O presidente Lula aproveitou o Dia do Trabalho para fazer um pronunciamento de sete minutos em cadeia nacional de televisão. O cenário era a biblioteca da Alvorada, com centenas de livros – que dão azia ao presidente – ao fundo. Lula disse que os “derrotistas” perderam, que o país atravessa uma fase sensacional, que foram criados 12 milhões de empregos formais em sua gestão, e que isso tudo é apenas o começo, que seu projeto vai continuar. Faltou muito pouco para o presidente citar Dilma e pedir votos, tamanho o descaramento da propaganda. Vale lembrar que nunca antes na história deste país um presidente havia sido multado pelo TSE por fazer campanha eleitoral ilegal.
Um sujeito que estivesse em coma há décadas e acordasse agora, bem no momento do pronunciamento de Lula, pensaria que o país foi criado pelo PT, que antes havia o nada. Para alguém com memória e que tenha acompanhado o desenrolar dos fatos com um pingo de atenção, entretanto, fica claro que o presidente se apropria de méritos que não são seus, e ignora o passado de sua própria trajetória. O país melhorou, em boa parte, a despeito do PT, não por causa dele. As poucas reformas positivas, a autonomia do Banco Central, foram parte da herança do governo anterior. O restante veio basicamente de fora, com o forte crescimento chinês impulsionando o preço das commodities, e a reduzida taxa de juros dos países desenvolvidos estimulando a exportação de capital para os emergentes (viva a globalização!).
Por outro lado, o governo Lula conseguiu deteriorar sensivelmente, durante o segundo mandato, as contas fiscais do governo. O endividamento bruto deu um salto expressivo, o superávit primário desapareceu, e a inflação começa a incomodar, projetando mais de 5% para este ano. Boa parte da recuperação econômica pós-crise é artificial e insustentável. Lula plantou as sementes dos problemas futuros, e usa a prosperidade ilusória momentânea para fazer campanha eleitoral, com a conta sendo paga pelos nossos impostos. O jogo pela manutenção do poder promete ser sujo mesmo. Os cachorros magros que chegaram ao poder em 2002 já ficaram obesos, mas não largam o osso de jeito nenhum!
Um sujeito que estivesse em coma há décadas e acordasse agora, bem no momento do pronunciamento de Lula, pensaria que o país foi criado pelo PT, que antes havia o nada. Para alguém com memória e que tenha acompanhado o desenrolar dos fatos com um pingo de atenção, entretanto, fica claro que o presidente se apropria de méritos que não são seus, e ignora o passado de sua própria trajetória. O país melhorou, em boa parte, a despeito do PT, não por causa dele. As poucas reformas positivas, a autonomia do Banco Central, foram parte da herança do governo anterior. O restante veio basicamente de fora, com o forte crescimento chinês impulsionando o preço das commodities, e a reduzida taxa de juros dos países desenvolvidos estimulando a exportação de capital para os emergentes (viva a globalização!).
Por outro lado, o governo Lula conseguiu deteriorar sensivelmente, durante o segundo mandato, as contas fiscais do governo. O endividamento bruto deu um salto expressivo, o superávit primário desapareceu, e a inflação começa a incomodar, projetando mais de 5% para este ano. Boa parte da recuperação econômica pós-crise é artificial e insustentável. Lula plantou as sementes dos problemas futuros, e usa a prosperidade ilusória momentânea para fazer campanha eleitoral, com a conta sendo paga pelos nossos impostos. O jogo pela manutenção do poder promete ser sujo mesmo. Os cachorros magros que chegaram ao poder em 2002 já ficaram obesos, mas não largam o osso de jeito nenhum!