Deu na Folha: Enquanto lucros e investimentos patinam,
estatais ganham 40 mil funcionários novos no governo Dilma
Investimentos e lucros caíram em algumas das principais
estatais federais, mas a ampliação do quadro de pessoal das empresas mantém, no
governo Dilma Rousseff, o ritmo dos anos Lula.
Do final de 2010 até abril deste ano, segundo os dados mais
atualizados do Ministério do Planejamento, o número de funcionários das
empresas controladas pelo Tesouro Nacional aumentou em 40 mil _como comparação,
uma multinacional como a Ambev emprega cerca de 45 mil pessoas no Brasil e em
outros países.
A administração petista recebeu críticas, desde seu início,
pela política de ampliação da folha de pagamento nos ministérios. No entanto, a
expansão nas estatais, menos comentada, foi mais acelerada.
No total, o contingente de empregados nas empresas federais
com receita própria se aproxima dos 500 mil, contra 339 mil em 2002, último ano
do governo FHC.
A valorização das estatais é uma das bandeiras políticas do
PT, que nas eleições presidenciais costuma atacar os adversários tucanos em
razão das privatizações dos anos 90. Até o final do ano passado, os governos
Lula e Dilma haviam criado dez novas empresas federais.
A expansão do quadro de pessoal, porém, se concentra nas
empresas preexistentes, de maior porte. Os maiores empregadoras são Banco do
Brasil (que absorveu outras instituições, como o Banco do Estado de Santa
Catarina e a paulista Nossa Caixa), Correios, Petrobras, Caixa Econômica
Federal e Infraero.
Assim é o PT: tudo aos “cumpanheiros”, e pro inferno com o
restante da população! Meio milhão de funcionários trabalham em estatais no
Brasil. É uma legião de defensores da manutenção do estado inchado.
Claro, com honrosas exceções, pois há funcionários decentes,
aqueles que não temem as privatizações, pois sabem que teriam condições de
remuneração ainda melhores nesse caso, mostrando bons resultados.
O avanço do estado sobre a economia tem sido uma das
principais bandeiras do PT, e uma das grandes causas dessa situação preocupante
de hoje. O estado não é bom empresário, não consegue gerir bem essas empresas.
O resultado é empreguismo, uso político das estatais,
ineficiência nos serviços prestados, e uma enorme conta a ser paga pelos
pagadores de impostos.
Por um lado, o próprio PT precisa se curvar diante da
realidade de sua incompetência e realizar concessões para a iniciativa privada.
Por outro, continua inchando o quadro de pessoal das estatais, ou até criando
novas.
O que precisamos, no Brasil, é de um partido sem medo de
defender o que é melhor, mais eficiente, mais justo, que é retomar um processo
agressivo de privatização, liberando o estado para suas funções básicas. Estado
não tem que ser empresário. Privatize Já!