Sobre o tal “Movimento Passe Livre”, vale destacar dezesseis
pontos:
1. não é o que pode ser chamado de movimento social,
sociologicamente falando;
2. é um ajuntamento de pequenos grupos ultra-esquerdistas
sem qualquer importância política;
3. tem uma prática típica de grupos fascistas, são
eleitoralmente inexpressivos;
4. como a eterna crítica ao capitalismo – que vive uma
“crise terminal”, falam isso desde o final do século XIX – não se materializa
na “revolução”, necessitam construir um móvel de luta para não perder o apoio
das “suas bases”;
5. o desemprego e a crise econômica – presentes na Europa –
aqui são irrelevantes, portanto a “mobilização” tem de buscar outro móvel de
luta;
6. a passagem de ônibus virou um eficaz instrumento para as
lideranças desses grupelhos dar satisfação às suas inquietas “bases”, cansadas
de ouvir discursos revolucionários, negadores da democracia (chamada depreciativamente
de “burguesa”), sem que tivessem o que chamam de prática revolucionária;
7. para estes grupelhos, o vandalismo é um excelente
instrumento de propaganda. Eles se alimentam do saque, da violência e da
destruição do patrimônio público e privado;
8. o poder público não sabe agir dentro da lei para conter
os fascistas. Ou se omite, ou age como eles (ou da forma como eles querem);
9. agir com energia, dentro dos limites legais, é a forma
correta de conter os fascistas;
10. e o óbvio: é nestes momentos que as lideranças políticas
são testadas.
11. É evidente a tentativa de emparedar o governador do
estado. O prefeito – sempre omisso – não está na linha de fogo;
12. Não há qualquer relação destas manifestações com aquelas
dos anos 1960, 1970 (quando vivíamos no regime militar), das Diretas ou do
impeachment do Collor (1992). Hoje vivemos em um regime de amplas liberdades;
13. A liberdade de manifestação é garantida pela
Constituição, assim como a de ir e vir. Os fascistas são contra as duas. Tem
ódio da Constituição, que para eles é “burguesa” e liberdade de ir e vir é
contra o “Estado socialista” que eles defendem (Coréia do Norte, Cuba , etc);
14. Se tivessem sincero desejo de se manifestar, não faltam
praças em SP;
15. O “movimento” está desesperadamente procurando um
cadáver;
16. E como bem disse um comentário, este movimento não vale
vinte centavos.