CENTO E TRINTA
(130) GENERAIS se manifestaram publicamente contra a presidente DILMA. A
mobilização ocorreu ha pouco mais de um ano, e o documento permanece ecoando na
internet, mostrando que ha gente disposta a lutar pela verdadeira democracia.
Os oficiais de alta patente dizem que o governo agiu de forma REVANCHISTA e
INCONSEQUENTE, e que governa somente para parcelas diferenciadas da sociedade
brasileira. A mídia, com muito medo de que a questão, que já é grave, alcance
proporções estratosféricas, depois de vários meses ainda se mantém calada sobre
o assunto.
Os oficiais
signatários implicitamente avisam que têm influência sobre a tropa, deixando
bem claro que são os responsáveis pelos pilares que fundamentam as forças
armadas da atualidade. Avisam que as associações não se intimidarão frente aos
acontecimentos e que o atual Ministro da Defesa não tem autoridade para
censurar atos de entidades como clubes militares.
“O Clube Militar não se intimida e continuará atento e
vigilante, propugnando comportamento ético para nossos homens públicos,
envolvidos em chocantes escândalos em série, defendendo a dignidade dos
militares, hoje ferida e constrangida com salários aviltados e cortes
orçamentários, estes últimos impedindo que tenhamos Forças Armadas ...”
Entre os signatários destacam-se oficiais que ocuparam altíssimos
cargos na hierarquia militar, como Zenildo de Lucena e Valdésio Guilherme de
Figueiredo, destaca-se também o General Rui Leal Campello, herói da Força
Expedicionária - Monte Castello. Em qualquer país sério essa movimentação seria
manchete em todos os jornais e motivo de preocupação extrema. Afinal, se a nata
das forças armadas está insatisfeita e se predispõe a colocar seu nome em um
documento público, alguma coisa realmente importante está acontecendo. São
homens sérios, que não "jogam conversa fora", e que têm muita
informação e conhecimento sobre o Brasil, além de formação em altos estudos
militares, política, estratégia e gestão. O mínimo que se poderia fazer seria
ouvi-los oficialmente.
“Este é um alerta à Nação brasileira, assinado por homens
cuja existência foi marcada por servir à Pátria, tendo como guia o seu
juramento de por ela, se preciso for, dar a própria vida. São homens que
representam o Exército das gerações passadas e são os responsáveis pelos
fundamentos em que se alicerça o Exército do presente.”
Desde meados de
2012 o manifesto dos militares vem sendo divulgado em vários sites e blogs,
principalmente os considerados de direita. Apesar da importância que têm seus
signatários, parece que o documento ainda não conseguiu vencer as barreiras que
separam o virtual do real. O manifesto tramita pela internet, e de site em site
vai crescendo. A grande mídia parece que evita o assunto. Ha algum tempo o
governo se ressentiu, e falou-se de ameaças de punições disciplinares contra os
signatários, por parte do Ministério da defesa. Mas a verdade é que o manifesto
continuou ganhando força.
Há de se considerar que se tão grande número de generais se
opõe às ações da presidência da república isso pode significar que há realmente
algo a corrigir. Se é que existe realmente uma situação conflituosa entre
Governo e Forças armadas isso tem que ser reparado com urgência. Além dos 130
generais que assinaram o documento ha ainda centenas de outros oficiais,
juizes, civis e políticos que opoiaram o manifesto.
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