“Proclamando-se libertador e ditador da Venezuela, Simón Bolívar formou uma tropa de elite para sua guarda pessoal. Sua ditadura não tardou a degenerar em anarquia. Os negócios importantes eram entregues aos amigos, arruinando as finanças públicas. O entusiasmo popular tornou-se descontentamento. (…) Em 4 de janeiro de 1817, decretou a Lei Marcial, concentrando todos os poderes em suas mãos. Passados cinco dias, quando o general Arismendi caiu numa emboscada dos espanhóis, o ditador fugiu para Barcelona. Em 5 de abril, os espanhóis tomaram essa cidade, e as tropas patriotas retiraram-se para uma fortificação nas proximidades. Bolívar deixou seu posto à noite, transferindo o comando ao coronel Freites, com a promessa de voltar com mais soldados. Confiante, Freites recusou a proposta de capitulação e foi trucidado com toda a guarnição pelos espanhóis.”
“Presidente e libertador da Colômbia, protetor e ditador do Peru, padrinho da Bolívia, promoveu congresso no Panamá com Brasil, La Plata, México e Guatemala, sob pretexto de criar um novo código democrático internacional. O que Bolívar realmente queria era ser o ditador de uma federação sul-americana. Insistia na necessidade de se outorgarem novos poderes ao Executivo. Sob pressão de suas baionetas, assembléias populares em Caracas, Cartagena e Bogotá investiam-no de poderes ditatoriais. Bolívar exortava os cidadãos a expressar seus desejos por modificações na Constituição”, registra Marx no verbete “Bolívar y Ponte” (1857), preparado para a “Nova Enciclopédia Americana”.
A evidência é devastadora: Karl Marx é visceralmente antibolivariano. As críticas de Marx a Simón Bolívar são de extraordinária ferocidade. Descredenciam suas manobras militares, depreciam suas motivações políticas e desqualificam seu caráter pela exposição de repetidos episódios de covardia e deslealdade.
As raízes do visceral antibolivarianismo marxista estariam no autoritarismo e nos atos antidemocráticos de Bolívar, em profunda contradição com os ideais libertários e democráticos de Marx, explicam Arico, Rosenmann e Cuadrado, em “Simón Bolívar por Karl Marx” (2001).
Karl Marx inicia seu “O Dezoito Brumário de Louis Bonaparte” (1852) com a observação de Hegel de que todos os fatos e personagens de grande importância na História se repetem. Mas acrescenta sua clássica advertência: ocorrem a primeira vez como tragédia, e depois como farsa.
São perturbadores os sintomas da reengenharia social de Hugo Chávez. A desorganização da economia, a síndrome plebiscitária por mudanças constitucionais, o impedimento da alternância no poder, a asfixia do Judiciário e do Legislativo, a supressão dos partidos oposicionistas, o controle dos meios de comunicação, a formação de milícias armadas e a interferência política em países vizinhos são o prenúncio inequívoco de tempos conturbados à frente.
“Presidente e libertador da Colômbia, protetor e ditador do Peru, padrinho da Bolívia, promoveu congresso no Panamá com Brasil, La Plata, México e Guatemala, sob pretexto de criar um novo código democrático internacional. O que Bolívar realmente queria era ser o ditador de uma federação sul-americana. Insistia na necessidade de se outorgarem novos poderes ao Executivo. Sob pressão de suas baionetas, assembléias populares em Caracas, Cartagena e Bogotá investiam-no de poderes ditatoriais. Bolívar exortava os cidadãos a expressar seus desejos por modificações na Constituição”, registra Marx no verbete “Bolívar y Ponte” (1857), preparado para a “Nova Enciclopédia Americana”.
A evidência é devastadora: Karl Marx é visceralmente antibolivariano. As críticas de Marx a Simón Bolívar são de extraordinária ferocidade. Descredenciam suas manobras militares, depreciam suas motivações políticas e desqualificam seu caráter pela exposição de repetidos episódios de covardia e deslealdade.
As raízes do visceral antibolivarianismo marxista estariam no autoritarismo e nos atos antidemocráticos de Bolívar, em profunda contradição com os ideais libertários e democráticos de Marx, explicam Arico, Rosenmann e Cuadrado, em “Simón Bolívar por Karl Marx” (2001).
Karl Marx inicia seu “O Dezoito Brumário de Louis Bonaparte” (1852) com a observação de Hegel de que todos os fatos e personagens de grande importância na História se repetem. Mas acrescenta sua clássica advertência: ocorrem a primeira vez como tragédia, e depois como farsa.
São perturbadores os sintomas da reengenharia social de Hugo Chávez. A desorganização da economia, a síndrome plebiscitária por mudanças constitucionais, o impedimento da alternância no poder, a asfixia do Judiciário e do Legislativo, a supressão dos partidos oposicionistas, o controle dos meios de comunicação, a formação de milícias armadas e a interferência política em países vizinhos são o prenúncio inequívoco de tempos conturbados à frente.