas comunicações, a presença da internet, o avanço dos órgãos
investigativos, a cooperação internacional, tudo isso converge agora para
fortalecer a transparência. E enfraquecer os salvadores.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Diante da experiência fracassada de Collor e do PT, talvez
fosse oportuno refletir sobre a frase de Cioran: a certeza de que não existe
salvação é uma forma de salvação, é mesmo a salvação. As pesquisas, todavia,
indicam um ângulo favorável aos salvadores. O PT é naturalmente rejeitado pela
maioria, mas os opositores também registram altos índices negativos. Uma
terceira força, vinda de fora, teoricamente, poderia derrotar a todos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na minha opinião, os políticos estão sendo julgados por
todos esses anos de democratização, mas também, e sobretudo, por como se
comportam no momento em que escândalos e crise econômica se entrelaçam.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um exemplo da luta contra a cultura da corrupção se dá em
torno de um instrumento legal, a delação premiada. É apenas uma lei que reduz
penas se a pessoa disser a verdade e reparar seu crime, no caso, devolvendo o
dinheiro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dilma combateu a delação premiada com uma emoção de
esquerda. Lembrou-se dos que delataram os militantes nos anos de chumbo.
Suprimiu um pequeno detalhe: que foram torturados para dizer a verdade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Lula chamou a delação premiada de mentira premiada. Responde
com uma piada nervosa diante de tantas evidências de que os depoimentos são
verdadeiros. Ignorou que a Lava Jato, com 33 delações premiadas e três acordos
de leniência, devolveu R$ 2,4 bilhões ao país.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Existe nas ruas uma certa hesitação em colaborar com a
polícia. As expressões alcaguete e dedo-duro têm uma conotação negativa.
Tiradentes, com a figura parecida com a de Cristo, teve seu Judas em Joaquim
Silvério dos Reis. Para quem vê a democracia apenas como uma etapa é fácil
confundir a polícia com repressão política; afinal, todas as instituições visam
a preservar o sistema.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Com um viés de esquerda, foi possível transitar de uma luta
pela ética na política para defesa da cultura da corrupção. Os empresários
querem business as usual, as figuras que sobraram do palanque das diretas ainda
devem ter conversas necessárias e a própria crise econômica pode ser superada
num par de anos. Mas a sociedade, além das aflições da crise econômica,
sente-se lesada por um governo quadrilheiro, desapontada com uma oposição
hesitante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A fratura não se fechará enquanto o problema em torno do
crime e castigo não for resolvido. Isso pode consolidar os laços da sociedade
com as instituições e, quem sabe, capacitá-la a empurrar os políticos para a
frente, apesar deles.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Das diretas para cá o clima se degradou. Hoje vemos Lula
movimentando fortunas na conta bancária, casa de campo, tríplex, exigindo menu
de travesseiro. Ninguém imagina que tudo aquilo daria tanto dinheiro aos
salvadores: Collor com seus carros de luxo, Lula faturando milhões com suas
aulas magnas e, no fundo, a sirene do camburão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Collor e o PT são dois momentos do processo. Seu fracasso
precisa ser levado em conta na tentativa de recomeçar. Mais do que discursos e
promessas e uma certa ingenuidade diante da fraqueza humana, será importante a
transparência, apoiada em novas leis e no fortalecimento das instituições que
investigam o poder político.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O governo elegeu-se com verba de corrupção, descumpriu a Lei
de Responsabilidade Fiscal, manteve um esquema de rapina na Petrobras. Enquanto
estiver no poder, o relógio do recomeço está desligado. Não adianta tocar para
a frente, como se não tivesse acontecido. Nem mantê-lo desligado até 2018. Não
se para o tempo. No máximo, é possível ganhar horas com o fuso horário, como o
deputado do PT que virou dono de um apartamento em Miami.</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-1680640744128878712015-11-09T12:16:00.002-03:002015-11-09T12:16:26.414-03:00Fernando Gabeira: Cedo demais para esquecer <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seria um prazer deixar de pensar em Dilma e Cunha,
concentrar no árduo trabalho cotidiano. Não enquanto estiverem lá, dando as
cartas</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Circulou nas redes sociais um texto atribuído ao milionário
Beto Sicupira no qual ele pedia aos empresários que não se discutisse mais a
crise, nem se falasse de Dilma e Cunha. É preciso tocar os negócios, Dilma e
Cunha não trabalham na empresa. Ouvido pela imprensa, Sucupira não confirmou
nem desmentiu seu texto. Escrito por um milionário ou alguém mais pobre, o
conselho para ignorar esta camada da realidade lembrou-me o caso dos nativos da
Tasmânia, contado por John Gray em seu livro “Cachorros de palha”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os nativos da Tasmânia viviam mais simplesmente que os
aborígenes da Austrália, dos quais se isolaram com a elevação do nível do mar
cerca de 10 mil anos atrás.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Perderam a habilidade de tecer, pescar e fazer fogo. E
quando os navios de colonos europeus chegaram, em 1772, incapazes de processar
uma imagem para a qual nada os havia preparado, voltaram às suas vidas, como se
nada tivesse acontecido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eles foram dizimados. Sua pele era vendida, e as mulheres
eram obrigadas a carregar a cabeça cortada de seus maridos amarradas em seu
pescoço.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Quando morreu o último macho tasmaniano, a sepultura foi
aberta pelo Dr. George Stockell, um membro da Sociedade Real da Tasmânia, que
fez uma bolsa para fumo com sua pele”, conta John Gray.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não corremos riscos tão dramáticos, se optarmos pelo
distanciamento. No entanto, corremos risco. Nesse início de crise, o desemprego
cresceu, três milhões de famílias foram ejetadas da classe média, e cresce a
violência nas cidades.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Numa única semana ficamos sabendo que quatro estrelas do PT
movimentaram R$ 300 milhões em suas contas, que o líder proletário sozinho
recebeu uma fortuna em suas viagens, nas quais exigia um menu de travesseiros.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estamos sendo investigados em, pelo menos três países. No
Peru, José Dirceu teria comprado autoridades; em Portugal o PT teria levado €
50 milhões em propinas, e no Paraguai realizamos uma obra superfaturada ligada
à Usina de Itaipu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entregue à máfia político-burocrática, o Brasil não vai
apenas ser sugado até o último vintém. O país pode se tornar uma imensa
plataforma para assaltos no exterior.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sobreviveremos como as favelas dominadas pelo tráfico ou
pela milícia. Deixaremos de ser conhecidos pelo futebol e o carnaval. A
picaretagem será nossa modalidade, na olimpíada universal do crime.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quem trabalha muito tem pouco tempo para se informar ou
protestar. Nesse aspecto, o texto atribuído ao milionário até que faz sentido:
é preciso continuar trabalhando, apesar de Dilma e Cunha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No entanto, vivemos uma situação de emergência. Saquearam o
país, arruinaram a Petrobras, vendem medidas provisórias no Planalto, vendem-se
jabutis para medidas provisórias na Câmara, venderão, se puderem, a última
árvore de nossa floresta, a última gota de nossas nascentes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não importa para eles que o país entre em parafuso. Muitos
têm contas na Suíça, outros, como um deputado do PT, ganham apartamentos em
Miami.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para as grandes fortunas, esse vendaval é apenas uma brisa.
No entanto, é devastador para os todos que vivem, modestamente, de seu
trabalho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como deixar Dilma de lado, depois de utilizar o dinheiro
público como quis, pedalando em nome dos pobres e canalizando o dinheiro para
as grandes empresas? Como esquecer o maior escândalo da História e não
relacioná-lo à milionária campanha do PT? Como acordar todas as manhãs sabendo
que a Câmara é uma piscina cheia de ratos, cujo presidente é um gângster com
contas na Suíça?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Assim como as pessoas, os países precisam de vez em quando
se olhar no espelho. No momento, o Brasil não consegue fazer esse gesto. Quando
há perigo de vida, como nas favelas dominadas por tráfico ou milícia, é
prudente seguir trabalhando, conversar o mínimo possível, esperar que a mudança
venha de cima.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Francamente, não há grande perigo em resistir à quadrilha
política que domina o Brasil. Uma burocrata saiu espetando manifestantes com
uma agulha, um professor ameaça levar os reacionários ao paredão e fuzilá-los
com uma espingarda. Claro, sempre podem nos chamar de reacionários, vendidos,
elite branca, fascistas. Quando criança, a gente simplesmente cruzava os dedos
e isolava: tudo o que você falar está me ajudando. Uma agulha pelas costas, uma
espingarda velha não são forte elementos de dissuasão. O obstáculo real está
nas dúvidas sobre o futuro? O que virá depois? Se aparecer uma simples fresta
no horizonte, a multidão passará por ela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os nativos da Tasmânia não tinham informações, sequer
conseguiam processá-las. Nós sabemos de tudo, consumimos notícias instantâneas.
De uma certa maneira, nossa pele está em jogo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seria um prazer deixar de pensar em Dilma e Cunha,
concentrar no árduo trabalho cotidiano. Não enquanto estiverem lá, dando as
cartas. Ainda que falsas, são as cartas do poder.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-75269986372785394292015-11-03T09:32:00.000-03:002015-11-03T09:32:50.516-03:00Lucas Gandolfe: O assassino Che Guevara, retrato de um covarde <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há aproximadamente 48 anos, Ernesto “Che” Guevara recebeu
uma grande dose de seu próprio remédio.
Sem qualquer julgamento, ele foi declarado um assassino, posto contra um
paredão e fuzilado. Historicamente
falando, a justiça raramente foi tão bem feita.
O ditado “tudo o que vai, volta” expressa bem essa situação.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Execuções?”, gritou Che Guevara enquanto discursava na
glorificada Assembléia Geral da ONU, em 9 de dezembro de 1964. “É claro que executamos!”, declarou o ungido,
gerando aplausos entusiasmados daquele venerável órgão. “E continuaremos executando enquanto for
necessário! Essa é uma guerra de morte
contra os inimigos da revolução!”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ocorreram 14.000 execuções por fuzilamento em Cuba até o
final de década de 1960. José Vilasuso, um cubano que à época era promotor dos
julgamentos comandados por Guevara, fugiu horrorizado e enojado com o que
presenciou. Ele estima que Che promulgou
mais de 400 sentenças de morte apenas nos primeiros meses em que comandava a
prisão de La Cabaña. Um padre basco
chamado Iaki de Aspiazu, que sempre estava à mão para ouvir confissões e fazer
a extrema unção, diz que Che pessoalmente ordenou 700 execuções por fuzilamento
durante esse período. O próprio Che admitiu ter ordenado “milhares” de
execuções durante o primeiro ano do regime de Fidel Castro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Felix Rodriguez, o agente cubano-americano da CIA que ajudou
a caçar Che na Bolívia e que foi a última pessoa a interrogá-lo, diz que Che,
em sua última conversação, admitiu “algumas milhares” de execuções. “Eu não
preciso de provas para executar um homem”, gritou Che para um funcionário do
judiciário cubano em 1959. “Eu só
preciso saber que é necessário executá-lo!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A mais popular versão da camiseta e do pôster de Che, por
exemplo, ostenta o slogan “Lute Contra a Opressão” sob sua famosa face. Essa é a face de um homem que fundou um
regime que encarcerou mais de seu próprio povo do que Hitler e Stalin, e que
declarou que “o individualismo deve desaparecer!”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nenhuma pessoa em seu perfeito juízo vestiria uma camiseta
estampando o rosto de Che. E nenhuma
pessoa decente toleraria essa camisa em seus arredores.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas como um sujeito horrendo, vazio, estúpido, sádico e
epicamente idiota conseguiu um status tão icônico? “Estou aqui nas montanhas de
Cuba sedento por sangue”, escreveu Che para a sua esposa abandonada em
1957. “Querido pai, hoje descobri que
realmente gosto de matar”, escreveu logo depois. O detalhe é que essa matança de que ele
gostava muito raramente era feita em combate, o que ele gostava mesmo era de
matar à queima-roupa homens e garotos amarrados e vendados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dentre suas perturbadas fantasias, a mais proeminente era a
implementação de um reino continental stalinista. Para atingir esse ideal, o jovem problemático
almejava “milhões de vítimas atômicas”. O perturbado jovem argentino também era
arredio e desprezava todos ao seu redor: “Não tenho casa, não tenho mulher, não
tenho pai, não tenho mãe, não tenho irmãos.
Meus amigos só são amigos quando eles pensam ideologicamente como eu”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ernesto “Che” Guevara era o vice-comandante, o
carrasco-chefe e o principal contato da KGB em um regime que proibiu eleições e
aboliu a propriedade privada. A polícia
desse regime, supervisionada pela KGB e empregando a tática da “visita da
meia-noite” e do “ataque pela manhã”, capturou e enjaulou mais prisioneiros
políticos em proporção à população do que Stalin e executou mais pessoas (em
uma população de apenas 6,4 milhões) em seus primeiros 3 anos no poder do que
Hitler (que comandava uma população de 70 milhões) em seus primeiros 6 anos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O regime que Che Guevara ajudou a fundar confiscou a
poupança e a propriedade de 6,4 milhões de cidadãos e tornou refugiada 20% da
população de uma nação até então inundada de imigrantes e cujos cidadãos haviam
atingido um padrão de vida maior do que o padrão daqueles que residiam em
metade da Europa. O regime de Che
Guevara também destroçou — por meio de execuções, encarceramentos, expropriação
em massa e exílio — virtualmente cada família da ilha cubana.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com apenas uma semana no poder, Che já havia abolido o
habeas corpus. Além de afirmar que
evidências judiciais eram detalhes burgueses arcaicos, ele complementava
garbosamente dizendo que “executamos por convicção revolucionária!”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de seus fãs dizerem pomposamente que ele foi um
médico formado, ninguém até hoje, após inúmeras tentativas, conseguiu localizar
qualquer histórico sobre seu diploma de medicina. Logo após ser capturado na Bolívia, Che
admitiu para o comandante da operação, o Capitão Gary Prado, que ele não era
médico, mas tinha “algum conhecimento de medicina”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mais do que sua crueldade, megalomania e estupidez épica, o
que mais distinguia Ernesto “Che” Guevara de seus companheiros era sua manhosa
covardia. Suas tietes podem ficar
zangadas o quanto quiserem, bater a porta do quarto, cair na cama, espernear e
chorar abraçadinhas com o travesseiro, mas o fato é que Che se entregou
voluntariamente ao exército boliviano e a uma distância segura. Foi capturado em ótimas condições físicas e
com sua arma completamente carregada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com seus homens fazendo exatamente o que ele ordenou
(lutando e morrendo até a última bala), um Che ligeiramente ferido evadiu-se do
tiroteio e se entregou com um pente cheio de balas em sua pistola, enquanto
choramingava manhosamente para seus capturadores: “Não atirem! Sou Che! Valho
mais para vocês vivo do que morto!”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O prazer que Che Guevara tinha em matar cubanos só era
possível porque esses cubanos estavam completamente indefesos no momento. Amarrados e vendados, de preferência. E dessa forma eles eram alinhados de frente
para o pelotão de fuzilamento e executados.
Porém, quando o cenário se alterou e as armas de fogo estavam em posse
de outros, o argentino tremeu de medo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Covarde, incompetente e assassino: esses são alguns
adjetivos adequados para definir o maior ídolo de nossas esquerdas tupiniquins.
Lamentável.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-10776873784077011282015-10-22T10:45:00.002-03:002015-10-22T10:45:40.526-03:00Felipe Moura Brasil: Faça a sua parte, estude<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Os participantes de um movimento político normalmente
ignoram seu fim, seu motivo e sua origem.” (Nicolás Gómez Dávila)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se os brasileiros que aderem aos atuais movimentos
feministas, abortistas, gayzistas, racialistas, liberacionistas e
ambientalistas estudassem ao menos um pouquinho a história e a unidade por trás
de suas manifestações esquerdistas isoladas, talvez um ou dois (não, você aí da
Mobilização em Ambientes Virtuais, criada pelo PT, não: você não tem salvação)
pensassem duas vezes antes de continuarem sendo usados como massa de manobra
revolucionária.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Depois de ler o resumo educativo de Linda Kimball, que
reproduzo no item II, tive de sacar esta minha listinha – que segue no item I –
e, também, o artigo do item III, presente no nosso best seller “O mínimo que
você precisa saber para não ser um idiota“, para que deixem (ou não) de ignorar
o fim, o motivo e a origem daquilo em que estão se metendo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em consideração aos preguiçosos, destaquei em negrito os
trechos principais dos artigos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Preparados? Ótimo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
I.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Revolucionários de ontem e de hoje, de variadas vertentes,
na luta por algo que ainda não sabem o que é (e ainda tem bocó que vai atrás):<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“[Os estudantes revolucionários querem] uma forma de
organização social radicalmente nova, da qual não sabem dizer, hoje, se é
realizável ou não.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Daniel Cohn-Bendit, Paris – 1968)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Ainda não sabemos que tipo de socialismo queremos.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Lula, América Libre – 2010)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“[O socialismo petista] é um processo de sucessivas
conquistas econômicas, sociais, políticas e culturais que abrem caminho para
novas conquistas. É um caminho que se renova e se amplia à medida que o
percorremos. Pode contemplar momentos de rupturas, mas se faz também no
dia-a-dia. Não descuida do presente, mas tem seus olhos postos no futuro. Mas
esse futuro não é um porto de chegada ou uma fortaleza a ser conquistada. É antes
uma construção histórica.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Resoluções do 3º Congresso do PT – 2007, p. 15)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Só sabe construir o futuro quem está construindo o presente
e quem tem novas ideias para seguir adiante… Essa é uma união da esperança de
que é possível sempre fazer e avançar mais. Para essa concepção que nos une
cada conquista é apenas um começo. E ela nasceu também da convicção de que é
necessário continuar mudando o Brasil.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Dilma Rousseff, em evento do PCdoB – Partido Comunista do
Brasil, em que celebrou a aliança com os comunistas brasileiros. Mais detalhes
adiante.)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Os exemplos da aguerrida Porto Alegre, São Paulo, Rio de
Janeiro, Goiânia, Natal são também prelúdios de um novo tempo, o tempo de rua.
Que venham as lutas, que venham as ruas, que venha um futuro diferente. A rua é
nossa!”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Integrante paraense do PSOL, vestindo uma camisa de Lenin –
2013 – Youtube)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“A lógica egoísta e destrutiva da produção, condicionada
exclusivamente ao lucro, ameaça a existência de qualquer forma de vida. Assim,
a defesa do socialismo com liberdade e democracia [sic] deve ser encarada como
uma perspectiva estratégica e de princípios. Não podemos prever as condições e
circunstâncias que efetivarão uma ruptura sistêmica.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Programa oficial do PSOL, item 1: ‘Socialismo com
democracia, como princípio estratégico na superação da ordem capitalista’)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Estamos lutando por algo que ainda não sabemos o que é, mas
que pode ser o início de algo muito grande que pode acontecer mais para
frente.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Integrante do movimento Black Bloc em entrevista à BBC
Brasil – 2013)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Por enquanto, a única alternativa concreta é somente uma
negação.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Herbert Marcuse)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Precisamos odiar. O ódio é a base do comunismo. As crianças
devem ser ensinadas a odiar seus pais se eles não são comunistas.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(V. I. Lenin)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A explicação:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Karl Marx já opinava que era inútil tentar descrever como
seria o socialismo, já que este iria se definindo a si mesmo no curso da ação
anticapitalista. (…) Nessas condições, é óbvio que duzentos milhões de
cadáveres, a miséria e os sofrimentos sem fim criados pelos regimes
revolucionários não constituem objeção válida. O revolucionário faz a sua
parte: destrói. Substituir o destruído por algo de melhor não é incumbência
dele, mas da própria realidade. Se a realidade não chega a cumpri-la, isso só
prova que ela ainda é má e merece ser destruída um pouco mais.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Olavo de Carvalho, ‘A promessa autoadiável‘, Diário do
Comércio, 30 de agosto de 2010)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dilma-no-PC-do-B<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na foto, a presidente Dilma Rousseff no evento do PCdoB (o
C, repito, é de Comunista mesmo), entre cartazes laudatórios de Marx e Lenin.
Eis mais algumas frases singelas dos dois:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Somos favoráveis ao terrorismo organizado – isto deve ser
admitido francamente.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Lenin)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“A principal missão dos outros povos (exceto os alemães, os
húngaros e os poloneses) é perecer no Holocausto revolucionário… Esse lixo
étnico continuará sendo, até o seu completo extermínio ou desnacionalização, o
mais fanático portador da contrarrevolução.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Karl Marx)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“As classes e raças, demasiado fracas para dominar as novas
condições de vida, devem sucumbir.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Karl Marx)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Não temos compaixão e não lhe pedimos compaixão alguma.
Quando chegar a nossa vez, não inventaremos pretextos para o terror.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Karl Marx)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
II.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Gramsci<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Marxismo cultural<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Escrito por Linda Kimball<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A verdade vos libertará.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
João 8:32<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os americanos subscrevem atualmente a duas más-concepções; a
primeira é a ideia de que o comunismo deixou de ser uma ameaça quando a União
Soviética implodiu; a segunda é a crença de que a Nova Esquerda dos anos
sessenta entrou em colapso e desapareceu também. “Os Anos Sessenta Estão
Mortos,” escreveu George Will (“Slamming the Doors,” Newsweek, Mar. 25, 1991).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma vez que, como um movimento político, a Nova Esquerda não
tinha coesão, ela desmoronou-se; no entanto, seus revolucionários
reorganizaram-se e formaram uma multitude de grupos dedicados a um só tópico. É
devido a isto que hoje temos as feministas radicais, os extremistas dos
movimentos negros, os ativistas “pela paz”, os grupos dedicados aos “direitos”
dos animais, os ambientalistas radicais, e os ativistas homossexuais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Todos estes
grupos perseguem a sua parte da agenda radical através duma complexa rede de
organizações tais como a “Gay Straight Lesbian Educators Network” (GSLEN), a
“American Civil Liberties Union” (ACLU), “People for the American Way”, “United
for Peace and Justice”, “Planned Parenthood”, “Sexuality Information and
Education Council of the United States” (SIECUS), e a “Code Pink for Peace”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tanto o comunismo como a Nova Esquerda encontram-se vivos e
de boa saúde aqui na América, preferindo usar palavras de código tais como:
tolerância, justiça social, justiça econômica, paz, direitos reprodutivos,
educação sexual e sexo seguro, escolas seguras, inclusão, diversidade e
sensibilidade. Tudo junto, isto é marxismo cultural mascarado de
multiculturalismo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O nascimento do multiculturalismo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Antecipando a tempestade revolucionária que iria batizar o
mundo num inferno de terror vermelho, levando ao nascimento da terra prometida
de justiça social e igualdade proletária, Frederich Engels escreveu<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todas as (…) grandes e pequenas nacionalidades estão
destinadas a desaparecer (…) na tempestade revolucionária mundial (…). (Uma
guerra global) limpará todas (…) as nações, até os seus nomes. A próxima guerra
mundial resultará no desaparecimento da face da Terra não só das classes
reacionárias (…) mas (…) também dos povos reaccionários.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">(“The
Magyar Struggle”, Neue Rheinische Zeitung, Jan. 13, 1849)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando a Primeira Grande Guerra terminou, os socialistas
perceberam que algo não havia corrido bem, uma vez que os proletários do mundo
não haviam prestado atenção ao apelo de Marx de se insurgirem em oposição ao
capitalismo como forma de abraçarem, no seu lugar, o comunismo. Devido a isto,
estes mesmos socialistas começaram a investigar o que havia corrido mal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Separadamente, dois teóricos marxistas, Antonio Gramsci
(Itália) e Georg Lukacs (Hungria), concluíram que o Ocidente cristianizado era
o obstáculo que impedia a chegada da nova ordem mundial comunista.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Devido a isto, eles concluíram que, antes da revolução ter
sucesso, o Ocidente teria que ser conquistado. Gramsci alegou que, uma vez que
o Cristianismo já dominava o Ocidente há mais de 2 mil anos, não só esta
ideologia estava fundida com a civilização ocidental, como ela havia corrompido
a classe operária.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Devido a isso, afirmou Gramsci, o Ocidente teria que ser
previamente descristianizado através duma “longa marcha através da cultura”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Adicionalmente, uma nova classe proletária teria que ser
criada. No seu livro “Cadernos do Cárcere,” Gramsci sugeriu que o novo
proletariado fosse composto por criminosos, mulheres, e minorias raciais.
Segundo Gramsci, a nova frente de batalha deveria ser a cultura, começando pela
família tradicional e absorvendo por completo as igrejas, as escolas, a grande
mídia, o entretenimento, as organizações civis, a literatura, a ciência e a
história. Todas estas instituições teriam de ser transformadas radicalmente e a
ordem social e cultural teria que ser gradualmente subvertida de modo a colocar
o novo proletariado no topo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O protótipo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em 1919, Georg Lukacs tornou-se vice-comissário para a
Cultura do regime bolschevique de curta duração de Bela Kun, na Hungria.
Imediatamente ele colocou em marcha planos para descristianizar a Hungria,
raciocinando que, se a ética sexual cristã pudesse ser fragilizada junto à
crianças, então o odiado patriarcado bem como a Igreja sofreriam um duro golpe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lukacs instalou um programa de educação sexual radical e
palestras sexuais foram organizadas; foi distribuída literatura contendo
imagens que instruíam graficamente os jovens a enveredar pelo “amor livre”
(promiscuidade) e pela intimidade sexual (ao mesmo tempo que a mesma literatura
os encorajava a ridicularizar e a rejeitar a ética moral cristã, a monogamia e
a autoridade da igreja). Tudo isso foi acompanhado por um reinado de terror
cultural perpetrado contra os pais, sacerdotes e dissidentes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os jovens da Hungria, havendo sido alimentados com uma dieta
constante de neutralidade de valores (ateísmo) e uma educação sexual radical,
ao mesmo tempo que eram encorajados a revoltarem-se contra toda a autoridade,
facilmente se transformaram em delinquentes que variavam de intimidadores e
ladrões menores, para predadores sexuais, assassinos e sociopatas. A prescrição
de Gramsci e os planos de Lukacs foram os precursores do que o marxismo
cultural, mascarado de SIECUS, GSLEN, e a ACLU – agindo como executores da lei
judicialmente aprovados – mais tarde trouxe às escolas americanas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Construindo uma base<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No ano de 1923 foi fundada na Alemanha de Weimar a Escola de
Frankfurt – um grupo de reflexão marxista. Entre os fundadores encontravam-se
Georg Lukacs, Herbert Marcuse, e Theodor Adorno. A escola era um esforço
multidisciplinar que incluia sociólogos, sexólogos e psicólogos. O objetivo
primário da Escola de Frankfurt era o de traduzir o marxismo econômico para
termos culturais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A escola disponibilizaria as ideias sobre as quais se
fundamentaria uma nova teoria política de revolução (com base na cultura),
aproveitando um novo grupo “oprimido” para o lugar do proletariado infiel.
Esmagando a religião e a moralidade, a escola construiria também um eleitorado
junto aos acadêmicos que construiriam carreiras profissionais estudando e
escrevendo sobre a nova opressão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mais para o final, Herbert Marcuse – que favorecia a
perversão polimorfa – expandiu o número do novo proletariado de Gramsci de modo
a que se incluíssem os homossexuais, as lésbicas e os transsexuais. A isto
juntou-se a educação sexual radical de Lukacs e as tácticas de terrorismo
cultural. A “longa marcha” de Gramsci foi também adicionada à mistura, sendo
ela casada à psicanálise freudiana e às técnicas de condicionamento
psicológico. O produto final foi o marxismo cultural, hoje em dia conhecido no
Ocidente como multiculturalismo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar disto tudo, era necessário mais poder de fogo
intelectual, uma teoria que patologizasse o que teria que ser destruído. Nos
anos 50 a Escola de Frankfurt expandiu o marxismo cultural de modo a incluir a
ideia da “Personalidade Autoritária” de Theodor Adorno. O conceito tem como
premissa a noção de que o Cristianismo, o capitalismo e a família tradicional
geram um tipo de caráter inclinado ao racismo e ao fascismo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Logo, qualquer pessoa que defenda os valores morais
tradicionais da América, bem como as suas instituições, é ao mesmo tempo um
racista e um fascista.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O conceito da “Personalidade Autoritária” defende também que
as crianças criadas segundo os valores tradicionais dos pais irão tornar
invariavelmente racistas e fascistas. Como conseqüência, se o fascismo e o
racismo fazem parte da cultura tradicional da América, então qualquer pessoa
educada segundo os conceitos de Deus, família, patriotismo, direito ao porte de
armas ou mercados livres precisa de ajuda psicológica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A influência perniciosa da ideia da “Personalidade
Autoritária” de Adorno pode ser claramente vista no tipo de pesquisas que
recebem financiamento através dos impostos dos contribuintes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em agosto de 2003, a “National Institute of Mental Health”
(NIMH) e a “National Science Foundation” (NSF) anunciaram os resultados do seu
estudo financiado com 1.2 milhões de dólares, dinheiro dos contribuintes.
Essencialmente, esse estudo declarou que os tradicionalistas são mentalmente
perturbados. Estudiosos das Universidades de Maryland, Califórnia (Berkeley), e
Stanford haviam determinado que os conservadores sociais… sofrem de “rigidez
mental”, “dogmatismo”, e “aversão à
incerteza”, tudo com indicadores associados à doença mental.
(http://www.edwatch.org/ – ‘Social and Emotional Learning” Jan. 26, 2005)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O elenco orwelliano de patologias demonstra o quão longe a
longa marcha de Gramsci já nos levou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O politicamente correto<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[Nota de FMB: Ver também o documentário “A história do
politicamente correto“.]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma ideia correspondente e diabolicamente construída é o
conceito do “politicamente correto”. A sugestão forte aqui é que, para que uma
pessoa não seja considerada “racista” e/ou “fascista”, não só essa pessoa deve
suspender o julgamento moral, como deve abraçar os “novos” absolutos morais:
diversidade, escolha, sensibilidade, orientação sexual, e a tolerância. O
“politicamente correto” é um maquiavélico engenho de “comando e controle” e o
seu propósito é a imposição de uma uniformidade de pensamento, discurso e
comportamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Teoria Crítica é outro engenho psicológico de “comando e
controle”. Tal como declarado por Daniel J. Flynn, “a Teoria Crítica, tal como
o nome indica, só critica. O que a desconstrução faz à literatura, a Teoria
Crítica faz às sociedades.” (Intellectual Morons, p. 15-16)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Teoria Crítica é um permanente e brutal ataque, através da
crítica viciosa, aos cristãos, ao Natal, aos Escoteiros, aos Dez Mandamentos,
às nossas forças militares, e a todos os outros aspectos da sociedade e cultura
americana.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tanto o “politicamente correto” como a Teoria Crítica são,
na sua essência, intimidações psicológicas. Ambas são maços de calceteiros
psico-políticos através dos quais os discípulos da Escola de Frankfurt – tais
como a ACLU – estão a forçar os americanos a se submeterem e a obedecerem os
desejos e os planos da esquerda. Estes engenhos desonestos não são mais do que
versões psicológicas das táticas de “terrorismo cultural” de Georg Lukacs e
Laventi Beria. Nas palavras de Beria:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A obediência é o resultado do uso da força (…). A força é a
antítese das ações humanizantes. Na mente humana isto é tão sinônimo com a
selvageria, ilegalidade, brutalidade e barbarismo, que é apenas necessário
exibir uma atitude desumana em relação às pessoas para receber dessas pessoas
as posses de força.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(The Russian Manual on Psychopolitics: Obedience, por
Laventi Beria, chefe da Polícia Secreta Soviética e braço direito de Stalin.)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pessoas com pensamento contraditório, pessoas que se
encontram “sentadas em cima do muro”, também conhecidos como “moderados”,
centristas e RINOs (ed: RINO = Republicans In Name Only, isto é, falsos
republicanos), carregam consigo a marca destas técnicas psicológicas de
“obediência”. De uma forma ou outra, estas pessoas – que em casos literais se
encontram com medo de serem vítimas dos agentes de imposição de obediência –
decidiram ficar em cima do muro sob pena de serem considerados culpados de
terem uma opinião. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao mínimo sinal de desagrado dos agentes de imposição de obediência
(isto é, polícias do pensamento), estas pessoas içam logo a bandeira amarela de
rendição onde está escrito de forma bem visível:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Eu não acredito em nada e eu tolero tudo!”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Determinismo cultural<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A cavilha da roda [inglês: “linchpin”] do marxismo cultural
é o determinismo cultural, parente da política de identidade e da solidariedade
de grupo. Por sua vez, o determinismo cultural foi gerado pela ideia darwiniana
de que o homem não é mais que um animal sem alma e que, portanto, a sua
identidade – a sua pele, as suas preferências sexuais e/ou as suas preferências
eróticas – é determinada pelo exemplo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esta proposição rejeita o conceito do espírito humano, da
individualidade, do livre arbítrio e de uma consciência moralmente informada
(associada à culpabilidade pessoal e à responsabilidade) uma vez que ela nega a
existência do Deus da Bíblia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Conseqüentemente, e por extensão, ela rejeita também os
primeiros princípios da liberdade americana enumeradas na Declaração de
Independência. Estes são os nossos “direitos inalienáveis, entre os quais
encontram-se a vida, a liberdade e a busca pela felicidade.” O marxismo
cultural deve rejeitar todos estes princípios porque eles “foram doados pelo
nosso Criador” que fez o homem à Sua Imagem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para David Horowitz, o determinismo cultural é<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
… política de identidade – a política do feminismo radical,
da revolução queer e do afro-centrismo – que formam a base do multiculturalismo
acadêmico (…) uma forma de fascismo acadêmico e (…) de fascismo político
também. <span lang="EN-US">(Mussolini and
Neo-Fascist Tribalism: Up from Multiculturalism, by David Horowitz, Jan. 1998)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É dito que a coragem é a primeira das virtudes porque sem
ela, o medo paralisará o homem, impedindo-o assim de agir segundo as suas
convicções morais e de falar a verdade.
Assim, trazer um estado geral de medo paralisante, apatia e submissão –
as correntes da tirania – é o propósito por trás do terrorismo cultural
psico-político, uma vez que a agenda revolucionária da esquerda comunista deve,
a qualquer preço, estar envolta em secretismo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O antídoto para o terrorismo cultural é a coragem e a luz da
verdade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se nós queremos vencer esta guerra cultural, reclamando e
reconstruindo nosso país para que os nossos filhos e os filhos dos nossos
filhos possam viver numa “Cidade Resplandescente situada na Colina”, onde a
liberdade, as famílias, as oportunidades, o mercado livre e a decência
florescem, temos que reunir a coragem de modo a que possamos, sem medo, expor a
agenda revolucionária da esquerda comunista à Luz da Verdade. A verdade e a
coragem de declará-la nos libertará.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Linda Kimball é autora de diversos artigos e ensaios sobre
cultura e política.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Publicado
no American Thinker – http://www.americanthinker.com<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tradução do Blog O Marxismo Cultural [acima revisada e
grifada por Felipe Moura Brasil], publicada no site Mídia Sem Máscara<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
III.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mínimo idiotes<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Regra geral<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Escrito por Olavo de Carvalho<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Diário do Comércio, 13 de novembro de 2012 [e p. 206-208 do
nosso best seller “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota“]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se vocês ainda não notaram, aproveitem o festival de
homicídios em São Paulo como ocasião perfeita para notar esta regra geral nunca
desmentida: com a mesma constância com que em qualquer nação agrária e atrasada
as revoluções socialistas resultam imediatamente na instauração de ditaduras
genocidas, em todo país mais ou menos próspero e democrático onde a esquerda se
torne hegemônica as taxas de criminalidade sobem e não param mais de subir.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O primeiro desses fenômenos observou-se na Rússia, na China,
na Coreia do Norte, no Camboja, em Cuba etc. O segundo, na França, na
Inglaterra, na Argentina, na Venezuela, nos EUA, no Brasil e um pouco por toda
parte no Ocidente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por quê? E existe
alguma relação entre essas duas séries de fatos?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todo o esquema socialista baseia-se na ideia de Karl Marx de
que o proletariado industrial é a classe revolucionária por excelência,
separada da burguesia por uma contradição inconciliável entre seus interesses
respectivos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando um partido revolucionário toma o poder numa nação
atrasada, predominantemente agrária, como a Rússia de 1917 e a China de 1949,
não encontra ali uma classe proletária suficientemente numerosa para poder
servir de base à transformação da sociedade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O remédio é apelar à industrialização forçada, para criar um
proletariado da noite para o dia e “desenvolver as forças produtivas” até o
ponto de ruptura em que a burguesia se torne desnecessária e possa ser
substituída por administradores proletários.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para isso é preciso instaurar uma ditadura totalitária que
possa controlar e remanejar a força de trabalho a seu bel-prazer (Trotski
chamava isso de “militarização do trabalho”). Daí a semelhança de métodos entre
os regimes revolucionários socialistas e fascistas: ambos têm como prioridade a
industrialização forçada, com a única diferença de que os fascistas a desejam
por motivos nacionalistas e os socialistas pelo anseio da revolução mundial.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já quando a esquerda revolucionária sobe ao poder por via
eleitoral numa nação mais ou menos democrática e desenvolvida, ela encontra um
proletariado numeroso e às vezes até organizado. Mas é um proletariado que já
não serve como classe revolucionária, porque a evolução do capitalismo, em vez
de empobrecê-lo e marginalizá-lo como previa Marx, elevou seu padrão de vida
formidavelmente e o integrou na sociedade como uma nova classe média,
indiferente ou hostil à proposta de revoluções.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para não ficar socialmente isolados e politicamente
ineficazes, os revolucionários têm de encontrar algum outro grupo social cujo
conflito de interesses com o resto da sociedade possa ser explorado. Mas não
existe nenhum que tenha com a burguesia um antagonismo econômico tão direto e
claro, um potencial revolucionário tão patente quanto aquele que Karl Marx
imaginou enxergar no proletariado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não havendo nenhuma “classe revolucionária” pura e pronta, o
remédio é tentar formar uma juntando grupos heterogêneos, movidos por
insatisfações diversas. Daí por diante, quaisquer motivos de queixa, por mais
subjetivos, doidos ou conflitantes entre si, passarão a ser aproveitados como
fermentos do espírito revolucionário.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O preço é a dissolução completa da unidade teórica do
movimento, obrigado a acolher em seu seio os interesses mais variados e
mutuamente incompatíveis. Narcotraficantes sedentos de riqueza e poder,
ladrões, assassinos e estelionatários revoltados contra o sistema penal,
milionários ávidos de um prestígio político (ou até intelectual) à altura da
sua conta bancária, professores medíocres ansiosos para tornar-se guias morais
da multidão, donas de casa pequeno-burguesas insatisfeitas com a rotina
doméstica, estudantes e pequenos intelectuais indignados com a sociedade que
não recompensa os seus méritos imaginários, imigrantes recém-chegados que
exigem seu quinhão de uma riqueza que não ajudaram a construir, pessoas
inconformadas com o sexo em que nasceram – todos agora marcham lado a lado com
lavradores expulsos de suas terras, pais de família desempregados e minorias
raciais discriminadas, misturando numa pasta confusa e explosiva os danos reais
e supostos, objetivos e subjetivos, que todos acreditam ter sofrido, e lançando
as culpas num alvo tão onipresente quanto impalpável: o “sistema” ou “a
sociedade injusta”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sendo obviamente impossível unificar todos esses interesses
numa construção ideológica coerente e elegante como o marxismo clássico, a
solução é apelar a algo como a “teoria crítica” da Escola de Frankfurt, que
atribui ao intelectual revolucionário a missão única de tudo criticar,
denunciar, corroer e destruir, concentrando-se no “trabalho do negativo”, como
o chamava Hegel, sem nunca se preocupar com o que vai ser posto no lugar dos
males presentes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O sr. Lula nunca estudou a teoria crítica, mas fez eco ao
falatório dos intelectuais ao seu redor quando, após vários anos na Presidência
da República e duas décadas como líder absoluto do Foro de São Paulo,
confessou: “Ainda não sabemos qual o tipo de socialismo que queremos.” Não
sabemos nem precisamos saber: só o que interessa é seguir em frente – forward,
como no lema de campanha de Barack Hussein Obama –, acusando, inculpando e
gerando cada vez mais confusão que em seguida será debitada, invariavelmente,
na conta da “sociedade injusta”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se na esfera intelectual essa atitude chegou a produzir até
a negação radical da lógica e da objetividade da linguagem e a condenar como
autoritária a simples exigência de veracidade, como não poderia suscitar, no
campo da moral social, o florescimento sem precedentes da amoralidade cínica e
da criminalidade galopante?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
****<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Felipe Moura Brasil –
http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[PS: Quando um esquerdista pede a fonte de uma frase canalha
de um pensador ou ditador esquerdista, ele apenas mostra que não leu nem
pretende ler a obra daqueles sujeitos que ele segue.]</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-62437692052249264002015-10-20T09:41:00.002-03:002015-10-20T09:41:49.224-03:00Bruna Suruagy: Afinal, o que os evangélicos querem da política?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A professora de psicologia Bruna Suruagy, da Universidade
Presbiteriana Mackenzie, fez 42 entrevistas para sua tese de doutorado
Religião e política: ideologia e ação da"Bancada Evangélica’ na
Câmara Federal”. Ouviu parlamentares da bancada evangélica (de 2007 a 2011),
assessores e jornalistas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Continuou acompanhando o movimento dos políticos evangélicos
e o crescimento da bancada no Congresso. Em entrevista à Pública, Bruna explica
como acontece a seleção dos candidatos dentro das igrejas, o esquema político
das principais denominações pentecostais e o que querem os políticos
evangélicos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Como começou sua
pesquisa sobre a bancada evangélica?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Meu objetivo era entender como se processava a articulação
entre os discursos religiosos e políticos. Foi na legislatura de 2007 a 2011,
que aconteceu logo após a CPI das Sanguessugas que apresentou alguns nomes de
parlamentares evangélicos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na ocasião, a Igreja Universal retirou a candidatura de
muitos parlamentares e o início da legislatura de 2007 foi bastante tenso por
conta desse processo. Teve uma redução significativa da bancada. Na época eles
estavam com 45 membros.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Quando os evangélicos
passaram a se organizar politicamente?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Antes da década de 1990, já existiam vários parlamentares
evangélicos, mesmo antes da Constituinte – muitos protestantes históricos e
alguns pentecostais, mas não existia uma organização institucional da campanha
desse grupo específico. Eram evangélicos que decidiam se candidatar e
eventualmente recebiam o apoio de suas igrejas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Claro que, embora independentes, havia na Câmara uma certa
articulação em nome sobretudo da manutenção dos interesses e valores morais
próprios desse grupo. Mas no início da década de 1990 a Universal passou a
protagonizar a participação política entre os evangélicos e já começou atuando
com um plano político. Ela criou uma forma de fazer política no sentido de
quase atuar como partido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Funciona assim: A cúpula da igreja, formada por um conselho
de bispos da confiança de Edir Macedo, indica candidatos em um procedimento
absolutamente verticalizado, sem a participação da comunidade. Os critérios
para a escolha desses candidatos geralmente têm base em um certo recenseamento
que se faz do número de eleitores em cada igreja ou em cada distrito. E cada
templo, cada região, tem apenas dois candidatos, que seriam o candidato federal
e o estadual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ela desenvolve uma racionalidade eleitoral a partir de uma
distribuição geográfica dos candidatos e a partir de uma distribuição
partidária dos candidatos. Isso mudou um pouco agora porque existe um partido
que é da Universal, o PRB, que fica cada vez mais forte no Congresso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na época, havia uma distribuição por vários partidos para
garantir a eleição. E são escolhidos bispos com um carisma midiático, que
conduziram programas, radialistas e mesmo não bispos, mas figuras que se
destacavam como comunicadores. Porque existe uma interface da mídia religiosa
com a igreja e a política.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não são parlamentares que se destacam na questão litúrgica
como grandes estudiosos da Bíblia – até porque a tradição pentecostal está mais
na produção de emoções e de momentos afetivos do que de fato na liturgia. Então
os bispos e líderes religiosos que promovem essas catarses coletivas e
demonstram esse carisma institucional são normalmente os escolhidos para
candidatos. A Universal se tornou um modelo para outras igrejas porque a cada
novo mandato havia um aumento significativo dos parlamentares da Universal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Assembleia de Deus, que hoje tem a maioria dos deputados,
mas que não funcionava assim, passou a ter a Universal como modelo. Não atuando
da mesma forma porque o funcionamento institucional é outro. A Assembleia é uma
igreja com muitas dissidências e muitas divisões internas, por isso não é
possível estabelecer hierarquicamente os candidatos oficiais. As igrejas têm
fortes lideranças regionais e uma fragilidade do ponto de vista nacional.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A sede não tem tanta força e, por isso, eles criam prévias
eleitorais. As pessoas se apresentam voluntariamente ou são levadas pela
própria igreja e ainda há a ideia de que alguns são indicados por Deus porque
mobilizam grandes multidões, ou contagiam, como dizia Freud, também termina
sendo um critério.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Então tem uma lista, depois uma pré-seleção que passa por um
conselho de pastores – isso em cada ministério [a Assembleia de Deus é uma
igreja com muitas ramificações]. É interessante que os que pretendem se
candidatar assinam um documento se comprometendo a apoiar o candidato oficial
caso ele não seja escolhido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na Universal, como o poder é nacional, tem uma sede
hierarquizada que consegue controlar a instituição, candidaturas independentes
não acontecem. Até porque os parlamentares que foram eleitos com esse apoio
institucional e que na segunda legislatura tentaram se candidatar de forma
independente não ganharam as eleições.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A vitória está totalmente atrelada à instituição. Existe uma
estratégia bem construída porque eles preveem uma fidelidade de 20%, que não é
alta. A Assembleia de Deus está tentando construir essa fidelidade e essa
unidade política que são extremamente difíceis devido a essa fragmentação
interna. E faz as prévias nacionais com a participação de pastores e obreiros,
novamente sem a participação da comunidade – não é um processo transparente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No Congresso então você tem essas lideranças religiosas que
demonstram uma maior habilidade na interlocução com o sujeito, um carisma que
gera catarse, contágio, impacto afetivo e as lideranças que foram identificadas
e constituídas pela igreja como nomes importantes para ocupar o cenário
nacional.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>A bancada evangélica
é homogênea?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na bancada evangélica no Congresso e também nas bancadas
estaduais e municipais, você tem uma diversidade tão grande de integrantes que
não dá pra pensar esse grupo como um bloco coeso, homogêneo. Muitos vêm
representando a Assembleia de Deus e a Universal e algumas neopentecostais que
tentam imitar essa estratégia, como, por exemplo, Sara Nossa Terra, de onde
saiu o Cunha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Você tem muitos parlamentares das chamadas protestantes
históricas [batistas, presbiterianas, luteranas, metodistas] que têm uma
candidatura totalmente independente porque não há um plano político já
estabelecido dentro das igrejas. Eles simplesmente são evangélicos, mas a
trajetória política geralmente não se dá dentro da igreja e não há uma
vinculação direta ao exercício da fé.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esses parlamentares gostam de dizer que separam bem a fé no
âmbito privado da política na esfera pública. Mas é uma distinção contraditória
porque eles tomam, sim, como referência algumas crenças e valores para orientar
suas práticas parlamentares e votações como quando se discute aborto e
homofobia, por exemplo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lembro que um parlamentar me disse na época em que fiz as
entrevistas que não há como fazer uma separação absoluta porque um marxista,
por exemplo, vai acabar se submetendo a essa orientação de consciência na hora
de atuar. E que ele, como cristão, se submete a essa orientação de consciência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas que vota orientado pela consciência, e não por uma
filiação religiosa ou institucional específica. Então, nas protestantes
históricas, não há essa presença ostensiva da instituição. A pentecostal, que
traz consigo a teologia da prosperidade, que tem a presença do neoliberalismo,
do conservadorismo institucional e moral, já tem essa coisa de práticas
políticas fisiológicas e clientelistas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É um grupo heterogêneo, mas os parlamentares pentecostais
têm uma posição mais orientada pelas instituições religiosas. O mandato não é
do parlamentar; é pouco do partido, é mais da instituição.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Isso já é combinado
com relação aos temas que eles vão defender? “Te ponho lá mas você me garante
que o aborto não sai!”<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No começo, a gente tem a impressão de que a igreja interfere
totalmente em tudo. Mas o Edir Macedo, por exemplo, é um líder muito complexo.
Alguns parlamentares me contaram que ele determinou que eles precisavam ter uma
formação política. Então eles frequentam cursos de formação política na
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Alguns outros cursos são dirigidos para
bispos e parlamentares da Igreja Universal. Eles disseram isso explicando que
não iam totalmente despreparados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“A gente tem uma formação, antes de vir tenta entender e
conhecer.” O grande paradoxo da Universal é que no período eleitoral há uma
mistura entre religião e política que é clara, não é velada. Ela se dá dentro
do templo, o templo vira palco, o púlpito vira palanque político e as
discussões pragmáticas sobre as eleições acontecem no púlpito. Tem toda uma
pedagogia eleitoral que acontece dentro do templo. E no Parlamento eles tentam
separar o discurso político do discurso religioso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na verdade, isso começou a ser exigido pela cúpula da
Universal depois de aparecerem escândalos e irregularidades envolvendo
parlamentares evangélicos. Na época, quem era o grande líder político era o
Bispo Rodrigues, que era o braço-direito do Edir Macedo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Depois dos escândalos do caso Waldomiro e do mensalão [que o
levou à condenação a seis anos e três meses de prisão por lavagem de dinheiro],
ele renunciou em 2005, perdeu o título de bispo e retiraram todas as
candidaturas dos parlamentares justamente para não arranhar a imagem da igreja.
Dizem que o Edir Macedo tem o privilégio de não participar desses momentos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O templo vira palco, o púlpito vira palanque político e as
discussões pragmáticas sobre as eleições acontecem no púlpito<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tem até um líder de outra igreja, o Robson Rodovalho, que é
da Sara Nossa Terra, que se candidatou e se elegeu, que dizia que era muito
difícil para ele como líder estar ali. Que para o Edir Macedo era muito mais
fácil porque, se algum parlamentar fosse citado ou cometesse alguma
irregularidade, ele simplesmente diria que não sabia de nada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No caso dele, a igreja correria o risco de se enfraquecer. O
que me chamou atenção quando fiz as entrevistas foi que nenhum tinha mais o
título de bispo. Com os outros, eu começava sem perguntar nada sobre a
religião, e eles mesmos em algum momento entravam nessa parte da fé. Já os
parlamentares da Universal não falavam de Deus, era um discurso totalmente
parlamentar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não mais progressista, mas eles queriam separar os
processos. E, segundo um deles, o próprio Edir Macedo orienta os parlamentares
a seguir as orientações do partido nas votações exatamente para que eles não
tenham divergências e eventualmente percam as verbas públicas destinadas às
emendas parlamentares.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Então qual é o grande
interesse da Universal?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando as temáticas são institucionais, relacionadas a
isenção fiscal, alvará de funcionamentos das igrejas, doações de terrenos,
distribuição de concessão de rádios e TV, a transformação de eventos
evangélicos em eventos culturais pra receber financiamento da Lei Rouanet,
questões relacionadas à lei do silêncio. Aí eles atuam de forma articulada,
como um bloco, convergem em nome desses interesses, como em relação a questões
morais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com algumas diferenças, mas muitas aproximações. Alguns
cargos dos gabinetes têm que ficar à disposição da igreja, que indica quem vai
ocupar. É uma igreja pragmática, tem muito mais interesses institucionais do
que morais. Se for analisar do ponto de vista moral, é muito mais flexível e
aberta do que igrejas como a Assembleia de Deus. Essa, sim, tem um discurso de
natureza moral além do institucional, de manutenção da ordem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando há convergência nesses temas institucionais e morais,
a bancada se articula. É importante salientar que poucas vezes você verifica a
articulação desse bloco de forma totalmente coesa. Eles excluem a política
nessa discussão de pauta dos parlamentares evangélicos para criar uma falsa
aparência de unidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muitas vezes a imprensa anuncia a bancada evangélica como um
ser único, e para a bancada é muito interessante aparecer assim como um corpo
único, um bloco suprapartidário…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>E dizer “a bancada”
convenientemente não dá nomes, né?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Exatamente, uma entidade com um poder e as divisões não
aparecem. Mas no discurso desses parlamentares que estão à frente e que
normalmente são os das igrejas pentecostais apresentam a bancada dessa forma.
“A bancada decidiu”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Eles se reúnem?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A mídia faz parecer que sim, mas não. Porque eles estão
filiados a partidos e a movimentação na Câmara se dá por partidos. Eles ficam
muito indignados com a falta de poder que têm, porque têm poder na igreja, mas
a divisão por partido privilegia o alto clero.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Você tem alguns líderes partidários que definem as
orientações e eles tem que seguir ou são punidos de alguma forma,
principalmente não tendo as verbas públicas para realização das emendas
parlamentares.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Estou aqui mas não tenho muito poder de decisão, tenho
sempre que obedecer partido, não tenho autonomia” eram reclamações constantes.
Estou falando principalmente desse grupo pentecostal, que é o mais barulhento e
que fala pela bancada, principalmente os assembleianos [da Assembleia de Deus].
Eles têm o Feliciano, o Cunha, o João Campos, que é o líder da Frente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Engraçado que na época em que eu fiz a pesquisa o Eduardo
Cunha era superinexpressivo como integrante da bancada evangélica. Mas eles se
reúnem muito pouco, às vezes no dia do culto, quarta de manhã, fazem o ritual
religioso e têm alguma discussão sobre projetos de lei e discussão de pauta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O interessante é a atuação dos assessores. Eles acompanham
os projetos diariamente, em uma tentativa de mapeamento dos projetos em
tramitação e seleção dos mais importantes, projetos “anticristãos”. Você também
tem uma distribuição dos parlamentares pelas comissões que eles consideram mais
importantes como a de Seguridade Social, de Direitos Humanos, de Constituição
Justiça e Cidadania. Aí eles vão tentando barrar a tramitação dos projetos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguns mais ativos tentam conseguir posto de presidente ou
relator. Você tem uma estratégia bem elaborada, mas não conta com uma
participação tão ativa quanto parece. É uma bancada barulhenta, intempestiva,
aguerrida, beligerante, e esse barulho cria a impressão de volume, de
quantidade de poder, de coesão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acho que também é uma estratégia de parecer maior do que é
pelo grito. Que é o que acontece nas próprias igrejas. As igrejas têm esse
discurso de guerra, de combate. O exército da Universal que deixou todo mundo
perplexo, mas isso sempre aconteceu, é o discurso de todas as igrejas. A
convocação nas igrejas tem todo esse ritual bélico mesmo. E o soldado é aquele
que está ali para obedecer e para combater. A bancada usa isso também.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Você valoriza o tamanho do adversário para convocar os
integrantes. Mas eu ouvi muitos relatos de parlamentares que estavam
acompanhando votações e que tinham poucos para impedir a continuação da
votação. Aí o assessor ligava para a lista da FPE: “Esse é pró-vida, vou
chamar”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aí liga: “Deputado, vem aqui, pede vista”. Eles têm uma
assessoria que conhece os procedimentos regimentais e que orienta os
parlamentares que muitas vezes não sabem nem o que está acontecendo ali. Tem
uma disponibilidade em participar quando convocados e uma entrega total de
alguns pela causa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Qual é a missão da
bancada evangélica nesse sentido?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao meu ver, é de preservação, não de criação. Eles não
querem criar projetos, querem manter tudo intacto. É uma atuação ideológica, se
posicionar contra projetos inovadores, transformadores. Agora que houve algumas
críticas, eles estão tentando elaborar projetos mais numa perspectiva de
manutenção de uma ordem do que de transformação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É uma ação mais combativa, defender uma ordem social
hegemônica. Os projetos que estão surgindo são pra fazer frente a projetos que
estão em andamento, por exemplo, com relação a projetos do grupo LGBT.
Criminalização da homofobia – criminalização da heterofobia. São projetos
estapafúrdios.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aborto, drogas, criminalização da homofobia, casamento entre
pessoas do mesmo sexo, são contra a discussão de gênero, a favor do ensino
religioso, contra todos os projetos pedagógicos e educativos que combatem
qualquer tipo de discriminação de gênero, sexual…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Você acha que é uma
causa legítima? Eles acreditam mesmo nisso?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Antes do Eduardo Cunha, eles estavam caminhando para um
discurso mais coerente com aquele espaço. No fim de 1980, os discursos
condenavam o aborto e justificavam trazendo passagens bíblicas, dizendo que
Deus não permite.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Depois a bancada amadureceu um pouco nesse sentido, entendeu
que não dava pra usar esse discurso porque não tinha coerência e começaram a
argumentar de forma mais legislativa, aderir a um discurso que tinha mais
ressonância naquele contexto. Toda moral é um sistema de controle.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A sexualidade é um tema central na igreja com um discurso
muito forte constante porque a sexualidade de alguma forma expressa liberdade.
Então, você tem um sistema normativo de controle. É genuíno no sentido de que
eles acreditam nessas coisas, mas virou, sim, um jogo de poder com os
movimentos LGBT, por exemplo. O aborto é um tema controverso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguns acham que o aborto deveria ser crime hediondo, que é
um assassinato. Mas outros, como os da Universal, acham que o aborto é uma
possibilidade. É uma defesa genuína de posições morais que eles querem
transferir para a realidade social. É legítimo que um grupo pense assim. O que
não é legítimo é trazer esse discurso para a esfera pública de um Estado laico.</div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-75366118392917219452015-10-19T11:18:00.003-03:002015-10-19T11:18:48.427-03:00José Casado: Remuneração em ministério vai até R$ 152 mil<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lula criou 18,3 mil cargos de confiança em oito anos; Dilma
instituiu 16,3 mil em quatro</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O trabalho é em sala confortável na Esplanada dos
Ministérios, em Brasília, com ar-condicionado, serviço de copa completo, carro,
motorista, combustível e moradia grátis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O cargo é de chefia, com salário de R$ 21 mil. Somadas as
gratificações, vai a R$ 77 mil mensais. Tem ainda uma renda variável, um bônus
anual - o último foi de R$ 46,4 mil. Detalhe: a rotina impõe o uso de terno e
gravata.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Infelizmente, não há vagas disponíveis em ministérios como o
das Minas e Energia. Os cargos “de natureza especial” - no jargão burocrático -
e com essa remuneração são privilégio do pessoal com vínculos políticos e,
também, daqueles que as empresas estatais do setor elétrico enviam a Brasília.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Oficialmente, a elite da burocracia federal ganha menos que
os ministros e a presidente da República (R$ 24,3 mil, a partir de novembro).
Na vida real, alguns driblam as barreiras e recebem salário com todas as
gratificações admissíveis no serviço público, inclusive adicional de “periculosidade”
(um terço do salário básico), mais os benefícios concedidos pelas instituições
e empresas públicas de onde vieram.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para as estatais é um excelente negócio, pois o funcionário
cedido hoje ao primeiro e segundo escalões do governo federal será o que vai
autorizar seus projetos e fiscalizá-las amanhã.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fica ainda melhor: cada centavo da remuneração paga ao
empregado cedido a Brasília é integralmente reembolsado pelo Tesouro Nacional,
via ministério. Como ele recebe pela empresa, é do seu interesse pecuniário que
ela obtenha do ministério o mais privilegiado tratamento possível.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em junho, a endividada Eletronorte, do grupo Eletrobrás,
distribuiu aos 3,4 mil empregados uma fatia do lucro de R$ 2,2 bilhões, produto
do aumento médio de 29% na contas de luz e da manipulação de créditos fiscais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um dos seus funcionários emprestados ao Ministério de Minas
e Energia, em Brasília, embolsou R$ 152 mil - um terço como participação nos
resultados da estatal. Outros levaram até R$ 100 mil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O domínio de posições chave na Esplanada dos Ministérios por
conglomerados estatais como Eletrobrás, Petrobras e Banco do Brasil, entre
outros, motivou a abertura de uma investigação do Ministério Público Federal.
Há suspeita de conflitos de interesses e de manipulação de informações
privilegiadas. É caso simbólico da confusão que prevalece na gestão de órgãos,
de pessoal e da folha de pagamentos do governo federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com 618 mil funcionários na ativa, Dilma Rousseff dispõe de
uma força de trabalho 26% maior do que a de Lula. Foram 130 mil contratações
entre 1º de janeiro de 2003 e o último dia 30 de junho. Significa que a folha
de pagamentos da administração federal (excluídas as estatais) recebeu cerca de
40 novas inscrições de servidores a cada dia útil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O custo de pessoal deve ultrapassar R$ 100 bilhões neste ano
- um aumento de 58% no período, descontada a inflação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A gerência da folha a cada ano fica mais complexa. À margem
do salário mensal proliferam recompensas pecuniárias que a pressão da máquina
sindical acaba incorporando à remuneração, sob a forma de direito adquirido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Existem atualmente 37 tipos de gratificações. Os principais
beneficiários são os “comissionados”- servidores efetivos, cedidos por órgãos e
empresas estatais ou sem vínculo com o serviço público. Eles ocupam cargos e
funções de chefia, também chamados de confiança, e têm acesso à maior parte
desse amplo cardápio de compensações financeiras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em junho, somavam 103.313 pessoas, representando 16% da
força de trabalho governamental. Estão no centro de uma teia burocrática onde
não se admitem processos simples.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Até o mês passado, existiam 39 ministérios (agora são 31)
com 49,5 mil áreas administrativas divididas em 53 mil núcleos responsáveis, em
tese, pelas políticas públicas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em consequência, uma iniciativa no setor de água, por
exemplo, envolve nada menos que 134 órgãos. Na saúde, são 1.358 organismos com
poder decisório. Na educação, contam-se 1.036 áreas de gestão e, na segurança,
há 2.375 segmentos operacionais. Isso apenas no âmbito federal, de acordo com o
Sistema de Organização e Inovação Institucional do Governo (Siorg).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sobre essa rede, paira a sombra de um emaranhado de
instituições e normas de controle e fiscalização. A burocracia nacional produz
em média 520 novos regulamentos por dia, estima o Instituto Brasileiro de
Planejamento. Ano passado, o país superou a marca de cinco milhões de leis,
resoluções e portarias - para tudo e para todos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Existe órgão federal para qualquer tipo de problema
nacional. A começar pelos da própria burocracia, como é o caso do Departamento
de Gestão das Carreiras Transversais. O que não existe é vaga em cargo de
chefia, comissionada. Na eventualidade, nomeia-se um interino até a solução,
geralmente política.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No dia 29 de outubro do ano passado, o ministro do Trabalho
cumpria o ritual de fim de expediente mais comum no serviço público: assinar
papéis. Havia 72 horas que Dilma Rousseff fora reeleita e o então ministro
Manoel Dias estava inquieto sobre o seu futuro no governo. Representava o PDT,
partido de origem da presidente, mas naqueles dias nem mesmo a reeleita tinha
certeza sobre seu novo ministério.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aos 76 anos, dos quais 54 dedicados à política, Dias se
resguardou na rotina dos despachos, no ritmo de um final de tarde primaveril,
em meio à ressaca eleitoral em Brasília. Sobre a mesa encontrou a habitual
pilha de documentos, na quase totalidade destinada a atender ao público interno
- promoção, remoção, nomeação e substituição de subordinados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entre eles, estava a indicação de “substituto eventual” para
um cargo de confiança descrito em título de 38 palavras: Chefe da Divisão de
Avaliação e Controle de Programas, da Coordenação dos Programas de Geração de
Emprego e Renda, da Coordenação-Geral de Emprego e Renda, do Departamento de
Emprego e Salário, da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego. É um emblema
da dimensão da burocracia. Uma das consequências é o descontrole nas despesas,
que derivam no déficit orçamentário.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É obra resultante de décadas de governantes seduzidos pela
recorrente ilusão de consolidar a “maior base parlamentar do ocidente”, como
projetava o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu no início do governo do PT, em
2003.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lula criou 18,3 mil cargos de confiança em oito anos. Dilma
instituiu 16,3 mil em apenas quatro anos, conforme dados do Sistema Integrado
de Administração de Recursos Humanos (Siape), mantido pelo Ministério do
Planejamento. Na média, contribuíram com a criação de oito novos postos por dia
no topo da inchada burocracia estatal.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-8234666831739567782015-10-19T11:17:00.003-03:002015-10-19T11:17:42.503-03:00José Casado: Dilma custa ao Brasil o dobro de Elizabeth II ao Reino Unido<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A presidente vai reduzir seu salário, do vice-presidente e
dos 31 ministros a partir de novembro. Dilma Rousseff ganha R$ 26,7 mil mensais
e deve perder 10%, pouco mais de três salários mínimos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O corte salarial no topo do poder, porém, é meramente
simbólico num governo onde os gastos são crescentes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O caso da Presidência da República é exemplar. Na última
década, se tornou um agrupamento burocrático de dezenas de organismos, fundos e
secretarias extraordinárias. Gastou R$ 9,3 bilhões no ano passado - 210% mais
que em 2005, já descontada a inflação do período.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É um volume de dinheiro quase três vezes maior, por exemplo,
que o gasto anual do Estado do Rio na manutenção da rede pública de saúde, com
60 hospitais (1.050 leitos de UTI).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ano passado, as despesas do núcleo administrativo diretamente
vinculado a Dilma somaram R$ 747,6 milhões, recorde no primeiro mandato.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pouco mais da metade disso (R$ 390,3 milhões) foi usado para
pagar assessoria e serviços prestados à presidente nos palácios onde trabalha e
reside e durante as viagens, segundo dados da Secretaria de Administração da
Presidência disponíveis no Portal da Transparência, do governo federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dilma já custa para os brasileiros praticamente o dobro do
que a rainha Elizabeth II e a família real para os súditos britânicos. A
monarquia consumiu, em 2014, o equivalente a R$ 196,3 milhões, segundo
relatório anual da Casa Real, tendo-se como referência a cotação da moeda
(libra) no fim de agosto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Numa comparação republicana, o custeio do gabinete de Dilma
equivale a 60% do escritório de Barack Obama. O presidente dos Estados Unidos
gastou R$ 648 milhões com serviços na Casa Branca e na residência oficial,
segundo relatório sobre a execução orçamentária no último ano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em Washington, como em Brasília, parte das despesas
presidenciais acaba dissimulada no orçamento. A diferença fica por conta da
credibilidade sobre as contas dos dois governos e a eficácia do controle
público.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nos EUA, Congresso e organizações sociais mantêm ativa
fiscalização. No Brasil, sobra desconfiança, e o controle é rarefeito. “Aqui,
além da pouca transparência, o excesso de truques e maquiagens fez crescer em
progressão geométrica o descrédito nas contas governamentais”, diz Gil Castelo
Branco, da ONG Contas Abertas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em Brasília, a rotina de Dilma fica circunscrita a um raio
de 15 quilômetros: trabalha no Palácio do Planalto, mora no Alvorada e passa
fins de semana na Granja do Torto, uma casa de campo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Logo cedo, a presidente passeia nos jardins do Alvorada, à
margem do Lago Paranoá, entre araucárias e sibipurunas plantadas por Yoichi
Aikawa, jardineiro do imperador japonês Hirohito, que doou o projeto
paisagístico há mais de meio século. Caminha sobre um tapete vegetal três vezes
maior que o Maracanã, com sutil variação de tons de verde derivada das gramas
Esmeralda (Zoysia japonica), Batatais (Paspalum notatum) e São Carlos (Axonupus
compressus). A irrigação e a jardinagem consomem R$ 4 milhões anuais.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os prédios da Presidência abrigam multidões de servidores
públicos, assessores contratados e a mão de obra alugada de secretárias,
telefonistas, vigilantes, faxineiros e garçons, entre outros. Os serviços de
manutenção somam R$ 220 milhões por ano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vigilância e limpeza custam R$ 5,7 milhões anuais. Nas
portarias, há um batalhão de vigias. Representam uma fração (R$ 1,5 milhão) de
uma das maiores despesas do setor público: R$ 3 bilhões ao ano em policiamento
privado, com elevada concentração em quatro grupos (Confederal, TBI, Albatroz e
Santa Helena Vigilância). Ano passado, esse tipo de gasto superou os
investimentos realizados por um conjunto de 33 órgãos, incluídos os ministérios
do Esporte, das Comunicações e da Cultura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há despesas mais prosaicas, como R$ 9,7 mil para quatro
camareiras que lavam as roupas do vice-presidente Michel Temer, sob compromisso
de “sigilo de informações”. E R$ 7,8 mil para tratamento semanal da piscina do
Palácio do Jaburu, onde Temer mora.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Recorrentes mudanças administrativas, produto da instabilidade
nas relações da presidente com aliados, levaram à contratação permanente (por
R$ 1 milhão por ano) de empresa especializada na montagem e desmontagem de
paredes divisórias no Planalto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cada despesa nova leva uma justificativa pomposa. Exemplo:
os R$ 39 mil pagos para encerar o piso de mármore do Planalto têm “o objetivo
de manter a nobreza dos ambientes por onde circulam autoridades”, diz o
contrato.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O esmero burocrático se reflete na mesa do poder, com espaço
para opções individuais, como a escolha do chefe de cozinha. Nem sempre dá
certo. No governo Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, um sargento da
Marinha foi enviado a Paris com a missão de aprender a cozinhar. Voltou,
agradeceu e partiu para a aventura de um negócio próprio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nas 28 copas, a prestação de serviços custa R$ 7,4 milhões.
Por elas circulam 88 garçons, sempre em camisa branca, calça, paletó de dois
botões e cinco bolsos, gravata-borboleta e sapatos pretos. Há 58 copeiras em
calças sem pregas, blusa de mangas três-quartos, em microcrepon (do tipo
anarruga), sob avental xadrez preto e branco, com viés nas laterais. Os
uniformes são exigência contratual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A intensidade do movimento entre copa e cozinha varia
conforme a predileção do governante por festas e homenagens. O governo Dilma foi
de comemorações no primeiro mandato: gastou-se R$ 302,7 milhões, 40% mais que
Lula em oito anos. Em 2014, foram R$ 77,3 milhões, média de R$ 213 mil por cada
dia do calendário da reeleição.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Luxo e fartura ambientam as cozinhas dos palácios. Paga-se
R$ 9 mil por banho restaurador dos utensílios em prata 925 (esterlina, com
92,5% de pureza). Os gastos com alimentação no Planalto somam R$ 16 milhões
anuais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desse total, uma fatia de R$ 1,3 milhão fica reservada para
prover a despensa, os cardápios sob encomenda e a adega da presidente, com
capacidade para 2.000 garrafas. Quase tudo é mantido em segredo. Aos curiosos,
a presidência acena com um decreto (nº 7.724) assinado pela própria Dilma, em
2012, onde se lê: “As informações que puderem colocar em risco a segurança do
presidente da República, vice-presidente e seus cônjuges e filhos ficarão sob
sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de
reeleição.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como nem os donos de segredos de Estado conseguem
guardá-los, sabe-se que um dos mais caros cardápios é mantido à margem da
contabilidade rotineira de copa e cozinha palaciana: custa R$ 2 milhões anuais
o serviço de comida a bordo do avião presidencial.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já foi mais. Em 2006, Lula chegou a gastar R$ 3,7 milhões -
mais que a conta dos cinco mil telefones da presidência naquele ano. Ele
instituiu um padrão em voos, preservado por Dilma, com variedade de carnes
(coelho assado, costeleta de cordeiro, rã, pato, picanha e peixe). O café da
manhã a bordo custa R$ 58,60; a bandeja de frutas, R$ 102; cada canapé de
caviar sai a R$ 7; camarão ou salmão defumado, a R$ 4,60.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em viagens ao exterior, Dilma prefere hotéis às residências
oficiais nas embaixadas brasileiras. Em junho, passou três dias numa suíte do
St. Regis, em Nova York, decorada por joalheiros da Tiffany. Depois, passou um
dia em São Francisco, Califórnia, no hotel Fairmont, cuja suíte principal tem
um mapa estelar em folhas de ouro contra um céu de safira. O custo médio das
diárias nos EUA foi de R$ 36 mil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para servi-la e à comitiva foram contratados 19 limusines,
15 motoristas, dois ônibus e um caminhão para transportar bagagens. Custou R$
360 mil (o pagamento atrasou dois meses).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em Atenas, na Grécia, em 2011, a presidente gastou R$ 244
mil numa “escala técnica” de 24 horas - mais de R$ 10 mil por hora.</div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-54908301814280401712015-10-05T08:07:00.001-03:002015-10-05T08:07:02.578-03:00Guilherme Fiuza: Socialismo de porta de cadeia<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O dólar e os termômetros andam apostando corrida para ver
quem derrete o Brasil primeiro. Os dois vão perder, porque vilão aqui não tem
vez. O país já está sendo desmilinguido pelos heróis do povo. Veja a cena: João
Vaccari, o tesoureiro da revolução, é condenado a 15 anos de prisão na Operação
Lava-Jato; ao mesmo tempo e no mesmo planeta, o PT vira líder da proibição de
doações eleitorais por empresas — exatamente onde Vaccari fez a festa para
abarrotar os cofres do partido. Enquanto você olhava para esta cena de
moralização explícita, os companheiros no STF enfiavam a faca na Operação
Lava-Jato — em mais uma ação heroica para salvar o Brasil da gangue de Sergio
Moro.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Supremo Tribunal companheiro só vai conseguir cozinhar a
Lava-Jato se você continuar olhando para a cena errada. Caso contrário, a
operação prosseguirá mais abrangente e infernal que um arrastão no Arpoador.
Podem fatiar à vontade, podem mandar processo até para o quintal do Sarney, que
a maior investigação da história da República haverá de varrer inexoravelmente
tudo, como água morro abaixo e fogo morro acima. Mas se você zapear para o
Discovery Channel, onde a reforma política do PT está salvando a democracia das
garras do capitalismo selvagem, a Lava-Jato poderá virar um retrato na parede de
um triplex no Guarujá.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quem achava que tinha chegado ao fim a capacidade do
brasileiro de ser ludibriado pela demagogia coitada, errou feio. Eis que surge
o Partido dos Trabalhadores, todo melecado de pixulecos de variados calibres,
no centro de uma orgia bilionária onde inventou a propina oficial com doações
eleitorais de empresas, propondo o fim das… doações eleitorais de empresas.
Você teve que ouvir: o PT quer purificar o processo eleitoral brasileiro,
protegendo-o da influência do poder econômico. É o socialismo de porta de
cadeia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Brasil cai em todas, e não deixaria de cair em mais essa.
O companheiro monta em cima, rouba, estupra, enfia a mão na bolsa da vítima
tentando arrancar mais uma CPMF, e ao ser pego em flagrante, grita: vamos
discutir a relação! A vítima se senta, acende um cigarro, faz um ar inteligente
e começa a debater o celibato das empresas no bordel eleitoral. Contando,
ninguém acredita.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Boa parte das democracias no mundo permite a doação
eleitoral de empresas. E também há várias que não permitem. Evidentemente, o
problema não é esse. Os tesoureiros do PT ordenharam todo tipo de empresa no
caixa dois do mensalão, no caixa um do petrolão, e saberão atualizar seu manual
de extorsão de acordo com qualquer nova legislação vigente. Bandido é bandido —
e não é para eles que se legisla. O problema é que o Brasil tem bandidos do
bem, progressistas e humanitários. E quando eles gritam contra o poder
econômico — mesmo já sendo podres de ricos — os brasileiros se comovem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com a missão cumprida, tendo colado o selo oficial de
caloteiro na testa do Brasil após 12 anos de pilhagem, o governo popular
voltou-se para seu hobby predileto — a “construção de narrativas”, como definiu
o filósofo Gilberto Carvalho. Como a narrativa em curso é a de um governo
prestes a ser posto na rua, fez-se necessário recorrer aos efeitos especiais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os companheiros devem ter se perguntado se ainda havia algum
otário capaz de embarcar nas suas fantasias de esquerda, e a resposta
provavelmente foi: sempre há! Resposta certeira. Com um trabalho impecável da
co-irmã OAB (apelidada injustamente de Ordem dos Aloprados do Brasil) e do
companheiro Luis Roberto Barroso (o que decidiu que a quadrilha não era
quadrilha) o disco voador da moralização eleitoral petista pousou no Supremo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como todo disco voador que se preze, ele trazia uma mensagem
dos ETs — tornando sumariamente inconstitucionais as doações eleitorais de
empresas. Perfeitamente sintonizado com o mundo da Lua (e da estrela), o STF do
companheiro Lewandowski assinou embaixo. Spielberg talvez achasse um pouco
forte, mas dane-se o Spielberg. Ele entende de ET, não de PT — ou seja: em
termos de truques, é uma criança.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E foi assim que o Brasil inteiro se viu de repente coçando a
cabeça, como num arrastão de piolhos, tentando entender o que vale e o que não
vale nos mandatos vigentes e vindouros. Dá até para imaginar os heróis da luta
contra o capitalismo fumando seus charutos diante da TV e fazendo o célebre
top-top de Marco Aurélio Garcia: delícia de lambança. Do alto de sua narrativa
surrealista, Dilma Rousseff, a presidenta mulher, confirma a manobra do STF e
salva a democracia nacional do capitalismo selvagem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aí só fica faltando narrar um capítulo da história: os
capitalistas selvagens foram assaltados pelos oprimidos e o produto do roubo
elegeu Dilma Rousseff, conforme indica a Operação Lava-Jato. A não ser que
queira se refundar como cleptocracia, o Brasil terá que mandar os oprimidos
selvagens procurar seu final feliz na suíte do companheiro Vaccari.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-73704332423521899852015-10-03T11:07:00.002-03:002015-10-03T11:07:56.769-03:00Ana Maria Machado: Um adeus ao que é de César<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Evangelho ensina. Quando tentaram intrigá-lo com as autoridades,
perguntando-lhe se era permitido pagar imposto, Jesus mostrou a efígie do
imperador na moeda e foi claríssimo: “Dai a César o que é de César e a Deus o
que é de Deus.” Mas parece que no Brasil essa página não existe ou saiu
truncada. Aqui igreja dá adeus a imposto e goza de isenção fiscal. Mesmo num
ajuste que se quer duro, isso não se debate.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Poucas coisas sinalizam com tanta clareza o retrocesso que
enreda o Brasil atual quanto a necessidade de se insistir na defesa do Estado
laico. Ou seja, leigo e neutro, que aceite as diferentes religiões mas não
professe nenhuma delas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Devia ser algo já resolvido. Mas não é. A todo momento vemos
sinais de que é preciso ficar atento para não perder essa conquista
fundamental.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Diz o artigo 5º da Constituição: “É inviolável a liberdade
de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a
suas liturgias.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Código Penal também traz dispositivos nesse espírito. Essa
legislação não garante apenas o direito dos cidadãos à crença e à descrença
religiosa. Implica ainda no dever de tolerar as crenças alheias. Assegura a não
intervenção do Estado nas Igrejas. Mas também pressupõe a não intervenção das
Igrejas no Estado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em termos históricos, é uma conquista razoavelmente recente.
Talvez daí, sua relativa fragilidade. No Brasil, as constituições imperiais
asseveravam que o catolicismo era a religião oficial do Império. Políticos
progressistas, como Joaquim Nabuco, no final do Segundo Reinado já batalhavam
pela separação entre Igreja e Estado. Mas isso só viria com a República. Antes
mesmo da promulgação da primeira Constituição republicana, menos de dois meses
após o 15 de novembro, um decreto redigido por Rui Barbosa já separava o Estado
de qualquer religião oficial, proibia a intervenção da autoridade federal ou
estadual em matéria religiosa e estipulava a liberdade de culto. Em linhas
gerais, a República seguiu por esse caminho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na prática, por vezes a teoria fraqueja. No âmbito da
recomendação de dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César, parece
que César vem sendo instado a dar a Deus mais do que recebe, cedendo a pressões
religiosas que contradizem seu caráter leigo. E, se o Estado tolera e aceita
todas as religiões, algumas delas não toleram outras. Pior: ele eventualmente
faz vista grossa diante da força eleitoral ou da capacidade de mobilização por
parte de alguns grupos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O ensino religioso nas escolas públicas brasileiras é um
desses pontos controversos. A tradição das constituições da República foi
manter o direito a esse ensino, desde que facultativo e respeitando a religião
do aluno. Prática das mais complicadas, diante da proliferação de igrejas, da
falta de recursos, de grades curriculares sobrecarregadas. O risco acaba sendo
impor uma das crenças. Ou que a religião atrapalhe a educação — como nas
escolas fundamentalistas americanas que rejeitam o evolucionismo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A isenção fiscal para igrejas, ao lhes dar o privilégio de
não pagar impostos, sobrecarrega os outros contribuintes. Novos templos com
nomes inusitados brotam como cogumelos em bairros populares a atrair os mais
simplórios. Custam pouco. Cobram dízimos. Daí a algum tempo já são prédios
imponentes em áreas centrais. Poucas atividades parecem ser tão bem-sucedidas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em maio, quando a Câmara aprovou a MP 668 que aumentava
impostos para importados, deu um jeito para nela colocar um jabuti — e com esse
quelônio na lei 13.137, que a presidente não vetou, perdoaram-se às igrejas
evangélicas mais de 200 milhões em multas, apesar da opinião contrária da
Receita e em pleno processo de ajuste fiscal. A mesma quantia que, segundo
Nelson Barbosa, o governo economizaria com sua proposta de corte de cargos
comissionados e redução de ministérios.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O privilégio poupa cofres religiosos de fiscalização e pode
dar ensejo a que doações a igrejas se misturem com propinas a políticos, como o
Ministério Público acaba de denunciar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em termos morais, a isenção também custa caro: contribui
para a noção de que entidades religiosas se situam acima da lei, podendo
desrespeitar posturas de defesa ambiental ou a lei do silêncio. Multiplicam-se
os casos de intolerância religiosa —da imagem da santa chutada por pastor
diante das câmeras de TV ao da menina apedrejada por suas crenças. Mesmo sendo
legal o aborto em certos casos, hospitais públicos se recusam a fazê-lo, ou não
informam à mulher esse direito. Culpabiliza-se a vítima do estupro.
Confundem-se direitos civis (como o casamento) com sacramentos religiosos (como
o matrimônio). Nas últimas semanas tomamos conhecimento até de uma seita que se
vale do trabalho escravo, incentivado por meio de lavagem cerebral dos fiéis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os que representam Deus na Terra bem podiam canalizar a
compaixão e solidariedade e se dispor a pagar impostos como todo mundo. É amor
ao próximo. E é justo.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-36294906231401405882015-09-17T10:11:00.001-03:002015-09-17T10:12:09.461-03:00Roberto Campos: Petrossauro (1999)<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Quando for escrita a história econômica do Brasil nos
últimos 50 anos, várias coisas estranhas acontecerão. A política de autonomia
tecnológica em informática, dos anos 70 e 80, aparecerá como uma solene
estupidez, pois significou uma taxação da inteligência e uma subvenção à
burrice dos nacionalistas e à safadeza de empresários cartoriais. Campanhas
econômico-ideológicas como a do “o petróleo é nosso” deixarão de ser descritas
como uma marcha de patriotas esclarecidos, para ser vistas como uma procissão
de fetichistas anti-higiênicos, capazes de transformar um líquido fedorento num
ungüento sagrado. Foi uma “passeata da anti-razão” que criou sérias deformações
culturais, inclusive a propensão funesta às “reservas de mercado” .</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
A criação do monopólio estatal de 1953 foi um pecado contra
a lógica econômica. Precisamente nesse momento, o ministro da Fazenda, Oswaldo
Aranha, mendigava um empréstimo de US$ 300 milhões ao Eximbank, para cobertura
de importações correntes (inclusive de petróleo). A ironia da situação era
flagrante: de um lado, o país mendigava capitais de empréstimos que agravariam
sua insolvência, de outro, pela proclamação do monopólio estatal, rejeitava
capitais voluntários de risco. Ao invés de sócios complacentes (cuja fortuna
dependeria do êxito do país), preferíamos credores implacáveis (que exigiriam
pagamento, independentemente das crises internas). Esse absurdo ilogismo levou
Eugene Black, presidente do Banco Mundial, a interromper financiamentos ao
Brasil durante cerca de dez anos (com exceção do projeto hidrelétrico de
Furnas, financiado em 1958). Houve outros subprodutos desfavoráveis. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Criou-se uma cultura de “reserva de mercado”, hostil ao
capitalismo competitivo. Surgiu uma poderosa burguesia estatal que, protegida
da crítica e imune à concorrência, acumulou privilégios abusivos em termos de
salários e aposentadorias. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Criou-se uma falsa identificação entre interesse da empresa
e interesse nacional, de sorte que a crítica de gestão e a busca de
alternativas passaram a ser vistas como traição ou impatriotismo. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Vistos em retrospecto, os monopólios estatais de petróleo,
que se expandiram no Terceiro Mundo nas décadas de 60 e 70, longe de
representarem um ativo estratégico, tornaram-se um cacoete de países
subdesenvolvidos na América Latina, África e Médio Oriente. Nenhum país rico ou
estrategicamente importante, nem do Grupo dos 7 nem da OCDE, mantém hoje
monopólios estatais, o que significa que os monopólios não são necessários nem
para a riqueza nem para a segurança estratégica. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Essas considerações me vêm à mente ao perlustrar os últimos
relatórios da Petrossauro. Ao contrário de suas congêneres terceiro-mundistas,
que são vacas-leiteiras dos respectivos Tesouros, a Petrossauro sempre foi
mesquinha no tratamento do acionista majoritário. Tradicionalmente, a
remuneração média anual do Tesouro, sob a forma de dividendos líquidos, não
chegou a 1% sobre o capital aplicado. Após a extinção de jure do monopólio, em
1995 (ele continua de facto), e em virtude da crítica de gestão e da pressão do
Tesouro falido, os dividendos melhoraram um pouco, ma non troppo.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Muito mais generoso é o tratamento dado pela Petrossauro à
Fundação Petros, que representa patrimônio privado dos funcionários.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
A empresa é dessarte muito mais um instituto de previdência,
que trabalha para os funcionários, do que uma indústria lucrativa, que trabalha
para os acionistas. Aliás, é duvidoso que a Petrossauro seja uma empresa
lucrativa. Lucro é o resultado gerado em condições competitivas. No caso de
monopólios, é melhor falar em resultados.Quanto à Petrossauro, se fosse
obrigada a pagar os variados tributos que pagam as multinacionais aos países
hospedeiros-bônus de assinatura, royalties polpudos, participação na produção,
Imposto de Renda e importação-teria que registrar prejuízos constantes, pois é
alto seu custo de produção e baixa sua eficiência, quer medida em barris/dia
por empregado, quer em venda anual por empregado. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Examinados os balanços de 1995 a 1998, verifica-se que o
somatório dos dividendos ao Tesouro (pagos ou propostos) alcançam R$ 1,606
bilhão enquanto que as doações à Petros atingiram 2,054 bilhões. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Considerando que o Tesouro representa 160 milhões de
habitantes e vários milhões de contribuintes, enquanto que a burguesia do
Estado da Petrossauro é inferior a 40 mil pessoas, verifica-se que é o
contribuinte que está a serviço da estatal e não vice- versa. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Nota-se hoje no Governo uma perigosa tendência de
postergação das privatizações seja na área de petróleo, seja na área
financeira, seja na eletricidade. É um erro grave, que põe em dúvida nosso
sentido de urgência na solução da crise e nossa percepção dos remédios
necessários. A privatização não é uma opção acidental nem coisa postergável,
como pensam políticos irrealistas e burocratas corporativistas. É uma imposição
do realismo financeiro. Há duas tarefas de saneamento imprescindíveis. A
primeira consiste em deter-se o “fluxo” do endividamento (o objeto mínimo seria
estabilizar-se a relação endividamento/PIB). Essa é a tarefa a ser cumprida
pelo ajuste “fiscal”. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
A segunda consiste em reduzir-se o estoque da dívida. Esse o
objetivo da reforma “patrimonial”, ou seja, a “privatização”. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Não se deve subestimar a contribuição potencial da reforma
patrimonial para a solução de nosso impasse financeiro. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Tomemos um exemplo simplificado. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Apesar da crise das Bolsas, a venda do complexo
Petrossauro-BR Distribuidora poderia gerar uma receita estimada em R$ 20
bilhões.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Considerando-se que a rolagem da dívida está custando ao
Tesouro 40% ao ano, uma redução do estoque em R$ 20 bilhões, representaria uma
economia a curto prazo de R$ 8 bilhões. Isso equivale a aproximadamente 20 anos
dos dividendos pagos ao Tesouro pela Petrossauro na média do período 1995-1998
(a média anual foi de R$ 401,7 milhões). <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Se aplicarmos o mesmo raciocínio à privatização de bancos
estatais e empresas de eletricidade, verificaremos que a solvência brasileira
dificilmente será restaurada pela simples reforma fiscal. Terá que ser
complementada pela reforma patrimonial. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
É perigosa complacência a atitude governamental de que a
reforma fiscal é urgente e a reforma patrimonial postergável. É dessas
complacências e meias medidas que se compõe nossa lamentável, repetitiva e
humilhante crise existencial.</div>
</div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-39019453750982868412015-09-13T15:32:00.002-03:002015-09-13T15:32:12.026-03:00Rodrigo Constantino: A crise é algo deliberado por parte da esquerda revolucionária golpista?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguns leitores meus começaram a alegar que faço parte do
time dos ingênuos que ainda não compreendeu que toda essa crise era prevista e
faz parte de uma estratégia da esquerda revolucionária golpista. Ou seja, não
seria resultado de incompetência, e sim parte dos planos diabólicos dessa
esquerda global para a sua perpetuação no poder e a destruição da civilização
ocidental. Como o número de leitores que pensam assim não é tão insignificante,
creio que mereçam uma resposta aqui.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa ala da direita adora teorias conspiratórias, enxerga
comunista em todo lugar e adota o pensamento dialético, mesma arma usada
ironicamente pela esquerda que combate. O raciocínio dialético é útil pois pode
estar sempre certo, vale em todas as ocasiões. Se a esquerda golpista governa
numa fase de bonança, distribuindo esmolas estatais e crédito farto, então isso
é parte de sua estratégia de poder; se a economia vira, a crise se instaura e
caímos na estagflação, tudo também é parte da mesma estratégia de poder. Cara
eu ganho, coroa você perde.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Torna-se impossível refutar um raciocínio dialético desses,
pois qualquer coisa que ocorra faz parte dos planos maquiavélicos do inimigo.
Se ele vai para um lado, isso prova que ele pertence àquele lado; mas se ele
vai para o outro, isso apenas prova que ele usa essa falsa migração para
fortalecer aquele primeiro lado. A tal esquerda globalizante está por toda parte,
e tudo foi milimetricamente ensaiado por ela na dança do poder.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entra nessa visão de mundo o papel do PSDB, por exemplo, que
seria apenas um instrumento na estratégia das tesouras da mesma esquerda
global, talvez com George Soros dando as cartas lá de cima. O tucanato deixa de
ser pusilânime, uma “oposição” acovardada por ter algum grau de simpatia pela
trajetória petista e por ser também de esquerda, e passa a ser conivente
propositalmente com os planos da esquerda global. Se alguns tucanos intensificarem
o tom e a reação ao PT, não adianta: tudo foi ensaiado antes e é parte da
conspiração.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Teorias conspiratórias seduzem pelo simplismo com o qual
“explicam” o mundo complexo. Tudo se encaixa nesse modelo binário, maniqueísta,
e toda a complexidade do mundo é deixada de lado. Umberto Eco tem escrito
ótimos livros sobre o assunto, como O cemitério de Praga, que citei nesse texto
sobre o encanto das teorias conspiratórias. Os “judeus” para os nazistas são os
“comunistas” para essa direita, e tudo é imputado a eles. E se você discordar
de uma vírgula, cuidado, pois você também se tornará um “agente de
desinformação” do lado inimigo!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vejam bem: acredito numa esquerda global, mas que seria
muito menos organizada do que essa ala da direita imagina. Sei da existência do
Foro de São Paulo, que simboliza mais essa união de bolivarianos
latino-americanos do que efetivamente um palco de decisões golpistas
arquitetadas às escuras. Similis símili gaudet: os semelhantes regozijam-se
entre si. A escória é atraída pela escória. Irã se junta a Putin que se une aos
caudilhos bolivarianos. O mundo sempre foi assim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que não compro é a tese de que todos os acontecimentos
derivam dessas conversas conspiratórias e secretas. O mundo, como já disse, é
bem mais complexo que isso. E a crise, se pode por um lado ser usada pela
própria esquerda para avançar mais sobre nossas liberdades, também pode
representar um enorme risco no projeto de permanência no poder dessa esquerda.
Que, aliás, não custa lembrar, é formada por indivíduos com seus próprios
interesses, muitas vezes conflitantes. Vide as delações premiadas de membros da
quadrilha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Logo, a crise ameaça o projeto de poder desses esquerdistas,
e serve como oportunidade para movimentos de oposição. O próprio crescimento da
nova direita brasileira é prova disso. Seria tudo orquestrado pela esquerda
global? Sério? Quem estaria por trás disso tudo então? Pois se Dirceu, Lula e
companhia têm alguma representatividade na célula brasileira, fica claro que
não estão felizes com os acontecimentos. Lula anda desesperado, com medo de ser
preso, e Dirceu já está no xilindró. Quem, então, usaria até esses líderes da
esquerda nacional como simples peões sacrificáveis para seus grandiosos e
ultra-secretos projetos?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não, meus caros, a crise não era desejada pela esquerda
revolucionária golpista. Ela pode, ao contrário, sepultar seu projeto ambicioso
de poder. Ela pode colocar seus líderes atrás das grades. Ela pode destruir o
PT, sem que isso represente crescimento expressivo para o PSOL, sua “linha auxiliar”.
Ela tem permitido o avanço de um Ronaldo Caiado da vida, com discurso mais
liberal. Ela tem impulsionado vários movimentos liberais e conservadores, para
o pânico da esquerda. E isso tudo seria algo deliberado, parte esperada de um
plano mirabolante qualquer?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Hoje mesmo há uma reportagem no GLOBO questionando qual o
futuro do PT, e mostrando que o partido deve minguar, perder capilaridade e
sair bem menor das próximas eleições. Podem acreditar: não era isso que os
petistas queriam, tampouco a esquerda em geral, mesmo a “globalista”. A turma é
golpista sim, mas é também incompetente, e seus equívocos ideológicos, assim
como sua obstinação asinina, causaram esse caos econômico que coloca em xeque
sua permanência no poder. Seu único projeto era ficar no poder, e a crise pode
destruir esse sonho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Portanto, menos simplismo na análise, menos teoria
conspiratória, e menos dialética que serve para justificar tudo como parte de
uma engrenagem maior voltada justamente para seus objetivos finais. A realidade
é mais complexa, e também mais prosaica muitas vezes. A crise não foi produzida
de propósito por revolucionários golpistas numa sala no Palácio da Injustiça;
ela é resultado de muita roubalheira, de muita incompetência, e será a pá de
cal do projeto totalitário petista.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
PS: Sei que muitos dessa ala da direita são seguidores de
Olavo de Carvalho, e esse tipo de mentalidade sempre foi uma das maiores
críticas que fazia (e faço) ao filósofo. Continuo com meu projeto de união da
direita toda (e de parte da esquerda civilizada também) contra um inimigo
maior, e essa estratégia está simbolizada na minha campanha do Panaceia, meu
primeiro livro de ficção em que há essa união tática contra o inimigo maior.
Mas não posso deixar de expressar o que penso sobre o assunto, até porque julgo
que essa teoria conspiratória em nada ajuda na luta contra o PT.</div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-38829457189858164572015-09-10T10:15:00.002-03:002015-09-10T10:15:10.554-03:00Reinaldo Azevedo: Depois de ajudar a quebrar o Brasil, Lula quer espalhar suas jumentices América Latina afora! <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ou: O cafetão dos pobres</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É incrível! Não bastou a Lula ser o mentor intelectual —
santo Deus! como essas palavras não combinam associadas a esse ogro da ética! —
de um modelo que quebrou a economia brasileira. Não bastou a Lula ter
transformado em consumo e em cocô, em seu próprio país, uma janela de
oportunidades que poderia ter sido, de fato, o passaporte de milhões para a uma
vida melhor; não bastou a Lula ter feito de suas jumentices, em terras nativas,
uma categoria de pensamento, com o anuência de setores do empresariado movidos
ou por cupidez específica ou por burrice genérica. Ele quer levar adiante o seu
legado. Agora ele sai dando conselhos energúmenos América Latina afora.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No Brasil, ninguém mais quer ouvir um dos principais
beneficiários de sistema tão iluminado. Sim, o modo que Lula descobriu de
governar criou o desenvolvimento sustentado e a riqueza de longuíssimo prazo
para os Lula da Silva, por exemplo. Ele próprio, só em palestras, faturou R$ 27
milhões em quatro anos. Isso é que é crescimento de patrimônio sem precedentes!
E notem que não me apego a informações não confirmadas sobre sinais exteriores
de riqueza dele próprio e da família. Fico com o que está declarado. Por aqui,
Lula é carta fora do baralho, é página virada, é morto que anda, é zumbi.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, ora vejam!, o homem está participando ativamente da
campanha eleitoral na Argentina. Empresta seu apoio a Daniel Scioli, o
candidato de Cristina Kirchner à sua sucessão. Não por acaso, também a Beiçola
de Buenos Aires empurra a economia de seu país para a inviabilidade, mobiliza
milícias truculentas contra a imprensa, está atolada em escândalos, enriqueceu
notavelmente no poder…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fosse pouco, seu governo tem nas costas uma suspeita
bastante verossímil de assassinato. Refiro-me, claro!, ao promotor Alberto
Nisman, que investigava a participação do governo no esforço de esconder as
evidências de que o Irã estava por trás do atentado contra a sede da Associação
Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994, quando uma explosão deixou 85
mortos e provocou danos estruturais em outros 9 edifícios no bairro Once.
Adiante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lula foi falar porcaria também no Paraguai. Durante um
evento, nesta terça, naquele país, comemorando os 10 anos do programa Tekoporã,
que distribui subsídios a 600 mil pessoas por meio de um cartão, afirmou que o
combate à pobreza deve ter prioridade sobre os investimentos em infraestrutura.
Jogou ao vento, entre outras teorias relinchantes, o que segue:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“É verdade que eu poderia fazer uma ponte, uma estrada, mas
entre cuidar de 54 milhões de pessoas que estão passando fome e fazer uma
estrada, a estrada pode esperar que essas pessoas comam, fiquem fortes e ajudem
a construí-la. Se fizesse a estrada, essas pessoas morreriam de fome antes de
vê-la terminada. É muito difícil encontrar alguém no setor de Fazenda ou
Tesouro que esteja disposto a dar essa contribuição aos que estão abaixo. Não é
uma política de esmola, de compensação, é um direito”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Disse mais: “Antes de eu chegar à Presidência, os pobres
eram tratados como se fossem problemas. E hoje eu digo que cuidar bem dos
pobres é a solução para acabar com a miséria na nossa América do Sul”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É uma soma formidável de mentira com estupidez. Em primeiro
lugar, não havia 54 milhões de famintos no Brasil quando ele chegou à
Presidência. A fome já era um problema residual — como é ainda hoje, nos
grotões. Em segundo lugar, programas sociais do governo Fernando Henrique
Cardozo, que Lula tomou para si, atendiam cinco milhões de famílias. Em
terceiro lugar, o seu pensamento é a expressão do lixo intelectual que
inviabiliza países mundo afora, conduzidos por esquerdistas ou populistas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não há contradição nenhuma entre investir em infraestrutura
e combater a fome. Por que o Bolsa Família seria incompatível com um programa
decente de concessões e privatizações na infraestrutura? Inferir que o aporte
de recursos para esse setor serve apenas para enriquecer empresários e não tem
efeitos sociais é de um cretinismo avassalador.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em 2014, o Bolsa Família custou R$ 26,6 bilhões aos cofres
públicos. Um ponto percentual de elevação de juros custa R$ 15 bilhões. Vejam a
que altura o genial modelo de gastos públicos sem limite — sem pensar muito na
infraestrutura, né, Lula? — levou a Selic no país. E não! Não foi para
satisfazer a sanha dos banqueiros — não que eles fiquem infelizes, claro… Esse
é o resultado das escolhas feitas pelo petismo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não há contradição entre investimento em infraestrutura e
combate à pobreza. Até porque, vamos convir, não é mesmo?, o petrolão não foi
criado em razão dos programas sociais levados adiante pelo petismo. O mesmo
lulismo que expandiu o Bolsa Família foi ainda mais generoso com o Bolsa
Empreiteiro, o Bolsa BNDES e, em algumas circunstâncias, o Bolsa Banqueiro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aí está, aliás, um dos enganos que se podem cometer sobre o
PT, já escrevi centenas de vezes. Do socialismo, herdou as taras autoritárias e
a tentação de se estabelecer como partido único. E só. No mais, usou o razoável
controle que tinha, e tem, de movimentos sociais e a capacidade de seu demiurgo
de se comunicar com as massas para regalar alguns potentados da economia
nativa. Enquanto Lula distribuía Bolsa Família, ajudava alguns eleitos a
arrecadar alguns bilhões em Banânia. O petismo é o escarro do populismo de
extrema direita.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT só cobrava o valor da corretagem. O sistema de que Lula
fala, no fim das contas, é aquele que faz de seu partido o cafetão dos pobres.
Não por acaso, o país se transformou num bordel de bandoleiros que cobram e
pagam propina.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eis o modelo que Lula quer vender à América do Sul.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por Reinaldo Azevedo</div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-54560274899475810992015-09-03T09:39:00.000-03:002015-09-03T09:39:03.447-03:00Esquerdopatas vagabundos arrasaram a Educação - Lucas G.: Greve in Rio<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Veja como os radicais de esquerda infiltrados nas
universidades impedem o avanço educacional brasileiro</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rodrigo Constantino: Recebi a mensagem abaixo de Lucas G.,
um estudante da UFRJ, que resolveu encarar a votação da permanência ou não da
greve em curso, que completará cem dias. Ele relata o verdadeiro calvário que
foi enfrentar os obstáculos criados deliberadamente pelos radicais de esquerda,
sempre organizados para impedir uma verdadeira democracia. O que se segue é o
retrato da falência de nosso sistema educacional, dominado por essa minoria
barulhenta e extremamente ideológica. Afinal, o que esperar quando o próprio
reitor da universidade veste literalmente o boné do MST? Vejam:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lucas G.: Greve in Rio<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A longa marcha da vaca para o brejo deu passos largos na
Assembleia Estudantil da UFRJ de ontem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cheguei à Assembleia em um horário próximo do que estava
previsto em seu evento do Facebook, mas ela contou com nada menos que 1h30 de
atraso. Com todas as óbvias ressalvas, os momentos iniciais do episódio de
ontem tinha certo quê Rock in Rio. Eu arriscaria um “Greve in Rio” como
apelido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Da mesma maneira que o popular festival de rock, os
entusiastas mais apaixonados, os grevistas no caso, chegaram logo na frente
para “pegar a tal da grade” e acompanhar os acontecimentos mais de perto. Os
simpáticos vendedores de água e cerveja, sempre atentos ao início de grandes
aglomerações, já marcaram presença na entrada do prédio da Reitoria.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Iniciada a cerimônia, dedicaram os primeiros trinta minutos
da mesma a um histórico das ações promovidas pelos alunos nesse período de três
meses de paralisação. Ocupações, marchas, petições e invasão ao MEC foram
citadas. O formato ideal de resistência grevista, que deveria ser seguido pelas
demais universidades, era o da tal UFBA, a Universidade de Brasília, segundo um
dos falantes que se dedicaram à exposição desse histórico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Logo em seguida, a mesa iniciou uma discussão a respeito da
metodologia da Assembleia. Já vendo que o negócio iria demorar muito, fiz o
mesmo que muitos e encostei-me sentado a uma das pilastras do térreo. Eu e uns
amigos que tinham ido comigo, talvez imbuídos de um espírito de “estudante
farofeiro”, levamos umas bolachas (ou biscoitos) de casa para sobreviver até o
final da votação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quantas falas teria o tal debate, afinal? Vi que muita gente
queria pular direto para o momento em que votaríamos, mas me dei conta de que a
peleja seria inevitável. Propuseram inicialmente cerca de 20 ou 25 falas de 2
minutos cada. Já outra garota sugeriu aumentar o número para 35.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sim! Ouvimos às 19h30 a brilhante ideia de conceder 35 falas
de 2 a 3 minutos para os presentes. A essa altura eu já estava me arrependendo
de não ter uma barraca de camping para situações desse tipo. Eis que vejo um
ser iluminado se levantar e propor um número mais reduzido 15 falas, visto que
todo mundo já estava ciente da situação da faculdade, do Brasil, do
capitalismo, do imperialismo norte-americano e do que quer que fossem falar
futuramente. O bom senso prevaleceu nesse ponto e optamos por essa última
proposta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entre o intervalo de tempo anterior ao início do debate e o
fim do mesmo, muita gente aproveitou para ir ao restaurante universitário.
Percebendo que as discussões não teriam muito futuro, aproveitei para matar a
fome também, só retornando na metade do debate. Infelizmente perdi a parte em
que falaram coisas como a “escravação (sic) dos funcionários terceirizados” e
que deveríamos derrotar o “Aécio e a direita”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Finalmente o debate se aproximava de seu fim, havendo
destinado mais de uma hora para ouvir pessoas carregadas do velho vocabulário
revolucionário e ouvir também aqueles que pediam pelo fim da greve estudantil
ao mesmo tempo em que fosse assegurado o direito de defesa das reivindicações
dos alunos..<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Conseguíamos identificar facilmente que a maioria, senão a
totalidade, da mesa de ontem era composta por membros favoráveis à manutenção
de tal greve. Cabia a eles, segundo a metodologia elaborada pela própria mesa,
definir os encaminhamentos (que foram identificadas pelos próprios) a serem
votados em seguida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Voici monsieur!” O relógio já estava quase marcando 9 da
noite quando surgiu uma lista com 12 encaminhamentos a serem votados em ordem.
Preciso perguntar qual seria o último dos itens da lista a ser votado? Isso
mesmo! O fim da greve estudantil da UFRJ.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A maioria dos encaminhamentos era perfeitamente viável sem a
aprovação por parte da Assembleia. Exigiam, por exemplo, a criação de um Dia Nacional
da Luta e a organização de uma passeata contra o Ajuste Fiscal. Ótimo! Somos
livres para fazê-los independentemente do consenso dos amigos da universidade.
Também somos livres para nos posicionar contra a ocupação da Cisjordânia,
defender o fim da Guerra da Síria e apoiar o movimento de libertação do Tibete.
Se deixar por conta dos alunos, a greve estudantil só acaba quando tudo isso
for atendido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ademais, alguns grevistas levantaram a possibilidade de
adiar a votação sobre a manutenção da greve para a semana seguinte. Foi aí que
indignação com o sistema da Assembleia eclodiu de vez. Os gritos em uníssono
clamavam por uma votação o mais rápido possível. Muitos compareceram apenas
para votar pelo fim da greve, mas a estratégia dos grevistas da esquerda era
manter a votação para o mais tarde possível. Alunos que queriam votar pelo fim
da paralisação estudantil e moravam na Baixada Fluminense ou em regiões mais
distantes ficariam sem ônibus. Vários destes foram embora, enquanto outros
seguiam protestando.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Contados os votos, venceu a parte que defendia a manutenção
da greve. Muitos dos que moravam longe e eram contrários à mesma tiveram de
sair antes da votação, que se encerrou depois do incrível horário de 22h30.
Assim, continuamos um semestre maculado com uma greve que já dura três meses. O
próprio reitor afirmou que as aulas retornarão apenas quando funcionários,
alunos e docentes finalizarem suas respectivas greves.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enquanto o radicalismo ideológico permanecer como a força
motriz da política educacional brasileira, seguiremos tomando de goleada nos
rankings internacionais de excelência acadêmica. Há reivindicações legítimas no
meio disso tudo. Não há como negar. Mas dada a atual conjuntura econômica
brasileira, é necessário deixar a ideologia de lado, retomar o semestre letivo
e partir para um pragmatismo responsável, tendo consciência do que é viável de
ser feito agora e o que não é.</div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-62365248238012982192015-08-18T12:23:00.003-03:002015-08-18T12:23:57.562-03:00Flavio Morgenstern: Por que o PT deve acabar<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nos últimos dias, uma série de “deserções” das fileiras
petistas tem acontecido, num momento em que ser petista é mais algo para se
esconder como capricho atrasado e teimosia diante da realidade do que mostra de
superioridade moral.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dizem que o PT traiu seus ideais originais. Alguns até negam
que ele ainda seja de esquerda.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Balela: o ideal do PT original era expropriar a “burguesia”
e criar uma democracia de operários. Depois de 13 (!) anos no poder, o PT
expropriou a burguesia e faz vigorosos contratos com empreiteiras para ou
sermos operários deste esquema, ou falirmos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Onde está a traição, se o PT cumpriu à risca o que prometia?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando debatia com Collor em 1989, Lula pregava uma
jabuticaba chamada “socialismo democrático”, já que os países socialistas, que
ele tanto defendia, entravam no colapso que resultou na Queda do Muro e na
falência da União Soviética.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já no poder, em 2007, no 3.º Congresso do Partido dos
Trabalhadores, um vídeo promovido pelo próprio PT declarava qual era o “segundo
grande tema do nosso [deles] Congresso, o Socialismo Petista” (sic).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O vídeo afirmava reiteradamente que eram um partido
anticapitalista, que a luta anticapitalista estava no seu sangue, e que o
conceito de socialismo “está presente desde a criação do partido, há 27 anos”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Falando entre os seus, os petistas não precisam se preocupar
com o que ordenam seus marqueteiros, preocupados em engabelar a população.
Entre petistas, não há nada de “democracia”, “cumprir a lei”, “respeitar a
Constituição”, “que papo ultrapassado, o socialismo já acabou, a Guerra Fria
foi vencida pelos caras corretos e agora somos todos capitalistas de
carteirinha”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lá, o mote é socialismo, é enaltecer Cuba e ditaduras
totalitárias, é chamar genocida de “companheiro” e falar com toda a
naturalidade da tirania bolivariana, para logo a seguir, quando estiver na
imprensa, nos blogs ou conversando com pessoas normais, afirmar que aceitam a
derrocada do socialismo, que o PT se dá muito bem com o capitalismo, que é
paranóia de ultraliberais fanáticos como o Rodrigo Constantino chamar o PT de
“bolivariano” e enxergar traços socialistas no PT. E, claro, que o Foro de São
Paulo não existe, ou então é só uma reunião de velhas viúvas do totalitarismo
bolchevique ou ainda que o PT nada tem a ver com isso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ora, o PT continua idêntico ao PT 89, sem riscos e até
melhor repaginado, com terno Armani e sem tantos perdigotos. Inclusive foi a
fundo no seu projeto de democracia operária: hoje, ou se trabalha batendo prego
para uma grande empreiteira (“pleno emprego! oportunidades a todos! diminuição
das desigualdades! distribuição de renda! vocês plantam inflação para colher
juros!”), se tornando operário, ou sua pequena empresa vai à falência – com
todos os brasileiros recebendo salário de peão da Odebrecht, lá se vão as
diferenças sociais e está distribuída a renda.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mesmo o enriquecimento destes empreiteiros, em conchavo com
o governo, nada tem de traição do projeto inicial petista: o socialismo
“científico” surgiu justamente com um industrial financiando um pretenso
intelectual que nunca bateu um prego na parede para pendurar um quadro na vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As empreiteiras que estão na mira da Lava Jato não são um
“desvio” do projeto petista anos 80: são exatamente sua extrema materialização.
Numa democracia sindical, os empreiteiros não querem concorrer no livre
mercado, e sim atuar em concessões com o governo, para que todos nós paguemos
pelos seus projetos sem opção de “desigualdade” causada pelo “capital
financeiro” na Bolsa de Valores. Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro e companhia
são apenas nossos Engels.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E qual a preocupação dos sindicatos como CUT com a Lava
Jato? Como Dilma Rousseff se pronunciou sobre tantos bambambans presos? Ambos
apenas criticaram o risco de “desemprego” – ou seja, se empresas como
Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez falirem, aí sim está comprometido o projeto
sindicalista petista da década de 80, sem empregos de batedores de martelo em
empreiteiras protegidos por leis trabalhistas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A resposta da presidente e dos sindicatos não é preocupação
com a corrupção, com o tráfico totalitário de poder e dinheiro: é apenas com
empregos comprometidos para as classes baixas. Assim se juntam nossos Engels
com nossos Stalins. Assim o povo voltará a ter de fazer negócios e abrir
pequenas empresas no livre mercado e teremos novamente “desigualdade” e risco
de “desemprego”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dilma e o PT podem ser acusados de tudo, exceto de
descumprir ou trair os ideais antigos do PT. A classe média, a antiga
“burguesia”, continua devidamente expropriada, e todos nós continuamos tendo
como opção inevitável, num governo petista, virarmos apertadores de parafuso
sindicalizados. Com os movimentos sociais pregando isso na nossa cara.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que acontece de fato neste momento no Brasil não é uma
traição de ideais, como já explicamos aqui. É uma dissonância entre uma
simbologia construída em torno de um projeto de sociedade (“trabalhadores! fim
da desigualdade! moral social na política!”) e a realidade concreta que vem com
tais discursos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não é uma “onda conservadora” que perpassa o Brasil: é a
realidade reagindo a uma tentativa de mascará-la. Isto que torna alguém mais,
digamos, reacionário. Ou seja, desconfiado de “salvadores” políticos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT inteiro tentou e conseguiu se safar de seu projeto de
compra de consciências e concentração de poder no Executivo, o mensalão,
escorando-se tão somente no carisma de Lula para ganhar eleições – inclusive as
duas de Dilma, já que ela, sozinha, não parece capaz de completar uma frase com
sujeito, verbo e predicado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enquanto tal carisma acaba, restam apenas militantes os mais
ferrenhos, inclusive os acadêmicos e jornalistas, a ainda acreditar no projeto
petista – muitas vezes a soldo. Feministas, por exemplo: que não percebem a
vergonha que é a primeira presidente do sexo feminino precisar tanto da figura
de Lula para completar uma frase. Progressistas sofrem da Lei de Rothbard: são
especialistas naquilo que menos enxergam.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A simbologia do PT ainda é afirmar que “lutaram contra a
ditadura”, aquela que terminou há mais tempo do que durou. Quem ainda aguenta
50 livros sobre a ditadura lançados por mês? Quem ainda cai na esparrela de que
os socialistas da década de 60 e 70 lutavam por um regime livre, de livre
empreendimento e livres eleições, e não um totalitarismo cubanófilo que acaba
mais gerando uma simpatia exagerada por militares, e não pelos socialistas?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apenas militantes com lavagem cerebral. E estes cada vez
mais estão distantes da população de carne e osso. Os militantes, por exemplo,
adoram falar que José Dirceu “lutou pelo Brasil”, mas apenas conseguem se auto
justificar diante de sua prisão – não convencer qualquer pessoa de que nossas
liberdades políticas, hoje, sejam conquista de Dirceu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pelo contrário: se tivemos um regime de exceção (que saiu do
poder sozinho, ao contrário do despotismo cubano, de quem Dirceu se considera
“um ex-agente do Serviço de Inteligência”) foi justamente graças a pessoas como
Dirceu, Lula e Dilma.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O apelo a uma “social-democracia” (embora o PT seja mais
honesto no termo, e diga claramente “socialismo democrático”) foi o que fez o
PT crescer já depois da redemocratização. Na oposição, estava sempre criticando
o “livre mercado”, as “privatizações”, o FMI.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No poder, gabava-se de “tirar 40 milhões de brasileiros da
miséria”, número que, como Lula admite entre risos, era inventado. Na verdade,
apenas trocava o critério de contagem de pobres, como contar uma pessoa que receba
R$ 291 por mês (sic) como de “classe média”. Nesta bricolagem embusteira, para
atingir tais “números”, depois regurgitados pela militância como Verdades
Morais Absolutas, chegaram a dar R$ 2 (sim, DOIS REAIS) para “tirar da miséria”
13 mil famílias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A alquimia numérica pode durar um certo tempo, mas qualquer
liberal sabe que não muito. Mesmo com o pouco apreço que nossa educação,
jornalismo e cultura tenham pelos liberais, a conta desconfiada deles está
sempre mais próxima da realidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Hoje vemos que a economia estatal do PT, seu desapreço pela
livre iniciativa (a da “desigualdade”, que precisa ser corrigida e “regulada”
pelo Estado) gerou os números de desemprego, PIB retroagindo, empresas falindo
e todos precisando virar funcionários da Odebrecht para sobreviver. É ruim? É
péssimo. Mas é exatamente o que o PT sempre pregou e apregoou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se o discurso de corrigir a “desigualdade” não convence
mais, é porque a população, mesmo sem o conhecer (já que liberais não inventam,
apenasdescrevem a realidade), percebeu a lição de Friedrich Hayek: para um
Estado ter controle sobre a sociedade, precisa de poder sobre a sociedade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A cada nova desculpa do PT para não conseguir entregar o
mundo dos sonhos, e prometer um novo PAC ou culpar a mídia e a classe média, os
agentes estatais apenas estão querendo mais poder. E quanto mais problemas
surgem, vão precisando de ainda mais poder para corrigir os problemas do meio
do caminho, e a razão inicial – digamos, o combate à desigualdade ou alguma
besteira de sociólogo do tipo – acaba até sendo ignorada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nada foi mais claro do descompasso entre discurso e
realidade do PT do que a entrevista de Dilma à Folha, em que Dilma afirma que
“não respeita delator”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ora, delatores, no caso, eram empreiteiros que lucraram com
a “economia estatal” não-socialista (mas que “regula” o mercado com concessões
e “investimentos” do governo em empresas) do PT. Dilma, que ainda tem uma
simbologia de “eu luto contra a ditadura”, falava como se “delatores” fossem
combatentes e terroristas presos que alcagüetassem os colegas. Sua retórica e a
realidade têm um descompasso de meio século.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sem conseguir mais vencer a realidade e a lei com carisma,
sem o apelo do ideário socialista agora que as pessoas sabem o que estava além
da Cortina de Ferro, sem a promessa do Eldorado do PT no poder, sem o discurso
do controle estatal em nome da distribuição de renda e do combate à
desigualdade, com seus figurões sendo presos e se considerando tão heróis que
vestem toalhas de mesa como capas de super-heróis ao caminhar para o camburão
(o que deveria ser a suprema notícia internacional do século XXI) e com a
população agora até indo às ruas para mostrar seu repúdio, resta apenas ao PT
ser uma mancha de vergonha para os petistas que acordarem para a realidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT, felizmente, deve acabar.</div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-24734062056295483852015-08-11T08:45:00.002-03:002015-08-11T08:45:12.523-03:00Rodrigo Constantino: Um caso que dá referência circular e um nó górdio na cabeça dos esquerdistas<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A esquerda “progressista” defende sempre as “minorias”,
certo? Também inclui nesse grupo, por algum motivo obscuro, os bandidos,
especialmente os jovens, vistos como “vítimas da sociedade”. Mas essas
bandeiras podem gerar uma tremenda confusão na cabeça de um esquerdista típico,
pois são muitas vezes contraditórias.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A feminista, por exemplo, deve elogiar os homens brancos
ocidentais, que tratam as mulheres com respeito, ou os muçulmanos, outra
“minoria” que não tem muito apreço pelo feminismo? Os homossexuais devem
defender os países capitalistas liberais, onde gozam de ampla liberdade, ou as
“minorias” africanas, que costumam vetar por lei o homossexualismo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E como esses podemos pensar em vários outros casos. Mas um
episódio ocorrido na Inglaterra é particularmente cruel com os “progressistas”.
Ele, sozinho, é capaz de expor toda a hipocrisia da esquerda. Um adolescente
esfaqueou uma pessoa. Até aqui, os “progressistas” estão na linha do “vítima da
sociedade” e pregando que o ECA seja adotado na Inglaterra, para os ingleses
aprenderem como se trata uma pobre criança de 14 anos que meteu a faca na vítima
por falta de escola e oportunidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas aí começam os problemas. O garoto era aluno e a vítima
foi seu professor. Já cai por terra a primeira grande ladainha da esquerda. Mas
tem mais: o professor era negro, e o aluno teria cometido o crime por motivos
racistas. E agora, José? Professor, da “elite opressora”, negro, e marginal, o
“pobre sem oportunidades”, um estudante racista. Ainda querem aplicar o bondoso
ECA?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro problema para os “progressistas”, claro, é a arma do
crime: uma faca de cozinha. Esqueça o desarmamento, a desculpa de que “armas
matam”, em vez de pessoas. O moleque usou uma faca de cozinha para ferir com
risco de morte seu professor. A esquerda nada tem a dizer sobre isso, a menos
que queira defender o desarmamento das facas…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas calma, leitor, que a confusão mental da esquerda
continua: o professor, negro, também é cristão, e decidiu perdoar o delinquente
racista. Direito dele, como cristão, algo que a esquerda “tolerante” não
aceita, pois no fundo só quer perdoar bandidos das “minorias”, não os que
atacam as “minorias”: esses merecem a morte, de preferência pela guilhotina em
praça pública que é para dar o exemplo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Só que, para fechar com chave de ouro, o professor, negro e
cristão, reconheceu que seu perdão pessoal era uma coisa, mas a lei era outra,
bem diferente, e que era importante o cumprimento da lei para passar a outros
jovens de perfis similares “uma forte mensagem” que a violência é inaceitável.
Ou seja, o homem pede a punição da lei para não incentivar novos crimes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E agora, Maria? O que tirar disso tudo? O professor é da
“elite golpista opressora” ou membro das “minorias oprimidas”? O estudante
adolescente racista é “vítima da sociedade” ou um “marginal doente que merece a
forca”? Já vejo a cabecinha oca de muito esquerdista dando aquela mensagem das
planilhas de Excel: “referência circular”. Como desatar esse nó górdio, meus
caros “progressistas”?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
PS: O adolescente passará seis anos em regime fechado em um
centro de recuperação de menores e os outros cinco sob vigilância em regime
aberto. Lembrando que a vítima sequer foi fatal. Alguém ainda fica espantado
com a criminalidade no Brasil, praticada de forma escancarada e ousada, pela
certeza da impunidade? Será que os “progressistas” brasileiros acham que temos
muito a ensinar aos “otários” ingleses sobre como tratar marginais?</div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-34282970040690994592015-08-10T10:54:00.003-03:002015-08-10T10:54:25.290-03:00Demétrio Magnoli: Guerreiro do povo brasileiro<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vão longe os tempos do braço erguido e do punho fechado. A
novidade da prisão de José Dirceu encontra-se na esfera das narrativas. Mesmo
para o PT, o “preso político” do mensalão reduziu-se a um político preso. A
lacônica nota partidária assinada por Rui Falcão sequer menciona seu nome. Na
declaração agourenta do ministro Ricardo Berzoini, um homem de Lula, “cabe aos
investigados tomarem as providências que julgarem necessárias para se
defenderem perante a Justiça”. O celebrado “guerreiro do povo brasileiro” não
perdeu apenas os andrajos de liberdade pendurados no mancebo da prisão
domiciliar: foi condenado por seu partido ao degredo político. É uma forma de
adiar a reflexão inevitável sobre as fontes ideológicas do apodrecimento ético
do PT.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT traçou uma linha na areia separando a “corrupção pela
causa”, virtuosa, da “corrupção pelo vil metal”, pecaminosa. Corrupção
virtuosa: no mensalão, intelectuais petistas produziram doutos textos
consagrados à defesa da apropriação partidária de recursos públicos, e a
relativa pobreza de Genoino tornou-se símbolo e estandarte. Corrupção
pecaminosa: Dirceu, indicam as provas oferecidas pelos delatores, usou sua
influência no governo para constituir patrimônio pessoal. O guerreiro caído
cruzou a linha proibida. Seu degredo é uma desesperada tentativa de perenizar a
fronteira que se apaga sob ação do vento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não existe pecado do lado de cá do Equador. Se o país se
divide entre Povo e Elite, e se o Partido é a ferramenta da emancipação popular
de um jugo de 500 anos, então a “corrupção pela causa” não é corrupção, mas um
expediente legítimo na jornada libertadora. A fórmula inflexível, refletida nos
punhos cerrados do mensalão, tem suas próprias implicações. É em nome dela que
Dirceu experimenta a condenação mais implacável. Numa ordem unida à qual só
escapam cortesãos inúteis e vozes periféricas de aluguel, o Partido imprime-lhe
na fronte o estigma do traidor. “Bode expiatório”, disse seu advogado, numa
referência aberta a interpretação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dirceu é Dirceu, a segunda face do PT, não um Duque
qualquer, um Paulinho Land Rover ou um Vargas que só era André. Dobrando-se ao
vil metal, o guerreiro traidor remexe a areia, desmarca um limite, desfaz uma
certeza. Se até ele transitou de uma corrupção à outra, como separá-las
nitidamente, sanitizando a primeira e satanizando a segunda? O degredo
silencioso de Dirceu, que equivale a uma gritaria, destina-se a abafar a
pergunta incômoda. Os juízes do Partido temem menos a hipótese improvável de
uma delação premiada do guerreiro traidor que a exposição pública das conexões
entre a corrupção virtuosa e a corrupção pecaminosa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A linha divisória riscada pelo PT reflete uma lógica
religiosa, típica dos partidos autoritários. A corrupção virtuosa é aquela que
serve à finalidade transcendente de salvação do Povo; a pecaminosa, pelo
contrário, serve ao objetivo terreno de acumulação individual de bens
materiais. Na política democrática, contudo, a oposição relevante é entre o
público e o privado, não entre a salvação coletiva e o enriquecimento pessoal.
Segundo essa lógica, cujo critério são os meios, o guerreiro não caiu sozinho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Revisito as fotografias do líder estudantil preso, com
centenas de outros, no Congresso da UNE de Ibiúna, em 1968, e de sua partida
para o exílio, na base aérea do Galeão, com 12 outros, em 1969. Vistas da torre
de observação do presente, elas têm algo de profundamente melancólico: os
sinais de um fracasso coletivo. Mas, na história que se encerra, há também a
prova de um teorema: a “corrupção virtuosa” conduz, inelutavelmente, à “corrupção
pecaminosa”. O PT não deveria renegar seu guerreiro caído, nem defendê-lo, mas
reavaliar a si mesmo no espelho de sua trajetória. Para nunca mais cerrar o
punho contra as instituições da democracia.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-28733679283704580592015-08-10T10:53:00.004-03:002015-08-10T10:53:42.164-03:00Ipojuca Pontes: Dom Helder, o santo do pau oco<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A mídia amestrada noticia com insistência o deslanche do
processo de beatificação e canonização de D. Helder Câmara, antigo arcebispo de
Olinda e Recife falecido em 1990. D. Helder, reconhecido urbi et orbi como o
“Arcebispo Vermelho”, foi secretário-geral e um dos fundadores da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB, uma espécie de ONG manipulada pelo
comunismo internacional no seio da Igreja Católica para irradiar as propostas
da decadente Teologia da Libertação, suprema pulha de apostatas declarados para
subverter os valores espirituais do cristianismo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Segundo documentos dos arquivos ultra-secretos do Kremlin
tornados públicos pelo dissidente russo Pavel Stroilov, a Teologia da
Libertação é uma trama macabra dos mentores da KGB, na Era Stalin, para
infiltrar na Igreja Católica o vírus do velho materialismo histórico, este, por
sua vez, uma mistificação do furunculoso Karl Marx. De todo modo, a Congregação
para a Doutrina da Fé, instrumento da Santa Sé, representante central da
Igreja, condenou a herética Teologia da Libertação e seus militantes pela
pretensão descabida de eliminar a transcendência religiosa a partir do fomento
à luta de classes).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O atual arcebispo de Olinda e Recife, D. Fernando Saburito,
outro militante da famigerada CNBB, empenhado até os ossos no processo de
canonização, está nomeando uma comissão para ouvir pessoas que conviveram com o
“Arcebispo Vermelho” e que possam falar de sua vida e trajetória. “Tudo será
bem-vindo” – diz Saburito – “para que possamos juntar esse material e
encaminhar para Roma daqui a um ano”. (Com o festivo Francisco como Papa, é bem
possível que D. Helder vire santo, o santo do pau oco)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
De minha parte, digo que convivi um pouco com D. Helder no
final dos anos 1960. Em Recife, ele mostrou-se interessado em ver um dos meus
documentários, “Os Homens do Caranguejo”, que abordava o tema da luta pela
sobrevivência no Nordeste. Logo no primeiro contato, tomei um choque. Quando D.
Helder chegou atrasado para ver o filme, mandou um assessor reiniciar a sessão.
Em seguida, já sob holofotes, assumindo poses com requinte de popstar, entrou
na sala de projeção saudando a todos com acenos e riso escancarado – no que foi
triunfalmente aplaudido por uma platéia constituída de estudantes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Depois da projeção, o arcebispo me levou para almoçar nos
fundos da Igreja das Fronteiras, no Derby, transformada em sua residência
particular. D. Helder era o que se pode chamar de “uma figura”. De início,
associei-o ao “stariets” Zósima, o santo vivo de “Os Irmãos Karamazov”, de Dostoiéviski.
Com o tempo, vi que estava equivocado: D. Helder não apenas cultivava a glória,
mas queria o poder. De fato, um olhar atento veria que nele tudo era
preconcebido. A batina branca surrada, o halo da falsa humildade, o sorriso
forçado, o olhar súplice e, sobretudo, a voz adocicada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ah, a voz de D. Helder! Seu tom floreado e macio encantava.
Mas a cabo de minutos, além de aborrecer, pressentia-se que a usava como
artifício para camuflar um orgulho doentio. A propósito, a tese infame de D.
Helder era de que o sujeito nunca devia ser “orgulhoso de dentro para fora, mas
de fora para dentro”. E acrescentava: “Para fora seja humilde, modesto. O
orgulho interior Deus perdoa”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Depois daquele almoço o padre pegou um livro de sua autoria,
“A Revolução Dentro da Paz”, e fez a dedicatória em forma de catequese: “Para o
cineasta Ipojuca Pontes compreender o papel da busca da justiça pela paz”. E de
passagem, sem perder o tom melífluo, apanhou uma edição do jornal “Le Monde”.
Encenando surpresa, comentou como se lesse aquilo pela primeira vez: – “Aqui
diz que D. Helder Câmara foi indicado mais uma vez para receber o Prêmio Nobel
da Paz”. O homem não conseguia esconder a vaidade mórbida e anticristã.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em vida, o dramaturgo Nelson Rodrigues garantia que D.
Helder só olhava para o céu para ver se levava ou não guarda-chuva. Para ele, o
padre não tinha nenhum compromisso com o transcendental. Não passava de
grotesco materialista que vivia para inocular na alma da pobre gente nordestina
a crença fanática de que o regime da escassez planetária era um pecado
estrutural do capitalismo. E cegando criminosamente para a fome que até hoje se
abate sobre o povo cubano, eterna vítima da ditadura comunista dos Castro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vade retro, Satanás!</div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-80878150697106238432015-07-18T08:59:00.003-03:002015-07-18T08:59:45.548-03:00José Casado: Conflagrado nos tribunais, Brasil tem um processo em andamento para cada dois habitantes<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Emoção é coisa rara na Corte Especial, órgão máximo do
Superior Tribunal de Justiça. Os julgamentos daquela quarta-feira em Brasília
avançavam na rotina de sobriedade dos juízes mais antigos do STJ, até que
chegou a vez do “Recurso Especial 0142548-2”.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Houve quem duvidasse do que estava escrito no sumário.
Alguns leram de novo a ementa, que anunciava: “Embargos de declaração nos
embargos de declaração nos embargos de declaração no agravo regimental no
recurso extraordinário nos embargos de declaração nos embargos de declaração
nos embargos de declaração no agravo regimental no recurso especial.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Resumia uma sucessão de recursos judiciais que pretendiam
revisão de uma sentença há muito considerada definitiva num processo criminal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No sistema eletrônico do tribunal, onde cada ação é
classificada por abreviaturas da respectiva categoria processual, a
extravagância jurídica ficara registrada da seguinte forma: “EDcl nos EDcl nos
EDcl no AgRg no RE nos EDcl nos EDcl nos EDcl no AgRg no Recurso Especial”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O caso foi liquidado na Corte Especial com unânime ironia e
uma só palavra: “Rejeitados.” E assim terminou um processo que há mais de uma
década havia sido encerrado por sentença teoricamente irrecorrível (“transitado
em julgado”).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não se trata de caso isolado em um país conflagrado nos
tribunais. O Brasil já tem um processo em andamento para cada dois habitantes.
São mais de 100 milhões de ações, estima o Conselho Nacional de Justiça, para
uma população de que chegou a 204 milhões nesta semana, segundo o IBGE.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Medida pelo número de autos judiciais, a litigiosidade
avançou nos últimos cinco anos ao dobro do ritmo do crescimento populacional. E
o Judiciário não consegue resolver mais do que três em cada dez processos
pendentes. Cada um dos 17 mil juízes brasileiros produz em média quatro
sentenças por dia, ou cerca de 1.600 por ano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Resultado: os tribunais estão com um estoque de mais de 70
milhões de casos sem decisão, e receberam cerca de 30 milhões novos nos últimos
12 meses. E de cada 100 ações apenas 29 recebem sentença — sempre passível de
recursos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muitos casos parecem intermináveis, como o da catástrofe do
barco de turismo que afundou na Baía de Guanabara na noite do réveillon de
1988. Das 153 pessoas a bordo do Bateau Mouche, 55 morreram no mar de
Copacabana. Passaram-se 15 anos até a condenação dos responsáveis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A sentença transitou em julgado em 2003, mas o enredo
jurídico ainda não acabou. Um dos proprietários do barco, Álvaro Pereira da
Costa, foi condenado a 18 anos de cadeia e fugiu do país uma década atrás. Em
outubro passado, ele recorreu para anular a condenação. Vinte e sete anos
depois da tragédia, o processo continua.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
— Excesso de recursos é uma deformidade do nosso ordenamento
jurídico — diz Vladimir Aras, professor de direito penal e procurador da
República: — Cada processo vira uma centopeia de recursos protelatórios, para
evitar condenações definitivas, que já passaram pela reanálise dos tribunais de
Justiça e foram revistas em instância superior. Enquanto isso, o relógio da
prescrição das penas continua avançando.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Superior Tribunal de Justiça tem poder sobre 2,6 mil
distritos judiciais em todo o país. Pelo protocolo do tribunal, em Brasília,
ingressaram 127,3 mil recursos processuais no primeiro semestre — o equivalente
a 707 por dia, ou 29 por hora. Esses novos casos, somaram-se aos 389 mil
pendentes de decisão desde o ano passado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se quisessem zerar esse estoque ainda este ano, os 33 juízes
do STJ precisariam emitir 119 sentenças por dia — duas por minuto — até a
meia-noite de 31 de dezembro. Sem parar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse é o panorama inquietante de um sistema judicial
excessivo em formalidades, que resultaram numa miríade de expedientes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No Supremo Tribunal Federal, por exemplo, os pesquisadores
Joaquim Falcão, Pablo Cerdeira e Diego Arguelhes, da Fundação Getulio Vargas,
ficaram surpreendidos com o milhão e meio de processos recebidos pela Corte nas
duas décadas seguintes à promulgação da Constituição de 1988.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
— Procuramos saber como chegaram ao Supremo — conta Falcão:
— Descobrimos que o tribunal é como um casarão com mais de meia centena de
portas de entrada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Até 2011, existiam 52 formas (classes processuais
diferentes) de se recorrer ao STF. Meses atrás foi criada outra, a do “Agravo
em Recurso Extraordinário”. Agora, são 53 portas, das quais 37 usadas
rotineiramente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A leveza arquitetônica da sede do Supremo, em Brasília, oculta
um labirinto judicial adornado por relíquias do mobiliário em jacarandá do
século XIX. Ali, o tempo é relativo: uma decisão pode sair em 44 dias (média
para liminares) ou demorar mais de duas décadas (em disputas agrárias ou
urbanas, como uso de cintos de segurança em transporte coletivo).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O STF é um tribunal constitucional que, também, atua como
Corte recursal das cortes estaduais. Seu acervo contém processos históricos
como o da expulsão da família real do Brasil e o caso do mensalão (53 sessões
de julgamento, 38 réus e quase 100 mil páginas de autos), mas, também, registra
decisões sobre vulgaridades como o furto de seis barras de chocolate num
supermercado de São Paulo, uma briga de vizinhos por causa de duas galinhas em
Rochedo de Minas, a 300 quilômetros de Belo Horizonte, e até um embate pela
disposição de cadeiras durante um júri de homicídio em Turiaçu, a 460
quilômetros de São Luís.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
— Cinco decisões corriqueiras de um juiz, em processos na
primeira instância, acabam em 25 recursos aos tribunais estaduais e, depois, em
mais dois às cortes superiores — repete Luiz Fux, juiz do Supremo, em palestras
a advogados sobre o novo Código de Processo Civil, que entra em vigor no
próximo ano com o objetivo de reduzir o volume de apelações judiciais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
— Temos 800 mil ações sobre uma mesma tese jurídica, logo,
elas se transformam em 800 mil recursos — acrescenta. — O novo código pretende
inibir isso. Garantir o direito de defesa não significa lançar mão de
infindáveis recursos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os principais protagonistas dessa “litigiosidade
desenfreada”, como qualifica Fux, são o setor público, o sistema financeiro e
telefônicas. Esses três segmentos são parte interessada em três de cada dez
processos em curso no país.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Governos federal, estaduais e municipais integram 23% dos
casos, segundo o Conselho Nacional de Justiça. Têm mais de 30 milhões de ações
fiscais pendentes nos tribunais e, na média, acrescentam outras três milhões a
cada ano. Na prática, a Fazenda pública e empresas privadas passaram a usar a
Justiça como instrumento de planejamento de caixa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
São várias as consequências dessa conflagração judicial.
Todas conduzem ao império da injustiça.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma das sequelas é o efeito da morosidade nos tribunais: “No
Brasil, cerca de 41% das pessoas privadas de liberdade são presos sem
condenação”, informa o Departamento Penitenciário Nacional. “Significa dizer
que quatro em cada dez presos estão encarcerados sem terem sido julgados e
condenados”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Segundo o governo, a situação é “alarmante” em um terço dos
presídios nacionais, porque “60% dos presos provisórios estão custodiados há
mais de 90 dias aguardando julgamento”. Em junho do ano passado, 99% dos presos
provisórios do Ceará estavam há mais de três meses encarcerados e sem
perspectiva de julgamento. Em Alagoas, eram 93% e no Mato Grosso, 80%.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outra resultante é o predomínio da impunidade, especialmente
nos crimes de colarinho branco, como corrupção e lavagem de dinheiro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No ano passado, entre os 607 mil presos em todo o país
contavam-se apenas 600 pessoas com sentenças por corrupção (ativa e passiva).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já os presos e condenados por tráfico de drogas somavam 160
mil, representando 27% do total de sentenciados em presídios.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porém, em 23 estados não havia um único preso e condenado
por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, negócio dos mais lucrativos do
submundo do crime (nesse quesito, a pesquisa do Ministério da Justiça não
considerou São Paulo, Rio, Tocantins e DF por insuficiência de informações).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O quadro nacional sobre crimes de colarinho branco começou a
mudar em outubro passado, com as primeiras condenações de intermediários
financeiros da corrupção na Petrobras flagrados na lavagem de dinheiro do
narcotráfico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O caso Petrobras se tornou paradigma. O Ministério Público e
a Justiça Federal apostaram em acordos de colaboração, o que possibilitou
confissões, celeridade processual e uma inédita repatriação de recursos
desviados para o exterior.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
— Sem esses acordos seria impossível trazer o dinheiro de
volta — diz o procurador Vladimir Aras, que chefia o Departamento de
Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional do Ministério da Justiça: — Se
não houvesse acordo com os denunciados, só seria possível repatriar ativos
bloqueados no exterior depois da confirmação da sentença definitiva, transitada
em julgado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O governo estima em R$ 700 milhões o total bloqueado no
exterior e à espera de repatriação por falta de sentença definitiva nos
processos. Como o Brasil admite uma miríade de recursos judiciais, é possível
que essa dinheirama fique retida até a prescrição dos crimes e, em seguida,
seja restituída a quem desviou. E quando isso acontece, o crime compensa.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5131923264040151951.post-43129652733014827732015-07-16T08:48:00.004-03:002015-07-16T08:48:35.431-03:00Igor Wildmann: Recado ao PT: o Brasil não é nazista. Ou: Fascista é a vovozinha!<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nos anos Dilma, do “governo – militante”, tornou-se moda
membros do PT rotularem seus adversários ou críticos como “fascistas, nazistas
ou fundamentalistas”. Dessa vez o PT foi
muito além: divulgou vídeo comparando o partido, seus membros e militantes políticos
aos judeus vítimas do nazismo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mais uma vez, o PT tenta colar em seus críticos ou desafetos
a imagem de fanático, fascista ou nazista, enquanto o partido – que durante
décadas vociferou ser o dono da ética e da moral pública e hoje atola o país
num festival de corrupção e de incompetência – seria apenas uma vítima.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O uso da analogia com os judeus perseguidos e mortos pelo
nazismo não é só de imenso mau gosto. É pérfido. É maldoso. É desonesto. É
desumano, porque banaliza a tragédia de milhões de seres humanos. É
preconceituoso porque equipara os judeus
aos agentes do partido que desviaram centenas de milhões de reais dos
cofres públicos ou de estatais, ressuscitando estereótipos medievais sobre
“judeu e dinheiro”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A analogia já foi
feita, a peça asquerosa já circula nas redes sociais. Então, já que o PT quer
se proteger atrás do preconceito e perseguições vividas pelo povo judeu,
vejamos se é a ele realmente que o partido se assemelha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vamos aos fatos:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT diz ser contra o preconceito, mas o partido e a
militância se calaram no episódio da Universidade de Santa Maria, em que um
reitor de uma Universidade Federal quer marcar e discriminar os nacionais do
único e minúsculo estado judeu no mundo. (Há 55 Estados de maioria islâmica, 21
deles árabes), numa postura claramente preconceituosa e discriminatória;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT tem acordo formal e escrito com o Baath, partido do
ditador-carniceiro da Síria, que jura “destruir Israel e jogar os judeus no
mar”;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT firmou acordo com o mesmo Baath do Iraque de Saddam que
tinha em sua agenda a destruição de Israel.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT tem simpatia e é todo mesuras ao Irã, regime teocrático
que enforca gays, apedreja mulheres e… jura que irá destruir Israel.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT é leniente e faz vista grossa ao terrorismo do Hamas,
que tem em seu estatuto o objetivo textual de destruir Israel e chacinar os
judeus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT é siamês do regime venezuelano, que tem estreitas
ligações com o multibilionário grupo Hezbollah, que jura destruir Israel.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT faz parte da mesma ideologia que patrocinou as brigadas
vermelhas, o exército vermelho japonês (sim, essa “coisa” existiu) e as células
revolucionárias, todos grupos marxistas-leninistas que praticavam atos
terroristas contra israelenses e judeus pelo mundo afora na década de 70.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT é aliado e alinhado ao PSOL e PSTU, cujos membros não
têm a menor vergonha de defender a agenda do islã radical e clamar pelo “fim”
(leia-se destruição) do Estado de Israel – única democracia no Oriente Médio –
, enquanto fecham os olhos para as barbáries cotidianas no Sudão, Síria, Iraque, Irã, etc, etc.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT – na voz de Dilma Roussef – trata como mais fiel aliado o PCdoB, partido cujo site – o vermelho.org
– defende reiteradamente o regime
norte-coreano, enquanto disse que brasileiros de fé judaica são “sionistas se
aproveitando da hospitalidade brasileira”, cassando, em palavras e intenções, a
cidadania de brasileiros de fé ou ancestralidade judaica;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT se alia a uma ideologia que pensa que “o mundo era
lindo, aí vieram eles” (a burguesia, elite branca, etc) e criaram todo o mal. O
Partido Nazista – cujo nome oficial era Partido Nacional Socialista dos
Trabalhadores alemães – tinha uma ideologia que achava que “o mundo era lindo
aí vieram eles” (os judeus) e criaram todo o mal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT quer a hegemonia partidária. O Partido Nacional
Socialista dos Trabalhadores alemães conseguiu a hegemonia partidária, estatal
e cultural.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT apóia grupos que são treinados e financiados para
caricaturar, ofender, achacar e intimidar
adversários do governo ou de suas idéias. O Partido Nacional Socialista
dos Trabalhadores alemães, antes de ter o poder absoluto, treinava e financiava
milícias para caricaturar, ofender, achacar, intimidar e agredir seus
adversários ou os que considerava “inimigos.” (Depois do poder absoluto, já se
sabe o que aconteceu.)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT, junto com suas linhas auxiliares e seus intelectuais,
entoa loas a blackblocs e outros bandos que recorrem a manifestações violentas,
buscam conflito com forças policiais para instaurar instabilidade política,
depredam propriedade alheia, em “protesto contra o capitalismo”. O Partido
Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, antes de ter o poder absoluto,
incitava seus militantes a fazer protestos violentos e buscar conflitos com as
forças de segurança a fim de criar instabilidade política, bem como a depredar propriedade alheia, em protesto
contra o “capitalismo judaico”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT governa na base do discurso do “nós contra eles”, e
toda crítica ou oposição é tratada como conspiração “dos que são contra o
povo”. O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães governava na
base do “nós contra eles”, e tratava crítica ou oposição como conspiração
daqueles que eram “contra o povo alemão”. ( Certo, o PT não fuzila, até porque
no Brasil não se pode fazê-lo, mas
petista e ex-embaixador em Cuba, Tilden Santiago, já defendeu os fuzilamentos
praticados naquela ilha.)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT diz que a imprensa é “das elites” e que conspira contra
o “governo do povo”. Por isso o PT quer controlar a imprensa. O Partido
Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães dizia que a imprensa era das
“elites judaicas” que conspiravam “contra o governo do povo alemão”. Por fim, o partido controlou a
imprensa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT, junto com seus partidos aliados de extrema esquerda,
quer monopolizar a educação e transformar as escolas em centros de doutrinação
ideológica. O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães monopolizou
a educação e transformou as escolas em centros de doutrinação ideológica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT ganhou e se mantém graças a intenso marketing político.
O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães foi precursor do
marketing político.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT, junto com seus aliados ideológicos dentro e fora do
país, cultua personalidade de seus líderes, incensando-os como “guerreiros do
povo brasileiro” e acima das leis. O Partido Nacional Socialista dos
Trabalhadores Alemães cultuava a personalidade de seus líderes, incensando-os
como “guerreiros defensores do povo” e acima das leis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT, junto com seus
aliados de extrema esquerda no Brasil e nos países vizinhos, cultua cores,
bandeiras, símbolos e gestos, braços erguidos e punhos cerrados. O Partido
Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães cultuava cores, bandeiras,
símbolos e gestos, braços erguidos e mãos espalmadas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT tem milhares de cargos públicos, tem militantes e
simpatizantes na docência das universidades, nos movimentos estudantis, nos
sindicatos, no jornalismo. Os judeus, já no início do regime do Partido
Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, foram expulsos dos cargos
públicos, das universidades e escolas, do jornalismo, da prática da medicina,
das profissões liberais. Suas empresas e bens foram “arianizados”, na prática,
confiscados. (Só depois dessa fase vieram os guetos e os campos.)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT agora quer comparar os corruptos e mensaleiros –
defendidos pelas mais caras bancas de advocacia criminal do país e julgados por
uma corte de onze ministros, nove dos quais indicados pelo governo do PT – a
velhos, mulheres, crianças e bebês, arrancados de suas casas, confinados como
gado e abatidos por fuzilamento ou câmara de gás simplesmente por serem judeus
ou por serem filhos ou netos de judeus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já votei no PT e na esquerda por bons anos de minha vida
(acreditava terem um projeto social-democrata e que não seriam insanos de
enviesar pelo marxismo. Ledo engano?).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Hoje vejo como o quase monopólio dessa turma na cultura –
universidades, meio artístico e jornalismo – é deletério e perigoso, como leva
ao fundamentalismo dos slogans prontos e do completo alheamento aos fatos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT não é vítima. O PT está no poder. O PT tem a chave do
cofre. Tem a presidência da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa. Tem,
repita-se, dezenas de milhares de militantes em cargos em comissão em governos,
e não poucos simpatizantes, blogueiros e “ongueiros” recebendo patrocínio de verbas públicas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O PT tem hoje, para usar a frase de um célebre juiz da
Suprema Corte dos EUA, “o poder de nos tributar e, portanto, de nos destruir”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É simplesmente doentio, demencial, comparar nossos políticos
e governantes às vítimas do regime nacional socialista alemão. Nenhuma pessoa
intelectualmente honesta compararia o Brasil atual, com todos os problemas, à
Alemanha nazista.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas quem iniciou a comparação foi o PT, que tem obsessão de
chamar de fascista “tudo o que não é espelho”. Então, vamos lá: se é para fazer
essa asquerosa comparação com a Alemanha dos anos 30, com quem o partido mais
se parece? Com as vítimas?</div>
Ricardo Froeshttp://www.blogger.com/profile/17977880968828935147noreply@blogger.com