Marina travava projetos de infraestrutura, impedia ou
retardava empreendimentos públicos e privados, aplicava a torto e a direito um
receituário avesso às usinas, aos transgênicos, ao agronegócio, principal motor
do desenvolvimento nacional e responsável pela quase totalidade dos superávits
de nossa balança comercial.
Denunciar os terríveis malefícios prestados à Igreja
Católica pela Teologia da Libertação (TL) faz parte dos deveres cívicos e
religiosos que me impus desde que comecei a escrever para jornais, nos anos 80.
A TL é uma versão comunista da teologia cristã, que serve ao comunismo e
desserve à Igreja. Já levo 29 anos ratando, periodicamente, desse lastimável
mas necessário tema.
Passadas quase três décadas, não encontrei motivo para
corrigir uma linha sequer do que escrevi a respeito, muitas vezes incluindo no
rol das minhas execrações vastos setores da hierarquia da Igreja instalados na
CNBB, em alguns de seus órgãos e em segmentos de sua assessoria. Esses setores,
nos anos 80, estavam mais preocupados com promover o PT e suas pautas. Agora
estão mais preocupados com proteger os efeitos políticos sobre o PT das
estripulias que esse partido promove com cotidiana dedicação.
Pois foi nesse mal coado e azedo caldo de cultura, cozido em
água benta, que se formou Marina Silva, a senhora acreana que a morte de
Eduardo Campos traz à ribalta desta eleição. Cuidado! A fala mansa da ex-vice
de Eduardo Campos não se harmoniza com a rigidez e o radicalismo de suas
posições. O dever cívico de conhecê-las não se cumprirá ouvindo o meigo
discurso eleitoral que vem por aí. Há informações muito mais precisas e
irrefutáveis na biografia da candidata.
Seu primeiro alinhamento político deu-se com filiação ao
Partido Comunista Revolucionário (PRC), célula marxista-leninista albergada no
PT onde militou durante uma década. Foi fundadora da CUT do Acre e lá, filiada
ao PT, conseguiu o primeiro de uma série de mandatos legislativos: vereadora em
Rio Branco, deputada estadual, senadora em dois mandatos consecutivos. Em 2003,
no primeiro mandato de Lula, assumiu a pasta do Meio Ambiente, onde agiu como
adversária do agronegócio. Sua gestão deu-lhe notoriedade internacional e
conquistou ampla simpatia de organizações ambientalistas europeias que agem com
fanatismo anti-progressista em todo mundo, menos na Europa...
Foram cinco anos terríveis para o desenvolvimento nacional.
No ministério, Marina travava projetos de infraestrutura, impedia ou retardava
empreendimentos públicos e privados, aplicava a torto e a direito um
receituário avesso às usinas, aos transgênicos, ao agronegócio, principal motor
do desenvolvimento nacional e responsável pela quase totalidade dos superávits
de nossa balança comercial. Os pedidos de licenças ambientais empilhavam-se,
relegados ao descaso. Empreendimentos eram cancelados por exaustão e
desistência dos investidores. Sempre irredutível, Marina incompatibilizou-se
com governadores, com os setores empresariais e com a então ministra chefe da
Casa Civil, Dilma Rousseff. Foram cinco anos terríveis!
Quando se sentiu politicamente firme, largou a Igreja
Católica, mudou-se para a Assembleia de Deus e para o PV. Depois, largou não
sei que mais e se mudou para o projeto da Rede. Mas isso não a fez menos
alinhada com as trincheiras de combate às economias livres, ao agronegócio, e
ao evangélico domínio do homem sobre os bens da Criação. A ecomania de Marina
Silva inverte a ordem natural nesse convívio, submetendo os interesses da
humanidade às determinações que diz extrair do mundo natural. No fundo, vestido
com floreios ecológicos, é o velho ódio marxista à propriedade privada dos bens
da natureza.
De um leitor, a respeito da animosidade de Marina Silva para
com o agronegócio: “Ela é uma praga de gafanhotos stalinistas reunidos numa
pessoa só”.